domingo, 14 de outubro de 2018

Ribbentrop, um ministro do exterior sob medida para Hitler


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        Nascido em Wessel em 1893, Joachim von Ribbentrop estudou na Alemanha e na Suíça. Com a declaração da Primeira Guerra Mundial, retornou para a Alemanha para participar da frente oriental. Foi condecorado com a Cruz de Ferro, promovido a tenente e enviado para Constantinopla.
        Em 1918, retomou suas atividades comerciais. Casou-se com a herdeira da fábrica de champanhe Henkell, dedicando-se aos negócios. Ambicioso e arrogante, provou ter parentesco com uma tia distante da família Ribbentrop somente para adquirir o título de nobreza “von”. Conheceu Hitler em 1930 e, em 1932, filiou-se a seu partido, travando amizade com Franz von Papen. Já Joseph Goebbels tinha-lhe grande antipatia, pois considerava-o um aproveitador. Ribbentrop esforçava-se esforçava-se em mostrar que era um nazista fanático. Por ter relações de trabalho no exterior, dominava vários idiomas, mas desconhecia as relações internacionais. Isso não impediu que Hitler, a quem bajulava, o adotasse como conselheiro em questões internacionais.
        Em 1933, com os nazistas no poder, foi enviado para a Inglaterra, onde se reuniu com o ministro Ramsay MacDonald e, em 1934, adquiriu um cargo diplomático paralelo ao do ministro de Assuntos Exteriores Konstantin von Neurath. Hitler encarregou-o de algumas tarefas secundárias relacionadas à comissão de Desarmamento, ele viajou a Paris, Londres e Roma, com a intenção de convencer as potências de que a Alemanha não tinha a intenção de tornar-se um potência militar. Em 1935, foi nomeado ministro plenipotenciário, encarregando-se de negociar um acordo naval com a Grã-Bretanha e o Pacto Antikomintern. Por serem questões complexas, Neurath temia que a falta de preparo de Ribbentrop as conduzisse ao fracasso. Entretanto, o ministro conseguiu o que planejava: ganhar a confiança de Hitler. Soube aproveitar a simpatia que o nazismo despertava nas altas camadas da sociedade britânica para articular que ingleses influentes interessados em conhecer o Führer – a quem consideravam a melhor barreira contra o avanço comunista – visitassem a Alemanha. Em 1936, Hitler nomeou Ribbentrop embaixador em Londres, com a missão de conseguir uma aliança com a Grã-Bretanha, o que não deu resultados. Apesar disso, em 4 de fevereiro de 1938, foi nomeado ministro de Assuntos Exteriores, por ser leal e partidário da guerra.
        Tentando isolar a Inglaterra, Ribbentrop conduziu as negociações do pacto com a URSS, conhecido como Ribbentrop-Molotov; assim como o pacto tripartite entre a Alemanha, Itália e Japão. Durante a Segunda Guerra Mundial, convenceu vários governos a deportarem os judeus a fim de exterminá-los.
        Depois da derrota na guerra, refugiou-se numa pensão em Hamburgo. Foi encontrado e preso pelo Exército britânico na noite do dia 14 de junho de 1945. Processado e acusado de crimes contra a paz e genocídio, foi julgado pelo tribunal de Nuremberg e condenado á morte. Foi o primeiro líder nazista a morrer enforcado, em 16 de outubro de 1946.
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