quinta-feira, 4 de outubro de 2018

O governo de Juscelino Kubitschek


        Após a morte de Getúlio Vargas, em 1954, o vice-presidente Café Filho assumiu a presidência do Brasil. Durante o seu governo, as divergências políticas entre conservadores e progressistas se acentuaram, provocando acirradas disputas partidárias.
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        Nas eleições presidenciais realizadas em 1955, Juscelino Kubitschek, candidato pela coligação PSD-PTB, foi eleito presidente e João Goulart tornou-se vice-presidente. Porém, grupos de militares e civis conservadores passaram a articular um golpe para impedir a posse de JK. Diante disso, militares que ocupavam altos cargos públicos, aplicaram um contragolpe, conhecido como Movimento 11 de novembro. Foi, então, estabelecido o estado de sítio no país, que garantiu a posse de Juscelino e de João Goulart, em janeiro de 1956.
        Como presidente, Juscelino adotou uma política conhecida como desenvolvimentismo. Ele afirmava que, durante seu governo, o Brasil cresceria o equivalente a “50 anos em 5”.
        Para cumprir sua promessa de desenvolvimento acelerado do país, JK estabeleceu um Plano de Metas, que previa grandes investimentos em áreas importantes para a modernização do país, principalmente nos setores industrial, energético e de transporte.
        Juscelino seguiu o princípio progressista de intervenção planejada do Estado na economia. Ao mesmo tempo, mantinha o princípio conservador de entrada livre de capital estrangeiro no país, por meio de empréstimos e de importações de máquinas e tecnologias.
        Durante o seu governo, a produção industrial cresceu, principalmente nas áreas da metalurgia, da siderurgia, da petroquímica e de bens duráveis, gerando mais empregos. Diversas empresas multinacionais estrangeiras se estabeleceram no Brasil, produzindo bens de consumo duráveis, como automóveis e eletrodomésticos, e mudando os padrões de consumo dos brasileiros.
        No entanto, apesar da euforia provocada pelas novas mercadorias produzidas no Brasil, a situação econômica do país não melhorou. Embora JK tenha conseguido cumprir o Plano de Metas, os empréstimos feitos pelo governo acarretaram um grande aumento da dívida externa do país, iniciando-se um período de crise marcado pela alta da inflação e pelo desemprego.
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        O Plano de Metas de JK tinha como “meta-síntese” a transferência da capital federal do Rio de Janeiro para outras cidades, na região do Planalto Central do Brasil. A transferência da capital correspondia ao projeto de integração nacional, isto é, de interligação das diferentes regiões do país.
        A construção de uma capital federal na região central do Brasil era uma ideia antiga. Em 1892, a área onde ela seria construída foi delimitada por uma expedição enviada pelo governo federal ao Planalto Central. O nome adotado para a nova capital federal, Brasília, havia sido sugerido em 1823 por José Bonifácio, ministro do Império.
        Quando a ideia de construir Brasília saiu do papel, durante o governo de JK, a cidade ficou pronta em um curto espaço de tempo: começou em 1956 e foi inaugurada em 1960.
        Em 1956 foram dados os primeiros passos para a efetiva transferência da capital. Juscelino Kubitschek enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei para a criação da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), que seria o órgão responsável pela construção da cidade. Alguns meses depois da criação da companhia, JK realizou uma visita à região onde seria construída e afirmou que a obra ficaria pronta ainda em seu mandato.
        O próximo passo para a construção de Brasília foi a realização de um concurso para que fossem avaliadas as propostas de Plano Piloto da nova capital. Os concorrentes deveriam apresentar uma planta com uma proposta de organização urbanística para a cidade.
        Em 1957, vinte e seis projetos foram entregues à comissão julgadora e o projeto urbanístico do arquiteto Lúcio Costa foi o vencedor.
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Oscar Niemeyer 
        Brasília foi construída segundo característica inovadoras para a época. Oscar Niemeyer foi o arquiteto responsável pelas edificações e prédios públicos, como a Catedral, o Congresso Nacional, o Palácio Itamaraty e o Palácio do Itamaraty e o Palácio da Alvorada. Com uma produção original e moderna, o arquiteto elaborou projetos que valorizavam o caráter monumental e as formas circulares.
        A nova capital federal, Brasília, foi inaugurada em 21 de abril de 1960. A transferência da capital para a região Centro-Oeste, no entanto, foi criticada por muitas pessoas, que alertavam para o fato de que ela se encontrava distante da maior parte da população do país. Isso dificultava a mobilização popular para fazer reivindicações.

Um comentário:

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