Este resumo tem
como finalidade esclarecer algumas dúvidas das turmas do 9º ano da Escola
Estadual Moacyr de Mattos e da turma do 3º ano da Escola Estadual Monsenhor Rocha. O assunto abordado em sala de aula girou em torno
das transformações políticas e sociais do Brasil no final do século XX. Deve-se
enfatizar que todos os aspectos dessas transformações são fundamentais para se
entender a atual situação do nosso país.
Um dos pontos
importantes para se entender o período em questão é compreender as diferenças
entre dois regimes políticos distintos: a Monarquia
e a República. O primeiro se refere
a uma forma de governo em que o imperador exercer o controle supremo da nação
e, além disso, é hereditário (passa de pai para filho). Já o segundo consiste
numa forma de governar onde o poder, segundo a Constituição (conjunto de leis) emana do povo, é a sociedade quem escolhe
seus governantes.
No dia 15 de
Novembro de 1889 (não se preocupem em decorar datas) aconteceu um movimento no
país que promoveu um golpe de Estado, e a Monarquia deixou de existir e a
República foi instituída. Deve-se ressaltar que, a princípio, a nova forma de
governo afirmava que a população teria ampla participação nas esferas públicas
da administração. No entanto, parte significativa da sociedade foi excluída da
participação do governo. Além disso, a população assistiu bestializada, segundo
o historiador José Murilo de Carvalho, a todas as manifestações militares do
período. Em outras palavras, a sociedade não sabia exatamente o que estava
acontecendo.
A primeira
Constituição do período republicano consolidou as mudanças no período.
Primeiramente aconteceu a separação
entre Estado e Igreja, e a religião católica deixou de ser a religião
oficial do Brasil. Com isso, passou a acontecer o casamento civil e o governo
passou a registrar o número de pessoas que morriam no país. Outra mudança
significativa consistiu na eleição direta para o governo federal, onde os
homens maiores de 21 ano poderiam exercer o direito de voto (as mulheres foram
excluídas, pois nem foram citadas na Constituição). Além disso, foi criado o federalismo, em que as províncias
foram transformadas em Estados e tiveram a oportunidade de criar suas próprias
leis.
O governo que
falava em democracia e participação de todos no governo ficou caracterizado
pelo regime das Oligarquias, em que
o poder político estava concentrado nas mãos de poucas pessoas, principalmente
produtores de café. É o período conhecido como política do café com leite, no qual os dois Estados mais importantes da federação,
Minas Gerais (produtor de leite) e São Paulo (produtor de café) se alternavam
na presidência da República. Ou seja, o poder estava somente nas mãos dos dois
Estados.
Nesse momento,
cresceu no país o movimento conhecido como coronelismo.
Tal movimento ficou marcado pelo poder manipulador que os coronéis exerciam no
município. Eles estabeleceram o chamado voto
de cabresto, em que a população deveria votar somente no candidato do
coronel, caso contrário poderiam ser castigados pelos capangas. Deve-se enfatizar
que as eleições não eram secretas, facilitando o controle por parte dos
mandatários da região, resultando num controle absoluto diante dos eleitores.
Um dos episódios
marcantes do período foi o massacre empreendido sobre o arraial de Canudos, em
que o governo republicano, que falava de democracia, agiu com brutalidade
diante dos sertanejos que ansiavam por uma condição melhor de vida. Antônio
Conselheiro, líder da comunidade, era contrário às leis republicanas,
principalmente o pagamento de impostos e o casamento civil. Com isso,
Conselheiro e os demais sertanejos foram considerados subversivos e, sobretudo,
foram encarados como monarquistas. O governo republicano decidiu destruir o
arraial de Canudos. Com essa finalidade, foram organizadas quatro expedições,
pois as três primeiras foram destruídas pelos moradores do local, que conheciam
a região. Contudo, na última expedição, que contou com mais de trinta mil
soldados, o arraial de Canudos foi sumariamente destruído, numa guerra em que
não houve prisioneiros, pois os republicanos mataram todos que capturava. (Prática
da gravata vermelha, em que os prisioneiros eram degolados de uma forma cruel).
Por fim, a
cidade da capital do país, o Rio de Janeiro, era marcada pela sujeira e
disseminação de graves doenças. Na tentativa de solucionar o problema das
doenças, o sanitarista Oswaldo Cruz
criou uma vacina e obrigava a população a toma-la, gerando uma revolta no país,
a chamada Revolta da Vacina. Com isso,
a população se revoltou e organizou diversos movimentos na cidade que atacava
as delegacias, pois todos acreditavam que a vacina era para exterminar as
pessoas. (Não houve uma campanha de conscientização sobre a importância da vacinação).
Além disso,
diversas casas foram destruídas pelo prefeito Pereira Passos, na tentativa de
melhorar o aspecto visual da cidade que era a capital da República. A população
mais carente ficou sem moradia, sendo obrigada a se abrigar nos morros,
surgindo, dessa forma, as primeiras favelas da cidade.
Espero ter
contribuído para o esclarecimento de dúvidas inerentes aos temas abordados em
sala de aula. Até breve.
Moisés Rodrigues
muito bom parabens pelo trabalho de ensina historia pra nois professor
ResponderExcluirMuito obrigado pelo apoio.
ExcluirAbraços e até breve.