Os
chapetones, colonos nascidos na Espanha, desfrutavam de poder e privilégio,
ocupando todos os principais cargos administrativos, militares e religiosos. Os
criollos, filhos de espanhóis nascidos na América, eram ricos fazendeiros,
donos de minas e grandes comerciantes. Alguns possuíam formação universitária. Apesar
de terem projeção econômica e social, eram impedidos de ocupar altos cargos no
governo, no Exército e na Igreja.
Os
mestiços eram filhos de espanhóis ou de criollos com indígenas ou africanas. Nascidos
quase sempre de relações extraconjugais, eram vistos como ilegítimos e
proibidos de usar armas, ouro e roupas de seda. Eles trabalhavam, geralmente,
em ocupações de pouco prestígio naquela sociedade: eram pedreiros,
carpinteiros, ferreiros, capatazes de fazenda, soldados e padres.
Os
indígenas constituíam a maioria da população e eram duramente explorados nas
minas, fazendas e cidades.
Os
africanos escravizados eram em número muito menor e viviam no litoral da Colômbia,
do Equador e da Venezuela, onde trabalhavam principalmente nas grandes
plantações de cacau, e nas Antilhas – ilhas espanholas, francesas e holandesas
da América Central -, onde trabalhavam, sobretudo, nas plantações de
cana-de-açúcar. Indígenas, negros e mestiços sofriam discriminação social e
étnica, o que aumentava as tensões no interior das sociedades coloniais
hispano-americanas.
Ao
longo de todo o período colonial ocorreram na América uma série de levantes e
rebeliões sociais contra o trabalho forçado (a mita e a encomenda) e mal
remunerado, os impostos abusivos cobrados pela Espanha e pela Igreja e a
discriminação vigentes nas sociedades coloniais. Vamos apresentar de forma
breve duas dessas lutas: a Revolta de Túpac Amaru, no atual Peru, e a Revolta
dos Comuneros, na atual Colômbia.
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