sábado, 28 de julho de 2018

As civilizações Incas e Astecas


Os Astecas
        Muita coisa havia mudado na Mesoamérica quando, pouco mais de 500 anos atrás, os espanhóis chegaram às terras do Vale de Anahuac (no atual México). Havia ali um grande império, dominado pelos mexicas, grupo pertencente à etnia asteca. Em razão disso, chamamos o amplo território que eles dominavam de Império Asteca.
        É provável que os mexicas tenham vindo do norte onde, de acordo com suas crônicas, situava-se o Reino de Aztlán, e chegado à região do Lago Texcoco no século XII. Guerreiros e conquistadores, eles dominaram os vários grupos e etnias indígenas que viviam na região e ocuparam suas terras. No início do século XIV, os mexicas construíram no local um templo em honra a Huitzilopochtli, deus da guerra e do sol, principal divindade asteca. em torno do templo, cresceu a cidade de Tenochtitlán, futura  capital do império.
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Cidade de Tenochtitlán 
        A expansão dos mexicas não parou por aí. Promovendo ações militares de conquista, eles ampliaram seus domínios e formaram um império com mais de 6 milhões de pessoas. Estima-se que, quando os espanhóis ali chegaram, em 1519, a capital, Tenochtitlán, abrigava aproximadamente.
        Uma das principais fontes para o estudo dos astecas e de outros povos que habitavam a região do México são os códices, espécie de livros com imagens e símbolos desenhados em papéis feitos de fibras de árvores ou peles de animais. Os espanhóis destruíram muitos desses códices. Entre os que chegaram até nós, um dos mais importantes é o códice Mendoza, feito pelos astecas cerca de vinte anos após a conquista espanhola. Por meio dos códices foi possível conhecer aspectos da vida cotidiana dos astecas, como a educação, a vida familiar e as técnicas de cultivo.
        Sabemos, por exemplo, que os camponeses cultivavam tomate, milho, algodão, cacau, batata e vários tipos de pimenta. O cacau servia de alimento e bebida e sua semente era utilizada como moeda.
        Os astecas desenvolveram técnicas para superar as limitações impostas pela natureza e aumentar a produção agrícola. Construíram canais de irrigação para transportar a água dos rios e lagos para regiões mais distantes e criaram as chinampas, um tipo de canteiro flutuante.
        Os povos submetidos ao Império Asteca produziam para o seu consumo e, principalmente, para pagar os pesados impostos cobrados pelos mexicas. Esses tributos garantiam a expansão do império e permitiam investir na ampliação e no embelezamento de Tenochtitlán.
        Ao se fixar no Vale do México, por volta do século XII, os mexicas tinham uma organização social igualitária. Com o tempo, porém, surgiu uma diferenciação social entre eles e um distanciamento do povo em relação às camadas da elite.

Os Incas
        Na América do Sul, as terras altas da Zona Andina Central atraíram a ocupação humana principalmente em virtude de seus vales, com bosques, rios e pastos cercados de montanhas. Foi num desses vales, o de Cuzco, no sul do atual Peru, que os incas construíram um grande império.
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Localização geográfica do Império Inca
        Antes dele, floresceram na região diversas culturas, como as de Caral, Tiahuanaco, Mochica e Huari. A cultura Chavín, um das mais antigas dos Andes peruanos, é considerada a primeira a unificar a região em torno de costumes e práticas comuns. Monumentos, estatuetas, peças de cerâmica, ornamentos feitos de metais e móveis são alguns dos vestígios dessas antigas civilizações andinas.
        Os incas são originários do povo quéchua e chegaram à região de Cuzco provavelmente no século XIII. Inicialmente, conviveram com outras etnias da região. Aos poucos, porém, os incas submeteram os demais povos. Na primeira metade do século XV, o império inca expandiu-se por uma vasta região.
        O chefe supremo do império era o Sapa Inca, que exercia controle total sobre os povos que viviam em seus domínios. Considerado filho do sol, ele decidia quando as pessoas podiam se casar ou viajar e forçava a migração para áreas menos ocupadas do império, com o objetivo de defender terras desprotegidas.
        Havia uma série de procedimentos que deviam ser respeitados na presença do Sapa Inca. Por exemplo, ao se deslocar de um lugar a outro, o chefe supremo ia coberto por um manto, dentro de uma luxuosa liteira carregada por vários homens. À frente, uma coluna de servidores ia varrendo o caminho, e o povo se curvava com a face na terra enquanto ele passava. Até os altos funcionários só se dirigiam a ele de joelhos, em sinal de obediência.

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Representação do Sapa Inca
        A base econômica do Império Inca era a agricultura, praticada em aldeias. Cada aldeia era habitada por um conjunto de famílias unidas por laços de parentesco. Essa comunidade era chamada de ayllu. Cada ayllu tinha um chefe, o Kuraka, que dividia as terras entre as famílias e organizava a produção coletiva.
        Os camponeses do ayllu plantavam milho, batata, quinoa, algodão, batata-doce, amendoim, abacate, pimenta, entre outros produtos. Também criavam animais próprios dos Andes, como alpacas e lhamas. Os animais forneciam lã, leite, carne, além de servirem de meio de transporte.
        As famílias do ayllu deviam pagar ao kuraka e ao império um imposto que se chamava mita. Durante alguns meses do ano, elas deviam cultivar terras do kuraka e do império, ou ajudar na construção de estradas, canais de irrigação, edifícios públicos e moradias.
        As camadas mais altas também tinham obrigações. Em períodos de colheitas ruins, o kuraka devia distribuir os alimentos que havia acumulado com o recolhimento dos tributos e alimentar as famílias do ayllu.
        A irrigação das terras do império, em parte desérticas, era uma preocupação dos incas. Para resolver o problema, eles construíram canais que recolhiam a água que descia das montanhas e a levavam para as áreas de cultivo.
        Os incas também foram grandes construtores de cidades. Além de Cuzco, sua capital, ergueram Machu Picchu deve ter sido local de cultos e sepultamentos. Construída integralmente com pedras encaixadas, Machu Picchu foi encontrada integralmente por uma expedição arqueológica em 1911.
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Ruínas da cidade de Cuzco (Peru)
        Extensas estradas foram abertas pelos incas. Elas eram utilizadas para controlar as áreas do império e permitir a comunicação entre os vales, além de garantir a circulação de produtos e de um sistema de correio. Acredita-se que as estradas incas tenham possibilitado um grau de integração entre as áreas do império que os demais povos pré-colombianos não conheceram.



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A América pré-colombiana

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Niéde Guidon

        Não se sabe ao certo quando a América foi ocupada pelo ser humano. Arqueólogos já encontraram vestígios humanos no continente desde, pelo menos, 14 mil anos atrás. Outros especialistas, como a arqueóloga brasileira Niéde Guidon, afirmam que essa presença data de aproximadamente 45 mil anos atrás.
        Apesar dessas incertezas, é possível afirmar que os primeiros grupos humanos na América eram nômades, caçadores e coletores. A sedentarização foi um processo longo: as primeiras marcas de plantio datam de cerca de 8 mil anos atrás. Elas se encontram nas atuais terras do México e dos Andes peruanos e indicam cultivo de abóbora, feijão, tomate, pimentão, milho, batata-doce e mandioca. Com o tempo, os assentamentos humanos cresceram e deram origem às primeira cidades na América.

Os Olmecas
        Um dos primeiros povos pré-colombianos a ter uma organização social complexa, os Olmecas estabeleceram-se na região do Golfo do México, na Mesoamérica, por volta do século XIII a. c. e lá se mantiveram por pelo menos oito séculos. A região tinha água abundante, o que facilitava o plantio de alimentos, como milho, abóbora, feijão e algumas pimentas. A caça e a pesca contribuíram para ampliar as fontes alimentares.
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Localização geográfica dos Olmecas
        Os olmecas criaram as primeiras formas americanas de escrita e um calendário. Monumentos funerários, centros cerimoniais e esculturas sugerem que eles viviam numa sociedade com alguma diferenciação social e que a religião tinha papel predominante. Também foram encontradas grandes praças públicas, o que pode indicar que suas cerimônias religiosas eram realizadas ao ar livre.
        Por volta do século IV a. c., a população olmeca decresceu bastante. Não se sabe ainda o que provocou o declínio dessa sociedade, mas podem ter sido mudanças ambientais, que afetaram a agricultura, ou guerras com os povos vizinhos, que causaram muitas mortes e perdas territoriais.

Teotihuacán: uma das primeiras cidades
        Monte Albán e Teotihuacán, na parte central do México, são provavelmente as duas cidades mais antigas da Mesoamérica. Teotihuacán formou-se da união de várias aldeias, por volta do ano 100, e atingiu o auge na metade do século V, quando sua população chegou a 80 mil pessoas.
        O centro de Teotihuacán, muito bem organizado e planificado, estava dividido em setores, cada um deles dedicado a uma atividade a uma nova atividade econômica. Contava também com grandes templos e edifícios públicos. As áreas dedicadas e moradias tinham quarteirões regulares e ruas e avenidas geometricamente desenhadas.
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Pirâmide do Sol
        A construção mais importante da cidade era a Pirâmide do Sol. No topo da pirâmide, provavelmente, havia um templo. Para alguns estudiosos, o templo devia representar para aquele povo o local de onde saíram seus antepassados.
        Por alguma razão ainda não esclarecida, Teotihuacán entrou em declínio por volta d século VIII. Parte da população migrou para outras áreas e outra parte continuou vivendo no local, sob o domínio dos toltecas.

O domínio tolteca
        Os toltecas eram povos nômades que viviam no norte do México. No século VIII, eles começaram a se deslocar para o sul e se estabeleceram na região central do México, assimilando muitos costumes dos moradores de Teotihuacán. Conheciam a metalurgia, praticavam a agricultura, a coleta e a caça e comercializavam regularmente com povos do sul e do leste, trocando sobretudo obsidiana por algodão e cacau.
        A capital tolteca era Tula, cidade que pode ter chegado a abrigar entre 20 e 50 mil pessoas durante o século XI, período em que atingiu seu auge. No século XII, porém, a cidade foi invadida e, n primeira metade do século seguinte, incendiada.
        Não é possível definir os motivos exatos do declínio da civilização tolteca. As principais explicações seriam a incapacidade de impedir o avanço de grupos invasores nortistas e as temporadas de seca, que teriam prejudicado a produção agrícola.

As cidades-estados maias
        Por volta do ano 800, enquanto a cidade de Teotihuacán declinava, no sul as cidades maias chegavam ao apogeu. Os maias ocupavam a Península de Yucatán, além de uma pequena faixa de terra ainda mais ao sul, correspondente ao oeste da atual Honduras.
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        As informações sobre os maias são precárias, mas os primeiros indícios de sua presença na região datam de 1000 a. c. Eles construíram e mantiveram suas cidades por quase dois mil anos, até o século X, aproximadamente, quando começaram a abandoná-las. As construções de cidades como Chichén Itzá e Palenque (México), Tikal (Guatemala) e Copán (Honduras) foram talvez as mais requintadas e variadas da América pré-colombiana.
        As guerras desempenharam um papel importante na expansão das cidades maias, como ocorreu com outros povos da América e do mundo. A imagem idealizada dos maias como um povo pacífico não corresponde aos registros encontrados, que mostram sinais de uma cultura militarista. Descobertas de crânios em sepulturas atestam que eles tinham o costume de decapitar os inimigos, talvez em um ritual de sacrifício aos deuses.
        Os maias não chegaram a formar um império. Suas cidades-Estado se comunicavam, mas conservavam autonomia administrativa e tinham suas próprias leis e organização interna. O poder em cada cidade era centralizado e transmitido hereditariamente. Nobres, funcionários do Estado e sacerdotes compunham a elite. Eles moravam nas cidades, de onde controlavam os agricultores.

A agricultura maia
        A agricultura maia era a atividade mais importante da economia maia. Os instrumentos utilizados nessa atividade eram basicamente de madeira e de pedra. Aparentemente, apenas os machados, usados na derrubada de árvores, eram feitos de cobre.
        Os maias cultivavam abacate, abóbora, cacau, mamão, feijão, batata e, principalmente, milho. Este foi, provavelmente, o principal alimento da maioria dos povos pré-colombianos colonizados pelos espanhóis.
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Localização geográfica dos maias
        O milho era tão importante que muitas celebrações e mitos foram criados em torno dele. Uma das narrativas do poema maia, por exemplo, atribui a origem dos homens a um Grande Deus, que teria utilizado grãos de milho para cria-los.
        As técnicas de cultivo dos alimentos desenvolvidas pelos maias eram simples, prevalecendo o sistema de coivara, que consistia em derrubar a mata, queimar a vegetação original e, dias depois, fazer a semeadura. Quando chegava a estação das chuvas, eles vigiavam as plantações para retirar as ervas daninhas e impedir a invasão do mato. A colheita, feita entre outubro e novembro, era celebrada com grandes festividades.
        A prática da coivara provocava o rápido esgotamento do solo. Como os campos de milho produziam em média por dois ou três anos consecutivos, os agricultores maias tinham que deslocar constantemente suas plantações em busca de novas terras para o cultivo, abandonando as que tinham ficado pouco produtivas.

O declínio da civilização maia
        Por volta do ano 900, as cidades maias começaram a entrar em declínio, até ficarem despovoadas. Uma das explicações para esse declínio é que mudanças climáticas teriam provocados longos períodos de estiagem. Outra hipótese é que a prática da coivara teria esgotado a capacidade produtiva das terras e forçado a população a emigrar para outras áreas. O motivo exato do abandono das cidades, contudo, ainda é objeto de controvérsias. O mais provável é que tenha sido causado por uma combinação de fatores.
        Quando os espanhóis chegaram à região, no início do século XVI, as cidades maias estavam em ruínas, a maior parte delas coberta pela floresta tropical. No entanto, as marcas da cultura maia persistem até os dias de hoje. Elas sobrevivem nas construções, nas línguas e nos registros de conhecimentos de astronomia. O mais forte indício do passado maia, porém, está nas etnias que ainda vivem na região, concentradas principalmente em dois países: México e Guatemala.


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sexta-feira, 27 de julho de 2018

História da cidade de Ouro Preto

A Vila Rica de Ouro Preto é um dos mais importantes municípios da história brasileira. Situado no estado de Minas Gerais, a história começou por volta do século XVIII. Nesta época a região se tornou um grande polo de descoberta de ouro. Por isso, muitos mineradores e demais aventureiros foram a terra em busca do metal precioso. Aqui vamos dar um resumo sobre Ouro Preto, contando sobre a sua importância histórica para o Brasil.
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Ilustração da extração de ouro em Vila Rica (Ouro Preto)
A exploração começou a partir do momento que um homem mergulhou um recipiente no rio Tripuí para beber água e encontrou ao fundo do ribeirão algumas pedras escuras. O homem as guardou e levou até a cidade de Taubaté no interior de São Paulo. Segundo a história, essas pedras chegaram as mãos de Artur Medes de Sá e Menezes, governador do Rio de Janeiro. Ele identificou os objetos como ouro.
Aos poucos a notícia se espalhou por todo o Brasil. Diversos exploradores partiram para a região conhecida como Pico do Itacolomi para tentar a sorte de encontrar algum bem precioso. No ano de 1968, o paulista Antônio Dias de Oliveira foi quem encontrou a grande mina e conseguiu extrair uma riquíssima quantidade de ouro. O minerador estabeleceu-se no local junto a seus parentes e amigos que inauguram a primeira capela do local.
Logo mais, forasteiros foram se instalando no local. Toda essa dedicação de várias pessoas a prática da mineração levou a região em um estado de deficiência de alimentos. Mas o ouro facilmente era encontrado naquela região, tanto que com a demanda de pessoas em torno do Itacolomi provocou uma grande guerra entre os forasteiros e os paulistas que controlavam a exploração.
O conflito conhecido como Guerra dos Emboabas iniciou em 1708 e durou até o ano seguinte. No final, os forasteiros foram os grandes vitoriosos e permaneceram na região. O grupo foi liderado pelo explorador Manuel Antunes Viana.

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O povoado ao redor de Ouro Preto teve um grande progresso por causa da exploração, tanto que em 1711 fundou-se a Vila Rica, por isso a Coroa Real estabeleceu a coleta do Quinto, lei que determinava que todos os exploradores deviam a coroa 20% de todo o ouro que encontrassem.
Porém a região também passou a ser fonte do material conhecido como Ouro Podre que obteve crescimento pelo português Pascoal da Silva Guimarães. A ideia cobrança do Quinto e a invasão de Portugal não agradou o explorador, tanto que surgiu a Sedição de Vila Rica.
Por ordem de Dom Pedro houve o enforcamento de um dos fortes aliados de Guimarães, Felipe dos Santos. Além disso, determinou-se que a região fosse incendiada. A partir desse episódio o local se popularizou como Morro da Queimada.
Ao longo do tempo da exploração, as aldeias cresceram e se aproximaram formando o Núcleo Vila Rica que atualmente se localiza nas proximidades de Ouro Preto. A partir de 1711, a junção abrigou pequenos vilarejos que foram beneficiados pelo desenvolvimento artístico e cultural que podem ser observados nos dias atuais, como festas locais e modelos antigos arquitetônicos.
Apesar da grande junção e desenvolvimento da região, a produção de ouro estava cada vez mais escassa e altos tributos eram arrecadados pela coroa portuguesa. Tanto que novos conflitos e revoluções se instalaram na região em inspiração a movimentos como a Revolução Francesa. A mais conhecida foi a Inconfidência Mineira no ano de 1789 que é de extrema importância para a história brasileira.
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A Inconfidência desdobra-se da revolta iniciada por Joaquim José da Silva Xavier, o popular Tiradentes. O movimento foi fracassado devido a delação de Joaquim Silvério dos Reis sobre os planos do grupo para a Coroa. No fim, como castigo ao movimento dos inconfidentes, Tiradentes foi decepado e colocada a mostra em via pública que ficou conhecida como Praça Tiradentes.
Nesse resumo sobre Ouro Preto vale destacar sobre a importância cultural e histórica para o país. De 1823 a 1897, Vila Rica ficou intitulada como a capital Minas Gerais, logo depois o título foi transferido a atual Belo Horizonte. Nesse processo, a região foi intitulada como Imperial Cidade de Ouro Preto.
Pela grandiosa importância histórica para o país, o município recebeu em 1839 a primeira Escola de Farmácia da América Latina. Em 1876 a cidade recebeu a Escola de Minas de Ouro Preto que hoje formam a renomada Universidade Federal de Ouro Preto.
Depois que a capital passou a Belo Horizonte, freou o seu desenvolvimento e crescimento da cidade que foi responsável pela conservação de muitas características históricos como grandes casas em estilos coloniais, festas tradicionais, travessas e ruas estreitas, igrejas com decorações em ouro e manifestações do barroco. Devido a conservação cultural e estrutural do município foi tombado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1980.

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Museu da Inconfidência
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Igreja São Francisco

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Casa dos Contos
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Igreja do Pilar
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Mina du veloso
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Restaurante forno de barro
FONTE:
https://www.resumoescolar.com.br/geografia-do-brasil/resumo-sobre-a-cidade-de-ouro-preto/


Repressão e perseguição durante a Guerra Fria


        No período da Guerra Fria, tanto nos Estados Unidos quanto na União Soviética, as pessoas suspeitas de simpatizar com o modo de vida do rival passaram a ser vítimas de uma perseguição feroz.
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Joseph McCarthy
        Nos Estados Unidos, a política de “caça aos comunistas” foi liderada pelo senador Joseph McCarthy. Visando impressionar a opinião pública e conseguir votos ara reeleger-se ao Senado, em fevereiro de 1950, McCarthy blefou publicamente: disse que havia mais de 200 comunistas trabalhando no Departamento de Estado estadunidense. A denúncia, ampliada e divulgada pelos jornais, inaugurou uma verdadeira cruzada anticomunista nos Estados Unidos.
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Charles Chaplin
        Instalado no poder, o macarthismo agiu sem o menor escrúpulo: o minúsculo Partido Comunista Americano foi colocado na ilegalidade; os jornais, a televisão e o cinema sofreram uma devassa; e centenas de pessoas que trabalhavam nesses meios de comunicação foram presas sob a acusação de serem comunistas e tiveram suas carreiras destruídas. Até mesmo Charles Chaplin, o criador do personagem Carlitos, foi denunciado e perseguido pelo macarthismo, tendo sido obrigado a se exilar.
        Na União Soviética, a perseguição ao americanismo e aos acusados de “desvio ideológico” era liderada pelo próprio Josef Stalin, chefe de Estado e maior inimigo do “imperialismo ianque”. Os crimes praticados por Stalin foram muitos: prendeu jornalistas; mandou internar adversários em hospitais psiquiátricos; comandou execuções em massa; escravizou centenas de milhares de pessoas em campos de trabalho forçado na Sibéria; e deu apoio à prática do antissemitismo. Estimativas recentes, como a do estudioso Simon S. Montefiore, falam em milhões de pessoas eliminadas pelo stalinismo.
        A Guerra Fria inaugurou uma “era do medo”. O medo que os EUA e a URSS tinham um do outro, a desconfiança mútua e a alta lucratividade da indústria bélica contribuíram para desencadear uma corrida armamentista envolvendo investimentos maciços na fabricação de armas nucleares.
        Em novembro de 1952, os Estados Unidos testaram no Pacífico a primeira bomba de hidrogênio, muito mais poderosa que as bombas atômicas lançadas anteriormente sobre o Japão. Três anos depois, era a vez de a URSS testar a sua. Essa corrida exigia investimentos crescentes e enriquecia os fabricantes de armas e equipamentos, mas, ao mesmo tempo, forçava os Estados envolvidos a aumentarem os impostos, que eram pagos por todos os cidadãos.
        A corrida armamentista desdobrou-se também em corrida espacial. A URSS saiu na frente e, em 1957, lançou dois satélites artificiais, o Sputnik 1 e o Sputnik 2, este último levando a bordo uma cadela da raça Laika. Quatro anos depois, em abril de 1961, a URSS realizou outro feito notável: o lançamento da primeira nave pilotada por um ser humano, o jovem cosmonauta Yuri Gagarin. A população soviética saiu ás ruas para comemorar, e Gagarin foi transformado em herói nacional.
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Yuri Gagarin
        Os estadunidenses redobraram, então, seus investimentos em pesquisa espacial para chegar à Lua e, assim, provar que o sistema estadunidense era o melhor. Em 20 de julho de 1969, viajando a bordo da nave Apolo 11, o astronauta estadunidense Neil Armstrong foi o primeiro ser humano a pisar o solo lunar, onde fincou também a bandeira dos Estados Unidos. A Guerra Fria estendia-se ao espaço.

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        Durante a corrida espacial, o então governante soviético Nikita Kruschev (1953-1964) desenvolveu uma política externa conhecida como coexistência pacífica, estabelecendo com o presidente John F. Kennedy, dos EUA, negociações para assegurar a paz mundial.  
                                       
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Nikita Kruschev

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A Guerra da Coreia

        A tensão entre os Estados Unidos e a União Soviética estendeu-se também à Ásia e desdobrou-se em conflito aberto na Guerra da Coreia (1950-1953).

        A Coreia esteve sob o domínio japonês desde 1910. Com a rendição do Japão e o fim da Segunda Guerra na Ásia, em 1945, a Coreia foi libertada do domínio japonês e dividida entre os vencedores: o Norte passou ao controle da URSS, e o Sul ficou sob o domínio dos Estados Unidos da América. Três anos depois, refletindo a lógica da Guerra Fria, essa divisão se consolidou. Formaram-se, então, dois países distintos separados por uma zona desmilitarizada na altura do paralelo 38º: a República Popular Democrática da Coreia do Norte (socialista) e a República Popular da Coreia do Sul (capitalista).
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        Encorajado pela Revolução comunista na China, em 1949, o governo da Coreia do Norte desfechou um ataque surpresa contra a Coreia do Sul, em 25 de junho de 1950, e ocupou Seul, a capital do país.
        Manobrada pelos EUA, a ONU autorizou o envio de tropas multinacionais sob o comando do general estadunidense Douglas McArthur para lutar ao lado dos sul-coreanos. A China comunista, por sua vez, visando alargar sua influência na região e proteger sua fronteira, entrou no conflito ao lado da Coreia do Norte, que também recebeu ajuda militar da URSS. Evidenciavam-se, assim, a bipolaridade da ordem mundial e a disputa por áreas de influência.
Resultado de imagem para destruição na guerra da coreia        A Guerra da Coreia foi sangrenta e brutal, com muitas mortes de ambos os lados. O número de coreanos e chineses mortos no conflito chegou a 2 milhões; os estadunidenses, a 142 mil.
        O conflito estendeu-se até 27 de julho de 1953, quando foi assinado o Armistício de Panmujon, que praticamente conservou o traçado da fronteira anterior e a divisão em dois países: Coreia do Norte (comunista), aliada da China e da URSS, e a Coreia do Sul (Capitalista), aliada dos EUA. As duas Coreias assinaram o armistício concordando em suprimir as hostilidades. Mas não assinaram um tratado de paz; portanto, juridicamente elas continuam em guerra desde 1950. Em um tratado de paz, quase sempre, um dos lados reconhece que perdeu e paga indenização ao outro. Ambos combinam então as regras de convivência e voltam a viver em paz reconhecendo obrigações e direitos recíprocos.
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COREIA DO NORTE ATUALMENTE
        Nos últimos anos têm ocorrido incidentes e trocas de tiros na fronteira entre as duas Coreias, o que tem preocupado os analistas internacionais e contribuído para a instabilidade política no mundo. Além disso, no início de 2016, o governo norte-coreano assumiu ter feito um teste nuclear explodindo uma bomba de hidrogênio com consequências imprevisíveis para a Terra, as pessoas, a fauna e a flora. Ao demonstrar seu poderio nuclear, acendeu um sinal de alerta em Washington, reeditando uma cena típica da Guerra Fria.
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COREIA DO SUL ATUALMENTE

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quinta-feira, 26 de julho de 2018

Os Fenícios


        A antiga civilização fenícia desenvolveu-se onde hoje estão situados o Líbano e pequenos trechos da Síria e de Israel. Acredita-se que esse povo tenha se estabelecido no local por volta de 2.000 a.c., mas foi a partir do século XVIII a. c., que as cidades fenícias cresceram e prosperaram. O território no qual se fixaram, situado entre o Mar Mediterrâneo (a oeste) e as montanhas (a leste), era estreito e árido, condições geográficas que dificultavam a comunicação com o interior. Seu litoral era formado por numerosas ilhas e portos, localizados no cruzamento de importantes rotas comerciais marítimas da Antiguidade.
        Nas poucas faixas de terra fértil, os fenícios cultivavam azeitona e trigo. Ao longo de toda a sua história, no entanto, as cidades fenícias dependeram de produtos agrícolas trazidos de outras regiões.

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        A proximidade do mar e a escassez de terras férteis impulsionaram os fenícios ao comércio marítimo. A inclinação desse povo para a navegação foi facilitada, também, pela existência de extensas florestas de cedro em seu território. Essa árvore fornecia um tipo de madeira leve e resistente, apropriada para construir embarcações. Especialistas em viagens marítimas, os fenícios realizaram importantes inovações nos barcos a vela e incrementaram as técnicas de navegação.
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ROTA COMERCIAL DOS FENÍCIOS
        Além de excelentes navegadores, os fenícios eram artesãos e comerciantes. Produziam cerâmica, vidro, tecidos, joias, perfumes, armas e comercializavam esses produtos por todo o litoral do Mar Mediterrâneo. Também desenvolveram a agricultura, a metalurgia, a tecelagem e a tinturaria.
        Um dos principais produtos comercializados por esse povo era a tinta púrpura, extraída do molusco múrice. O múrice é uma espécie de caracol que contém em uma das suas extremidades um líquido avermelhado chamado púrpura. O múrice fenício era de um vermelho-violeta muito apreciado, conhecido como púrpura real, e era utilizado no tingimento de tecidos.
        Na antiga Fenícia não se formou um Estado centralizado, como no Egito, mas coexistiam várias cidades-estados independentes. S principais eram Tiro, Biblo e Sídon.
        Cada cidade-estado tinha seu próprio rei. Nela, um conselho de comerciantes e armadores limitava o poder político do monarca. Dois grupos faziam parte das cidades-estados: o grupo dominante, formado por comerciantes ricos, proprietários de terras, armadores e sacerdotes; e o grupo menos privilegiados, constituído por artesãos, camponeses e escravos.
        Os fenícios dominaram portos de importância estratégica e comercial no norte da África, na Península Itálica e em várias ilhas do Mar Mediterrâneo. Entre os séculos IX a. c., a avançada navegação fenícia permitiu-lhes fundar várias colônias, que serviram de base para a troca de muitos produtos. A mais importante dessas colônias foi Cartago, situada no norte da África.
        Por terra e por mar, os fenícios se espalharam por todo o mundo antigo, vendendo produtos trazidos de outras regiões ou que eles mesmos fabricavam. Com seus barcos e camelos, montaram uma rede de caravanas que ligava o Mar Cáspio e o Golfo Pérsico com o Mar Mediterrâneo, por onde transportavam produtos vindos da África, da Europa e da Ásia. As redes de comércio estabelecidas pelos fenícios permitiram que eles realizassem trocas culturais com diversos povos da Antiguidade.
        O comércio de escravos foi também uma importante fonte de riqueza para os fenícios. A maior parte dos escravos era constituída de prisioneiros de guerra obtidos na Etiópia (África), na Grécia (Europa) e no Cáucaso, região situada entre a Europa e a Ásia.
        Os fenícios também eram hábeis artesãos. Produziam esculturas, cerâmica, vidro, tecidos, joias e perfumes. Seu artesanato mais valorizado eram as peças feitas de vidro e os tecidos tingidos de vermelho-púrpura.
        O pouco que se sabe da religião fenícia tem como fonte principal a Bíblia. Os fenícios eram politeístas e cada cidade-estado tinha seu próprio deus, que se chamava Baal. Eles também adoravam uma divindade feminina chamada Baalit ou Astarte.
        O Baal representava, em geral, o Sol, dono do Céu e da Terra. Segundo a Bíblia, Baal era cruel, acostumado a exigir terríveis sacrifícios dos fiéis, como a imolação de crianças. Astarte representava a Lua, a deusa do amor e da primavera; a ela cabia presidir os rituais de desaparecimento e renascimento, como ciclo da Agricultura.
        Os fenícios levaram seus deuses para toda a região do Mar Mediterrâneo, influenciando outros povos e recebendo influência deles. Acredita-se, por exemplo, que Astarte fosse a versão fenícia de Afrodite, deusa dos gregos, assim como Melkart, o Baal da cidade de Tiro, representasse Hércules.
        Atualmente, muitas pessoas utilizavam seus celulares ou aplicativos em tablets e computadores para conversar com amigos e familiares. Esse tipo de comunicação exige uma linguagem própria, diferente da fala e da escrita formal.
        Os internautas usam frases curtas, palavras abreviadas e substituem os acentos por outras letras para tornar a digitação mais rápida. Por exemplo: a maioria das pessoas escreve vc (você), eh (é), qdo (quando) etc. em um bate-papo virtual escrito, é importante escrever rapidamente para dar mais velocidade ao diálogo.
        Os fenícios também sentiram necessidade de um tipo de linguagem mais eficiente para se comunicar com outros povos do mediterrâneo. Essa necessidade provavelmente contribui para se desenvolvesse, por volta de 1700 a. c., um novo sistema de comunicação escrita, visando facilitar e organizar as atividades comerciais: o alfabeto.
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        O alfabeto fenício tinha 22 letras, mas nenhuma vogal. As vogais foram acrescentadas posteriormente pelos gregos. Esse alfabeto foi muito importante para o desenvolvimento e a expansão do comércio e o intercâmbio entre os mais diversos povos. Ele constitui a base da escrita usada pela maioria dos povos do mundo moderno.

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