O presente texto como finalidade auxiliar os alunos das turmas do 2º ano
sobre as questões abordadas em sala de aula. Um dos aspectos levantados se
refere ao contínuo respeito à cultura dos povos indígenas, seus traços culturais
e costumes milenares.
O contato entre os europeus e indígenas teve consequências desastrosas para
as comunidades indígenas, transformando significativamente seu universo mítico-cultural.
A vinda dos padres jesuítas ao país proporcionou a catequização dos nativos,
fazendo com que seus costumes e crenças se perdessem ao longo dos séculos. Uma das
primeiras formas de exploração do trabalho dos índios foi a prática conhecida como escambo,
onde eles trabalhavam na extração do pau brasil em troca de objetos que para os
portugueses não tinham tanto valor comercial; como espelhos, canivetes, bugigangas, armas, etc.
A palavra ideal para caracterizar os povos indígenas no Brasil é
heterogeneidade, pois há uma variedade suntuosa de costumes, crenças e formas linguísticas,
ou seja, existe uma rica diversidade linguística entre os nativos. Vale enfatizar
que as aldeias possuíam formas variadas de se organizar, de perpetuarem sua
ideologia, pois não era algo em comum entre todos os povos.
Várias práticas das comunidades nativas foram reprimidas pelos
portugueses, como o politeísmo (crença em vários deuses), a antropofagia
(ritual de comer carne humana), a poligamia (prática do indígena ter várias
esposas), dentre outras. Com isso, os padres católicos empreenderam esforços no
sentido de catequizar os nativos e destruir sua cultura. Com essa finalidade,
foram construídas as missões ou aldeamentos, locais onde os povos nativos
aprendiam sobre a cultura dos portugueses, ouviam as missas e aprendiam os
valores e tradições dos povos europeus.
Na tentativa de empreender a colonização do Brasil, o Rei de Portugal
criou as chamadas Capitanias Hereditárias, faixas de terras doadas pela coroa a
pessoas pertencentes à nobreza e, sobretudo, eram de confiança do Rei. Ao chegar
ao país, sua missão era obter lucros das terras e contribuir para o
enriquecimento do império luso. Contudo, alguns fatores foram responsáveis pelo
fracasso das capitanias, como o ataque dos indígenas, a falta de preparo e
conhecimento dos nobres que chegavam de Portugal e a falta de adaptação ao
clima do local.
Diante do fracasso das Capitanias Hereditárias, o governo de Portugal
decidiu criar o governo-geral, onde um membro da nobreza seria responsável pela
administração das terras. Na verdade, foi uma tentativa de centralizar o poder
político nas mãos de uma única pessoa. Uma das características desse período
foi o controle político exercido pelos chamados homens-bons, proprietários de
terras e de escravos. Seu poder era exercido através das Câmaras Municipais,
locais onde decisões referentes às colônias eram adotadas.
No que se refere aos escravos que chegavam da África para trabalhar no
Brasil, alguns pontos devem ser ressaltados, como as características de um
determinado grupo. Um desses grupos eram os escravos boçais, cativos que não
tinham conhecimento algum sobre a realidade local. Além disso, existiam os
escravos ladinos, que possuíam um conhecimento significativo sobre a região em
que se encontravam. (Vale enfatizar que os escravos ladinos tinham um valor
maior no mercado escravista).
Por fim, outro aspecto abordado em sala de aula foi a ação dos
Bandeirantes, aventureiros que entravam pelo interior do Brasil em busca de
índios para escravizar e metais preciosos. Esse fato aconteceu em decorrência do
esgotamento do pau brasil, encontrado no litoral do Brasil. Com isso, as
regiões interioranas passaram a ser conhecidas, tendo como consequência o
povoamento e formação de vilas e cidades em torno da produção de ouro. Sua ação
foi, portanto, de fundamental importância para delimitar o atual território
brasileiro.
Espero ter contribuído para resolver questões pendentes sobre os temas em
questão.
Até breve.
Moisés Rodrigues
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