quarta-feira, 31 de outubro de 2018

O golpe militar no Brasil

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JOÃO GOULART

        As manifestações contra o governo de João Goulart no Brasil cresciam a cada dia. O alto escalão do Exército e vários governadores se insurgiram contra Jango e articularam o golpe que o derrubou em março de 1964 e pôs fim à democracia no país, instaurando a ditadura.
        Em seu discurso, os golpistas insistiam na necessidade de união nacional, afirmando que o Brasil estava dividido e precisava ser unificado. No entanto, os militares que derrubaram João Goulart não partilhavam dessas ideias.
        Inicialmente, integrantes de alguns setores das Forças Armadas repudiaram a ideia de abandonar os quartéis para exercer uma função na política. Eram os chamados “legalistas”, que já haviam atuado contra tentativas golpistas em 1954 (crise do governo Vargas), 1955 (posse de JK) e 1961 (renúncia de Jânio Quadros e posse de Jango). Nos três momentos, os “legalistas” conseguiram desarticular os grupos golpistas.
        Já os defensores do golpe podiam ser identificados em dois grandes grupos: o chamado “grupo da Sorbonne”, composto de ideólogos que atuavam na Escola Superior de Guerra (ESG) e consideravam a possibilidade de ampliar o poder dos militares no Brasil sem a necessidade de comandar o governo, e a chamada “linha-dura”, que reunia, sobretudo, os comandantes de tropa, pouco dispostos à teorização e ao debate político, mas muito influentes nos quartéis.
        Nos últimos meses do governo Jango, os legalistas aderiram ao golpe, alegando quebra de hierarquia pelo presidente da República: em mais de uma ocasião, Jango demonstrou publicamente seu apoio a reivindicações de marinheiros e soldados, desrespeitando a rígida hierarquia militar. Contudo, o que unificou os comandos militares e os encorajou ao golpe foi o anticomunismo. Embora Jango não fosse adepto de uma ideologia de esquerda radical, sua política de aproximação com os movimentos sociais, no contexto da Guerra Fria, era vista como sinal de alinhamento com o regime soviético.
        Com a tomada do Estado em 31 de março de 1964, os militares iniciaram uma ditadura militar. Em 9 de abril, a Junta Militar expediu o primeiro Ato Institucional (AI-1), lei emitida pelo Poder Executivo que não dependia de análise e aprovação do Congresso Nacional.
        Esse primeiro Ato Institucional ampliava os poderes do presidente e fortalecia o Poder Executivo. O chefe do Poder Executivo podia alterar a Constituição, suspender direitos políticos e cassar mandatos. Além disso, o AI-1 determinava a eleição imediata de um presidente da República pelo Congresso Nacional. Dois dias depois, o general Humberto de Alencar Castello Branco, ligado ao “grupo da Sorbonne”, foi eleito presidente.
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CERIMÔNIA DE POSSE DO MILITAR CASTELLO BRANCO 
        O mandato de Castello Branco deveria durar até o final de janeiro de 1966. Porém, a crença na saída rápida dos militares durou pouco. Ainda em 1964, por meio de emenda constitucional os militares adiaram as eleições para o ano seguinte. Diversos líderes políticos civis que haviam apoiado o golpe e pretendiam candidatar-se à presidência em 1965 passaram a criticar os militares.
        A resposta do governo às críticas de ex-aliados veio em outubro de 1965, por meio do Ato Institucional nº 2, que estabelecia eleições indiretas para presidente da República, alterava a composição do Supremo Tribunal Federal e extinguia os partidos políticos. Para substituir os antigos partidos foram criados dois: a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). No bipartidarismo imposto pelo AI-2, a ARENA aglutinava os apoiadores do governo e o MDB reunia os partidos políticos da oposição.
        O espaço para a sociedade participar da política ficou ainda mais reduzido com o decreto dos Atos Institucionais nº 3 e nº 4, em 1966. O AI-3 tornava indiretas as eleições para governador e vice-governador e suspendia as eleições para prefeitos das capitais. O ocupante do cargo passava a ser indicado pelos governadores. O AI-4 fortalecia o Poder Executivo e extinguia os efeitos da Constituição de 1964.
        A decretação da Lei de Segurança Nacional, de 1967, confirmou o caráter autoritário do regime ao autorizar a repressão a toda manifestação considerada uma ameaça ao governo ou à estabilidade nacional. Sindicatos operários e camponeses, entidades estudantis, intelectuais e jornalistas passaram a ser perseguidos e silenciados.
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COSTA E SILVA
        Arthur da Costa e Silva, ligado à “linha-dura” do regime, assumiu a presidência em 1967. Em seu governo, a repressão assumiu a forma mais clara, com o decreto, em 13 de dezembro de 1968, do Ato Institucional n° 5. Por meio do AI-5, os militares fecharam o Congresso Nacional, suspenderam todos os direitos civis e constitucionais, como a garantia de habeas corpus nos casos de crimes políticos, e proibiram manifestações de natureza política. Além disso, o presidente foi autorizado a intervir nos estados e nos municípios e a suspender, por dez anos, os direitos políticos de qualquer cidadão suspeito de agir contra o governo. Com o AI-5, a ditadura mostrou seu lado mais sombrio, intensificando as perseguições aos críticos do regime, a restrição ao funcionamento de organizações civis e a censura à imprensa, à cultura e às artes.
        A imposição do AI-5 e o fechamento do Congresso restringiram ainda mais as contestações públicas ao regime militar. As passeatas de estudantes pela liberdade, violentamente reprimidas pelas tropas policiais, diminuíram, e parte da oposição ao regime passou a atuar na clandestinidade.
        Com o fechamento dos canais institucionais, alguns setores da esquerda optaram pela luta armada e organizaram movimentos de guerrilheira urbana e rural. As experiências guerrilheiras ocorridas na América hispânica, principalmente com a Revolução Cubana, serviam de modelo para a luta armada no Brasil. Os movimentos armados ocorridos no Brasil, no entanto, tinham muito pouco apoio da população civil (boa parte dela os desconhecia), e os militantes enfrentavam dificuldades para agir em um país de dimensões continentais.
        Além disso, a esquerda armada pulverizou-se em diferentes grupos e foi atingida pela repressão violenta de segurança, como o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), organizado em todos os estados desde antes do golpe militar, e a Operação Bandeirante (OBAN), centro de informações e investigações do Exército, criada em 1969. A OBAN recebeu apoio financeiro de empresários brasileiros e estrangeiros para combater a guerrilha de esquerda, sendo responsável pela prisão, tortura e morte de adversários do regime militar.
        Em agosto de 1969, Costa e Silva afastou-se da presidência por problemas de saúde, e uma Junta Militar assumiu o poder. Em outubro do mesmo ano, o general Emílio Garrastazu Médici foi eleito presidente pelo Congresso Nacional. Seu governo foi marcado pelo acelerado crescimento da economia brasileira, conhecido como “milagre econômico”, pela realização de grandes obras públicas e pelo recrudescimento da repressão política.
        O país passava por uma fase de recuperação econômica desde o início do regime militar. A excessiva centralização política e o fortalecimento do Poder Executivo conquistaram amplo apoio de empresários, que viam o regime militar como uma alternativa segura à onda de greves do governo João Goulart e à “ameaça” da revolução comunista. O aumento dos investimentos na produção foi auxiliado pelas políticas anti-inflacionárias, graças às quais o índice anual de inflação passou de mais de 100% em 1964, para 20% em 1969
        A entrada maciça de capitais estrangeiros também impulsionou a economia brasileira. Ao mesmo tempo, o aumento da população urbana garantia mão de obra farta e de baixo custo para a expansão industrial nos grandes centros econômicos no país.
        O resultado contábil foi o grande aumento do Produto Interno Bruto (PIB), que chegou a 14% anuais em 1973. Nem todos os brasileiros, porém, eram beneficiados por esse “milagre”. A classe média urbana ampliou seu poder de compra, mas a estagnação salarial penalizava as camadas populares. Entretanto, a censura e a repressão dificultava os protestos contra a política do arrocho salarial do governo e contribuíram para implantar uma ordem fortemente disciplinada no mundo do trabalho. A concentração de recursos na região Sudeste reforçava as disparidades regionais, e os investimentos em educação e saúde estavam muito abaixo dos padrões de desenvolvimento apontados pelos indicadores econômicos.
        De qualquer forma, o governo aproveitou os bons números da economia para reforçar a imagem de que os militares estavam melhorando o país. A propaganda oficial insistia na importância do crescimento econômico e procurava mostrar que isso também se expressava na capacidade de realizar grandes obras, que ficaram conhecidas como “faraônicas”, uma referência às imensas construções do Egito antigo. Algumas dessas obras confirmaram a sua importância a médio ou a longo prazo, como a ponte Rio-Niterói ou a Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional.
        Durante o regime militar, slogans nacionalistas foram amplamente difundidos. Alguns celebravam o crescimento nacional, como: Este é um país que vai pra frente” e “Ninguém segura este país”. Outros propunham, de forma sutil, mas direta, excluir quem discordasse da condução política do país, como o “Brasil: ame-o ou deixe-o”.

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        A conquista brasileira da Copa do Mundo de Futebol, em 1970, foi igualmente explorada pela propaganda governamental para mostrar que o país caminhava para se tornar uma potência. O rádio difundia diversas músicas e lemas, e a televisão mostrava obras públicas em andamento, projetando a imagem de um país gigante.

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O fim da Ditadura Militar no Brasil

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ERNESTO GEISEL

          O general Ernesto Geisel tornou-se o quarto presidente do regime militar em um momento de mudança do cenário econômico. O aumento dos preços do petróleo no mercado internacional e a excessiva dependência brasileira de recursos e investimentos estrangeiros dificultavam a manutenção das taxas de crescimento e pressionavam a inflação. O “milagre econômico” mostrava o preço a ser pago por uma política de estímulo ao ingresso de capital especulativo no país e de forte endividamento externo.
        A insatisfação cresceu entre a classe média e as camadas populares. O MDB ganhou força e conseguiu, nas eleições parlamentares de 1974, vitórias importantes nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco. Além de quase duplicar sua bancada de deputados, o MDB elegeu diversos senadores e aumentou sua força no Congresso Nacional. A ditadura iniciava um lento processo de distensão.
        O governo, contudo, tomava medidas para retardar a abertura democrática. A repressão e a tortura prosseguiram nos porões dos órgãos de segurança.
        No dia 25 de outubro de 1975, Vladimir Herzog, chefe de jornalismo da TV Cultura, foi encontrado morto numa cela do DOI-CODI (Destacamento de Operações e Informações do Centro de Operações de Defesa Interna), órgão subordinado à Segunda Divisão do Exército, na cidade de São Paulo.

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        Herzog fora convocado para prestar depoimento sobre supostas ligações com o PCB. Oficialmente, o jornalista teria se enforcado na prisão. No entanto, sabia-se que ele havia morrido durante uma sessão de tortura. A cerimônia fúnebre em sua homenagem foi celebrada em são Paulo e contou com a participação de aproximadamente 10 mil pessoas.
        Ninguém foi punido e as torturas continuaram. No ano seguinte, o metalúrgico Manoel Fiel Filho, também suspeito de manter ligações políticas com o PCB, morreu no mesmo local e em situação semelhante à de Herzog.
        Apesar da permanente repressão violenta, a circulação da notícia da morte de Herzog, embora controlada, mostrou que os mecanismos de censura haviam afrouxado ligeiramente, passando a impressão de que o país começava a mudar.
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JOÃO BATISTA FIGUEIREDO 
        O general João Batista Figueiredo sucedeu Geisel em 1979, sendo o último presidente militar do Brasil. Seu governo caracterizou-se pelo crescente desgaste político do regime militar e pelo processo de abertura política, que, nas palavras de Geisel, deveria ser realizada de maneira “lenta, gradual e segura”.
        O primeiro passo para a abertura foi a promulgação da Lei da Anistia, em agosto de 1979, que permitiu a volta dos exilados políticos e a libertação de acusados de crimes políticos. Essa mesma lei, entretanto, anistiou os envolvidos na repressão, impedindo a punição dos responsáveis por perseguições, torturas e assassinatos realizados pelos órgãos de segurança do Estado.
        Outro indício do avanço democrático foi a reforma política, que permitiu o retorno do sistema pluripartidário ao país. No lugar da Arena e do MDB foram fundados, respectivamente, o Partido Democrático Social (PDS) e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
        Após a promulgação da Lei da Anistia, em 1979, muitos políticos retornaram do exílio e participaram da formação de novos partidos, retomando a atividade política. Entre eles estavam o ex-governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola e o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes.
        As primeiras eleições disputadas pelos novos partidos ocorreram em 1982. Houve eleições diretas para os governos dos estados, para prefeitos (exceto das capitais) e para os cargos do Legislativo municipal, estadual e federal.
        As eleições presidenciais, no entanto, continuavam sedo realizadas por via indireta. No final do governo Figueiredo, foi apresentada uma emenda constitucional que estabelecia a escolha do próximo presidente do Brasil pelo voto direto.
        Uma ampla mobilização popular, de apoio à emenda, resultou em grandes comícios em várias partes do Brasil, cujo slogan era “Diretas-já”. No entanto, apesar da grande repercussão da campanha, a emenda foi rejeitada pela Câmara dos Deputados. O próximo presidente ainda seria eleito por via indireta.
        No início de 1985, Tancredo Neves, candidato pela Aliança Democrática, uma frente ampla de partidos da oposição, foi eleito presidente da República pelo Colégio Eleitoral, derrotando Paulo Maluf, candidato do PDS, o partido de apoio ao governo. Instituído pelos militares em 1973, o Colégio Eleitoral era composto do Congresso Nacional e de delegados das Assembleias Legislativas estaduais.
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        Em razão de problemas de saúde, no entanto, Tancredo não assumiu o cargo. No seu lugar, foi empossado o vice, José Sarney, que havia apoiado o governo militar e chegou a liderar o partido situacionista, migrando para a oposição pouco antes das eleições. Tancredo morreu dois depois após a posse de Sarney, e o Brasil, governado por um presidente civil, começava a superar os 21 anos de regime militar.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Carta de Lula sobre o segundo turno das eleições


“Meus amigos e minhas amigas,
Chegamos ao final das eleições diante da ameaça de um enorme retrocesso para o país, a democracia e nossa gente tão sofrida. É o momento de unir o povo, os democratas, todos e todas em torno da candidatura de Fernando Haddad, para retomar o projeto de desenvolvimento com inclusão social e defender a opção do Brasil pela democracia.
Por mais de 40 anos percorri este país buscando acender a esperança no coração do nosso povo. Sempre enfrentamos o preconceito, a mentira e até a violência, e, mesmo assim, conseguimos construir uma profunda relação de confiança com os trabalhadores, com as pessoas mais humildes, com os setores mais responsáveis da sociedade brasileira.
Foi pelo caminho do diálogo e pelo despertar da consciência cidadã que chegamos à Presidência da República em 2002 para transformar o país. O povo sabe e a história vai registrar o que fizemos, juntos, para vencer a fome, superar a miséria, gerar empregos, valorizar os salários, criar oportunidades, abrir escolas e universidades para os jovens, defender a soberania nacional e fazer do Brasil um país respeitado em todo o mundo.
Tenho consciência de que fizemos o melhor para o Brasil e para o nosso povo, mas sei que isso contrariou interesses poderosos dentro e fora do país. Por isso tentam destruir nossa imagem, reescrever a história, apagar a memória do povo. Mas não vão conseguir.
Para derrubar o governo da presidenta Dilma Rousseff, em 2016, juntaram todas as forças da imprensa, com a Rede Globo à frente, e de setores parciais do Judiciário, para associar o PT à corrupção. Foram horas e horas no Jornal Nacional e em todos os noticiários da Globo tentando dizer que a corrupção na Petrobrás e no país teria sido inventada por nós.
Esconderam da sociedade que a Lava Jato e todas as investigações só foram possíveis porque nossos governos fortaleceram a Controladoria Geral da União, a Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário. Foi por isso, e pelas novas leis que aprovamos no Congresso, que a sujeira deixou de ser varrida para debaixo do tapete, como sempre aconteceu em nosso país.
Apesar da perseguição que fizeram ao PT, o povo continuou confiando em nosso projeto, o que foi comprovado pelas pesquisas eleitorais e pela extraordinária recepção a nossas caravanas pelo Brasil. Todos sabem que fui condenado injustamente, num processo arbitrário e sem provas, porque seria eleito presidente do Brasil no primeiro turno. E resistimos, lançando a candidatura do companheiro Fernando Haddad, que chegou ao segundo turno pelo voto do povo.
O que assistimos desde então foi escandaloso caixa 2 para impulsionar uma indústria de mentiras e de ódio contra o PT. De onde me encontro, preso injustamente há mais de seis meses, aguardando que os tribunais façam enfim a verdadeira justiça, minha maior preocupação é com o sofrimento do povo, que só vai aumentar se o candidato dos poderosos e dos endinheirados for eleito. Mas fico pensando, todos os dias: por que tanto ódio contra o PT?
Será que nos odeiam porque tiramos 36 milhões de pessoas da miséria e levamos mais de 40 milhões à classe média? Porque tiramos o Brasil do Mapa da Fome? Porque criamos 20 milhões de empregos com carteira assinada, em 12 anos, e elevamos o valor do salário mínimo em 74%? Será que nos odeiam porque fortalecemos o SUS, criamos as UPAS e o SAMU que salvam milhares de vidas todos os dias?
Ou será que nos odeiam porque abrimos as portas da Universidade para quase 4 milhões de alunos de escolas públicas, de negros e indígenas? Porque levamos a universidade para 126 cidades do interior e criamos mais de 400 escolas técnicas para dar oportunidade aos jovens nas cidades onde vivem com suas famílias?
Talvez nos odeiem porque promovemos o maior ciclo de desenvolvimento econômico com inclusão social, porque multiplicamos o PIB por 5, porque multiplicamos o comércio exterior por 4. Talvez nos odeiem porque investimos na exploração do pré-sal e transformamos a Petrobrás numa das maiores petrolíferas do mundo, impulsionando nossa indústria naval e a cadeia produtiva do óleo e gás.
Talvez odeiem o PT porque fizemos uma revolução silenciosa no Nordeste, levando água para quem sofria com a seca, levando luz para quem vivia nas trevas, levando oportunidades, estaleiros, refinarias e indústrias para a região. Ou talvez porque realizamos o sonho da casa própria para 3 milhões de famílias em todo o país, cumprindo uma obrigação que os governos anteriores nunca assumiram.
Será que odeiam o PT porque abrimos as portas do Palácio do Planalto aos pobres, aos negros, às mulheres, ao povo LGBTI, aos sem-teto, aos sem-terra, aos hansenianos, aos quilombolas, a todos e todas que foram discriminados e esquecidos ao longo de séculos? Será que nos odeiam porque promovemos o diálogo e a participação social na definição e implantação de políticas públicas pela primeira vez neste país? Será que odeiam o PT porque jamais interferimos na liberdade de imprensa e de expressão?
Talvez odeiem o PT porque nunca antes o Brasil foi tão respeitado no mundo, com uma política externa que não falava grosso com a Bolívia nem falava fino com os Estados Unidos. Um país que foi reconhecido internacionalmente por ter promovido uma vida melhor para seu povo em absoluta democracia.
Será que odeiam o PT porque criamos os mais fortes instrumentos de combate à corrupção e, dessa forma, deixamos expostos todos que compactuaram com desvios de dinheiro público?
Tenho muito orgulho do legado que deixamos para o país, especialmente do compromisso com a democracia. Nosso partido nasceu na resistência à ditadura e na luta pela redemocratização do país, que tanto sacrifício, tanto sangue e tantas vidas nos custou.
Neste momento em que uma ameaça fascista paira sobre o Brasil, quero chamar todos e todas que defendem a democracia a se juntar ao nosso povo mais sofrido, aos trabalhadores da cidade e do campo, à sociedade civil organizada, para defender o estado democrático de direito.
Se há divergências entre nós, vamos enfrentá-las por meio do debate, do argumento, do voto. Não temos o direito de abandonar o pacto social da Constituição de 1988. Não podemos deixar que o desespero leve o Brasil na direção de uma aventura fascista, como já vimos acontecer em outros países ao longo da história.
Neste momento, acima de tudo está o futuro do país, da democracia e do nosso povo. É hora de votar em Fernando Haddad, que representa a sobrevivência do pacto democrático, sem medo e sem vacilações”.
Luiz Inácio Lula da Silva

aula sobre Roma Antiga - Escola Estadual Monsenhor Rocha









 




 










domingo, 14 de outubro de 2018

Ribbentrop, um ministro do exterior sob medida para Hitler


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        Nascido em Wessel em 1893, Joachim von Ribbentrop estudou na Alemanha e na Suíça. Com a declaração da Primeira Guerra Mundial, retornou para a Alemanha para participar da frente oriental. Foi condecorado com a Cruz de Ferro, promovido a tenente e enviado para Constantinopla.
        Em 1918, retomou suas atividades comerciais. Casou-se com a herdeira da fábrica de champanhe Henkell, dedicando-se aos negócios. Ambicioso e arrogante, provou ter parentesco com uma tia distante da família Ribbentrop somente para adquirir o título de nobreza “von”. Conheceu Hitler em 1930 e, em 1932, filiou-se a seu partido, travando amizade com Franz von Papen. Já Joseph Goebbels tinha-lhe grande antipatia, pois considerava-o um aproveitador. Ribbentrop esforçava-se esforçava-se em mostrar que era um nazista fanático. Por ter relações de trabalho no exterior, dominava vários idiomas, mas desconhecia as relações internacionais. Isso não impediu que Hitler, a quem bajulava, o adotasse como conselheiro em questões internacionais.
        Em 1933, com os nazistas no poder, foi enviado para a Inglaterra, onde se reuniu com o ministro Ramsay MacDonald e, em 1934, adquiriu um cargo diplomático paralelo ao do ministro de Assuntos Exteriores Konstantin von Neurath. Hitler encarregou-o de algumas tarefas secundárias relacionadas à comissão de Desarmamento, ele viajou a Paris, Londres e Roma, com a intenção de convencer as potências de que a Alemanha não tinha a intenção de tornar-se um potência militar. Em 1935, foi nomeado ministro plenipotenciário, encarregando-se de negociar um acordo naval com a Grã-Bretanha e o Pacto Antikomintern. Por serem questões complexas, Neurath temia que a falta de preparo de Ribbentrop as conduzisse ao fracasso. Entretanto, o ministro conseguiu o que planejava: ganhar a confiança de Hitler. Soube aproveitar a simpatia que o nazismo despertava nas altas camadas da sociedade britânica para articular que ingleses influentes interessados em conhecer o Führer – a quem consideravam a melhor barreira contra o avanço comunista – visitassem a Alemanha. Em 1936, Hitler nomeou Ribbentrop embaixador em Londres, com a missão de conseguir uma aliança com a Grã-Bretanha, o que não deu resultados. Apesar disso, em 4 de fevereiro de 1938, foi nomeado ministro de Assuntos Exteriores, por ser leal e partidário da guerra.
        Tentando isolar a Inglaterra, Ribbentrop conduziu as negociações do pacto com a URSS, conhecido como Ribbentrop-Molotov; assim como o pacto tripartite entre a Alemanha, Itália e Japão. Durante a Segunda Guerra Mundial, convenceu vários governos a deportarem os judeus a fim de exterminá-los.
        Depois da derrota na guerra, refugiou-se numa pensão em Hamburgo. Foi encontrado e preso pelo Exército britânico na noite do dia 14 de junho de 1945. Processado e acusado de crimes contra a paz e genocídio, foi julgado pelo tribunal de Nuremberg e condenado á morte. Foi o primeiro líder nazista a morrer enforcado, em 16 de outubro de 1946.
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Bolsofakes usam inauguração de obra em SP para inventar que Haddad tem Ferrari. É mentira!



A metralhadora de mentiras mantida pelos apoiadores de Jair Bolsonaro na internet inventou uma nova calúnia contra Fernando Haddad: a imagem do “político ostentação”. Nada mais distante da atuação sempre honesta e da personalidade do candidato. O time do Zap do Lula tem recebido diversas denúncias de imagens e vídeos mostrando Haddad com um relógio que valeria mais de R$ 400 mil ou que o colocam como proprietário de uma Ferrari amarela. É mentira!
O que os criminosos não sabem é que, tentando atacar a imagem de Haddad, mostram um dos muitos sucessos de sua gestão como prefeito de São Paulo. Usam um vídeo em que o candidato aparece saindo de uma Ferrari para dizer que o carro é dele. Não é. Na verdade, as cenas foram feitas na entrega de obras no Autódromo de Interlagos, na capital paulista, para o GP 2016 de Fórmula 1.
As obras, que começaram em 2013, colocaram o autódromo em um nível de modernidade igual ao dos europeus. Mesmo com a falta de recursos, a São Paulo Obras conseguiu resolver as questões operacionais e garantir a Fórmula 1 na cidade até 2020. Todos os detalhes foram publicados no próprio site da prefeitura de São Paulo. 
Na entrega, Haddad, orgulhoso de mais um importante feito, teve a oportunidade de dar uma volta de Ferrari na lendária pista. Essa é a verdade! Nas fotos do evento, você não só pode desmentir a mentira dos Bolsofakes como ver mais detalhes dessa obra de Haddad para a cidade!
Sem coragem para debater ideias e propostas, os apoiadores de Bolsonaro tentam deturpar o passado para criar mentiras em benefício próprio. Mas, ao contrário do candidato deles, o passado de Haddad é motivo de orgulho e só confirma porque ele é o homem de confiança de Lula.
Outra mentira que tem sido muito denunciada é o suposto valor do relógio que o candidato usa, na ordem de centenas de milhares de reais. Isso é outra mentira que mostra o nível de desespero dos criminosos. O acessório foi um presente da família quando Haddad venceu a eleição para a prefeitura de São Paulo. “Se eu soubesse que ele valia R$ 400 mil reais, como estão dizendo, eu nem andava com ele. Nem a pulseira eu troco!”, ironizou o candidato na manhã deste domingo (14).
“Eu não tenho carro no meu nome e virei proprietário de uma Ferrari [nas fakenews divulgadas]”, denunciou. “Não é assim que se ganha uma eleição, e todos os dias eu faço esse apelo para que parem com isso. Ele [Bolsonaro] diz que não pode se responsabilizar, mas quem está pagando por isso? Quem é que paga por essa campanha por WhatsApp?”.
“Fica o alerta e o apelo para que parem com isso, que não é assim que se ganha uma eleição. Isso é ruim para o Brasil!”, afirmou. “Vamos debater propostas. Ele não participa dos debates porque não pode dizer na minha cara as coisas que diz na internet. Frente a frente, não se sustenta. Não é assim que se faz campanha, isso nunca aconteceu no Brasil”, encerrou.
Fonte:
https://lula.com.br/bolsofakes-usam-inauguracao-de-obra-em-sp-para-inventar-que-haddad-tem-ferrari-e-mentira/

Dá pra confiar no que Bolsonaro fala?


Dá pra confiar?
O que Bolsonaro fala: “Nosso partido é o Brasil”.
O que Bolsonaro faz: “A minha continência à bandeira americana”.
O que Bolsonaro fala: “A nossa gratidão a Deus, em primeiro lugar, pela vida de Bolsonaro”.
O que Bolsonaro faz: “Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre”. “Encorajo, sim, o uso de arma de fogo por criança”. “Eu sou favorável à tortura, tu sabe disso”.
O que Bolsonaro fala: “Chegamos até aqui com a verdade”.
O que Bolsonaro faz:
O que Bolsonaro faz: “Não há a menor dúvida, daria golpe no mesmo dia”
O que Bolsonaro fala: “Com Deus acima de tudo”.
O que Bolsonaro faz: “Tem que matar uns 30 mil, inclusive FHC. Não deixar pra fora não. Se vai morrer alguns inocentes, tudo bem”.
Imagens de agressões sofridas por partidários do nazista Bolsonaro
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Velório do mestre Moa, assassinado com 12 facadas por adepto de Bolsonaro

Fonte: https://lula.com.br/da-pra-confiar-no-que-o-bolsonaro-fala/

O governo democrático de Getúlio Vargas

Eleição de Getúlio Vargas - 1950               "Bota o retrato do velho outra vez... bota no mesmo lugar". Assim começava a marchi...