Os progressos e retrocessos da Educação
Brasileira
Este trabalho tem por objetivo apresentar os principais
elementos apontados na aula sobre filosofia da educação, no dia 11 de março de
2010, na Fundação Educacional Campo-grandense. Procuraremos estabelecer uma
sucinta reflexão acerca dos assuntos abordados no decorrer da aula.
Inicialmente houve um maior esclarecimento sobre a
obrigatoriedade dos pais em matricular seus filhos na escola (dos 7 aos 14
anos), culminando em sérias punições para quem desrespeitar esse dispositivo
constitucional, como por exemplo, a perda da tutela do filho. Isso resulta num
certo avanço no tocante á alfabetização das crianças, mesmo que as políticas
educacionais sejam ineficientes e desprovidas de maiores benesses educativas
para a formação sócio-cultural do aluno. Sem contar com o irrisório recurso
disponibilizado pelo governo para o desenvolvimento intelectual e social do
discente.
Posteriormente, realizou-se uma discussão sobre as
esferas administrativas responsáveis pelo nível educacional específico, isto é,
quais as obrigações que o Município, o Estado e o Governo Federal têm que
cumprir em suas esferas particulares. Com isso, cada esfera do poder público se
responsabiliza e financia o sistema educacional de seus domínios. Dessa forma,
as diretivas educacionais outorgadas em cada esfera institucional, são
responsáveis pelo funcionamento do sistema de ensino em sua dimensão
específica. Vale enfatizar que houve um esclarecimento substantivo acerca das
diretrizes constitucionais concernentes aos deveres de cada Estado e Município,
sobre sua funcionalidade na Educação Pública, isto é, tivemos a oportunidade de
conhecer essa divisão administrativa de uma maneira significativa, reconhecendo
sistematicamente os elementos norteadores de cada dimensão pública.
Após a consubstanciação de idéias sobre a gerência da
Educação Pública no país, tivemos a chance de refletir acerca dos avanços e
retrocessos da educação brasileira. Analisamos meticulosamente os problemas
sociais que refletem negativamente no desenvolvimento da Educação do país, como
a vergonhosa distribuição de renda do Brasil, que impede que os discentes se
dediquem como deveriam em seu processo de aprendizagem. Na verdade, o que
interessa é as estatísticas apresentadas no exterior, o quantitativo de
crianças dentro da instituição de ensino. Contudo, tais números não relatam a
vexatória qualidade da nossa educação pública, onde os professores são mal
remunerados e desrespeitados, as crianças não possuem uma estrutura emocional
apropriada para desenvolverem-se expressivamente.
Isso resulta em mais uma informação ultrajante: o aumento
exorbitante da criminalidade. A falta de uma política educacional adequada
dentro dos padrões da realidade social, resultado do descaso e descomprometimento
dos órgãos público para com a sociedade, tem como resultado nefasto e
lastimável, a inclinação das crianças e jovens para marginalização.
Alguns avanços devem ser ressaltados, mas que são mínimos
e imprecisos diante da urgente necessidade de mudanças que o país carece. Como
exemplo, podemos citar o avanço com relação à obrigatoriedade, pois a política
de conscientização junto aos responsáveis e, mormente a ameaça com respeito à
perda da guarda, conseguiram diminuir o número de crianças fora da escola.
Outro progresso que merece ser enfatizado diz respeito ao atendimento a jovens
de 15 e 17 anos. Através dessa iniciativa, muitos jovens e adultos estão
voltando à escola e conseguindo desenvolver-se intelectual e profissionalmente.
Para
finalizar, quero expressar a minha opinião sobre a possibilidade de
transformação da sociedade através da Educação. Tenho muita dificuldade em
acreditar nessa possibilidade, uma vez que a burocracia, que está intrínseca ao
Sistema Educacional, impede qualquer desenvolvimento da sociedade. Burocracia
essa que não passa de um instrumento do sistema capitalista, respaldado pela
burguesia, que não está interessada em mudanças substantivas no pensamento da
massa populacional. Seria inconseqüente afirmar que a educação não auxilia o
indivíduo no seu convívio na sociedade, mas é inegável que a classe dominante
utiliza as diretrizes educacionais do país, objetivando defender os seus
próprios interesses e manter os seus privilégios.
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