segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

O culto à mediocridade

         O Brasil está vivendo um período em sua história delineado pela presença das trevas. O obscurantismo, responsável pelo “Jesus da goiabeira” e o “terraplanismo”, se difundiu pelas entranhas da sociedade de uma maneira avassaladora. A estupidez e a arrogância tornaram-se elementos primordiais para se fazer política, desmantelando as premissas básicas do processo civilizatório.
       Torna-se assustador sabermos que temos um ministro da educação que não sabe escrever; um ministro do meio ambiente que incentiva o desmatamento; uma ministra dos direitos humanos fundamentalista e um ministro das relações exteriores que se esconde nos subterfúgios da ignorância. Todos encontram-se imersos na insensatez daquele que é considerado o pai da fake news, o miliciano-mor senhor Presidente da República Jair Bolsonaro.
         O silêncio da sociedade brasileira é ensurdecedor. Onde estão aqueles que se diziam contrários à corrupção? Que era preciso tirar o PT do governo para acabar com os desvios do dinheiro público? A camisa verde-amarela está guardada no fundo do guarda-roupa, pois não terão coragem de ir às ruas como outrora. E as panelas? Acho que estão sendo usadas para fritar ovos, pois com o atual preço da carne...
       O que dizer do “herói nacional” Sergio Moro? Aquele que iria aniquilar com os corruptos do país? Hoje, sabemos que o “marreco de Maringá” se esconde atrás do seu cargo, e que assumiu o papel de advogado da “familícia”. Comanda todo o sofisticado aparato de inteligência da Polícia Federal e do Ministério Público, não obstante, se recusa a informar onde encontra-se o Queiroz. Está evidente que a sua finalidade consiste em orquestrar um projeto de poder, seja o STF ou cargos de destaque na máquina pública, por isso que aceita a sua atual função de “funcionário do miliciano-mor”.
          Até quando a sociedade brasileira vai aceitar tanto descalabro? Tiraram nosso direito à aposentadoria, rasgaram a legislação trabalhista, aniquilaram com o acesso à educação de qualidade, desmantelaram o sistema de igualdade jurídica. Estão promovendo a destruição da cultura nacional que, atualmente, foi colocada a serviço do autoritarismo e de práticas neofascistas.  

         Não temos outro caminho que não seja a luta e a resistência. Nosso papel consiste em conscientizar acerca dos acontecimentos, estabelecer um debate ativo sobre os caminhos que o país está trilhando. Não devemos permitir que destruam a essência do povo brasileiro, historicamente marcada pelo respeito à diversidade étnica e cultural e a valorização das tradições milenares.   

O governo democrático de Getúlio Vargas

Eleição de Getúlio Vargas - 1950               "Bota o retrato do velho outra vez... bota no mesmo lugar". Assim começava a marchi...