quarta-feira, 2 de março de 2016

Os progressos e retrocessos da Educação Brasileira

            Este trabalho tem por objetivo apresentar os principais elementos apontados na aula sobre filosofia da educação, no dia 11 de março de 2010, na Fundação Educacional Campo-grandense. Procuraremos estabelecer uma sucinta reflexão acerca dos assuntos abordados no decorrer da aula.
            Inicialmente houve um maior esclarecimento sobre a obrigatoriedade dos pais em matricular seus filhos na escola (dos 7 aos 14 anos), culminando em sérias punições para quem desrespeitar esse dispositivo constitucional, como por exemplo, a perda da tutela do filho. Isso resulta num certo avanço no tocante á alfabetização das crianças, mesmo que as políticas educacionais sejam ineficientes e desprovidas de maiores benesses educativas para a formação sócio-cultural do aluno. Sem contar com o irrisório recurso disponibilizado pelo governo para o desenvolvimento intelectual e social do discente.
            Posteriormente, realizou-se uma discussão sobre as esferas administrativas responsáveis pelo nível educacional específico, isto é, quais as obrigações que o Município, o Estado e o Governo Federal têm que cumprir em suas esferas particulares. Com isso, cada esfera do poder público se responsabiliza e financia o sistema educacional de seus domínios. Dessa forma, as diretivas educacionais outorgadas em cada esfera institucional, são responsáveis pelo funcionamento do sistema de ensino em sua dimensão específica. Vale enfatizar que houve um esclarecimento substantivo acerca das diretrizes constitucionais concernentes aos deveres de cada Estado e Município, sobre sua funcionalidade na Educação Pública, isto é, tivemos a oportunidade de conhecer essa divisão administrativa de uma maneira significativa, reconhecendo sistematicamente os elementos norteadores de cada dimensão pública.
            Após a consubstanciação de idéias sobre a gerência da Educação Pública no país, tivemos a chance de refletir acerca dos avanços e retrocessos da educação brasileira. Analisamos meticulosamente os problemas sociais que refletem negativamente no desenvolvimento da Educação do país, como a vergonhosa distribuição de renda do Brasil, que impede que os discentes se dediquem como deveriam em seu processo de aprendizagem. Na verdade, o que interessa é as estatísticas apresentadas no exterior, o quantitativo de crianças dentro da instituição de ensino. Contudo, tais números não relatam a vexatória qualidade da nossa educação pública, onde os professores são mal remunerados e desrespeitados, as crianças não possuem uma estrutura emocional apropriada para desenvolverem-se expressivamente.
            Isso resulta em mais uma informação ultrajante: o aumento exorbitante da criminalidade. A falta de uma política educacional adequada dentro dos padrões da realidade social, resultado do descaso e descomprometimento dos órgãos público para com a sociedade, tem como resultado nefasto e lastimável, a inclinação das crianças e jovens para marginalização.
            Alguns avanços devem ser ressaltados, mas que são mínimos e imprecisos diante da urgente necessidade de mudanças que o país carece. Como exemplo, podemos citar o avanço com relação à obrigatoriedade, pois a política de conscientização junto aos responsáveis e, mormente a ameaça com respeito à perda da guarda, conseguiram diminuir o número de crianças fora da escola. Outro progresso que merece ser enfatizado diz respeito ao atendimento a jovens de 15 e 17 anos. Através dessa iniciativa, muitos jovens e adultos estão voltando à escola e conseguindo desenvolver-se intelectual e profissionalmente.
            Para finalizar, quero expressar a minha opinião sobre a possibilidade de transformação da sociedade através da Educação. Tenho muita dificuldade em acreditar nessa possibilidade, uma vez que a burocracia, que está intrínseca ao Sistema Educacional, impede qualquer desenvolvimento da sociedade. Burocracia essa que não passa de um instrumento do sistema capitalista, respaldado pela burguesia, que não está interessada em mudanças substantivas no pensamento da massa populacional. Seria inconseqüente afirmar que a educação não auxilia o indivíduo no seu convívio na sociedade, mas é inegável que a classe dominante utiliza as diretrizes educacionais do país, objetivando defender os seus próprios interesses e manter os seus privilégios.





            

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