Uma
das principais características do movimento revolucionário francês é o seu
embasamento teórico peculiar, ou seja, os franceses se inspiraram nas idéias
defendidas pelos iluministas. A
situação na França estava complicada por causa da crise no abastecimento de
comida para a população mais carente. Com isso, o houve uma queda significativa
na arrecadação de impostos por parte do governo. Além disso, os camponeses
continuaram a morrer de fome.
É
preciso ressaltar que o Terceiro Estado, que englobava os pequenos
comerciantes, artesãos, camponeses e operários; eram obrigados a sustentar o
luxo dos nobres e dos clérigos. A situação se tornou insuportável com o
agravamento da crise no país. A Queda da
Bastilha, no dia 14 de julho de 1789, se tornou o símbolo da luta contra o
absolutismo na França, já que a prisão significava a grandiosidade do poder
absoluto do rei.
Com
isso, verificamos que houve a união entre importantes setores do Terceiro
Estado contra os chamados privilégios feudais, isto é, contra o luxo e a
riqueza do Primeiro e Segundo Estados. Portanto, o objetivo principal dos
revolucionários era melhorar a qualidade de vida dos mais desfavorecidos e
encontrar uma solução para a crise econômica da França.
Entre
os anos de 1792 e 1795, o país já era governado pela Convenção Nacional, uma espécie de governo onde existiam grandes
divergências. Por um lado surgiram os JACOBINOS,
que defendiam mudanças radicais no país, como a ampliação dos direitos dos
operários e camponeses. Por outro lado, se destacaram os GIRONDINOS, grupo mais moderado, que se preocupavam apenas em
manter os privilégios já conquistados. Não queriam transformações profundas na
França.
Em
abril de 1793, sob o comando dos Jacobinos, que seguiam a liderança de Robespierre, foi criado o Comitê de Salvação Pública, órgão
responsável pela proteção interna da nação. Em outras palavras, quem ameaçasse
a segurança do país seria imediatamente enviado à guilhotina. Foi o período
conhecido por O Grande Terror, pois milhões de pessoas perderam a vida em
decorrência de sua postura de contestação às ordens dos Jacobinos.
Porém,
os Jacobinos não conseguiram retirar a França da crise em que se encontrava.
Além disso, os ricos comerciantes desejavam acabar com as execuções e a mobilização
popular para governar e administrar seus negócios com mais tranqüilidade. Por
isso, decidiram organizar um movimento no sentido de apoiar os Girondinos na
tomada do poder. Essa mobilização vitoriosa ficou conhecida como Reação Termidoriana. O novo governo
prendeu e executou a maioria dos Jacobinos, inclusive Robespierre. Os
Girondinos acabaram com as perseguições arbitrárias e as execuções sumárias.
O
governo Girondino também sofreu com as ameaças de revoltas sociais. Não apenas
dos partidários dos Jacobinos, mas também dos favoráveis à volta da monarquia,
que queriam restaurar os privilégios do Antigo
Regime.
Por
fim. Acreditando que somente um governo forte seria capaz de restabelecer a
ordem na França, os burgueses apoiaram o golpe do jovem general Napoleão Bonaparte, que se destacara no
comando do exército Francês. Assim, no dia 10 de novembro de 1799, o Diretório
deixou de existir e inicio-se o Consulado,
sob o comando de Bonaparte. Outra fase da Revolução Francesa começava a partir
da escalada de Napoleão ao poder na França.
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