sexta-feira, 22 de junho de 2018

O Nazismo norte-americano





   A política de imigração adotada pelo presidente norte-americano, do Partido Republicano Donald Trump, vem causando polêmica nas últimas semanas. Com base no lema “tolerância zero”, com relação à entrada de imigrantes ilegais no país, essa medida vem provocando a separação entre os pais e filhos que tentam entrar nos EUA de uma maneira ilegal.
Resultado de imagem para donald trump   A política estabelece que todo adulto que for pego atravessando a fronteira ilegalmente deve ser criminalmente processado. Se for capturado, o indivíduo é levado a um centro federal de detenção de imigrantes até que se apresente a um juiz. Com isso, os pais ou tutores legais são separados das crianças, uma vez que elas não podem ser levadas para os centros de detenção. Deve-se destacar que diversos áudios foram disseminados pelas redes sociais mostrando crianças chorando desesperadamente pedindo pela volta de seus pais.
        Essas práticas fazem com que a sociedade relembre a política adotada por um certo ditador alemão chamado Adolfo Hitler, que era desprovido de qualquer sentimento humanitário. Sua preocupação era tão-somente construir uma nação em que o povo da “raça ariana” poderia viver (teoria do espaço vital). Esse sentimento de superioridade do governo norte-americano faz com que eles pensem que têm o direito de se interferir na política interna de outros países, principalmente na América Latina (que eles consideram o seu quintal). Seria como se eles fossem os baluartes da civilização e da cultura e, em contrapartida, vivêssemos na barbárie e obscuridade intelectual.

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        Voltando à política do presidente norte-americano, cujo pai, Fred Trump, foi preso na década de 1920 por pertencer à organização racista Ku Klux Klan (KKK), ela é imoral e completamente desumana. Manifestações do Comitê dos Direitos Humanos da ONU tem emitido notas de repúdio ao gesto adotado por Trump. Deve-se ressaltar que a repercussão também foi negativa no cenário europeu, onde diversas lideranças manifestaram-se contrariamente à sua atitude.
        Um dos fatos mais agravantes dessa nefasta política consiste no fato de que, ao serem separadas de seus pais, as crianças são designadas pelo governo como “crianças imigrantes desacompanhadas” e, por isso, são levadas para abrigos sob custódia do governo, sem saber para onde seus pais foram encaminhados. Imagens mostram crianças dentro de grades, dormindo em colchões no chão com cobertores de alumínio. Em outras palavras, elas ficam sujeitas a situações subumanas, completamente deploráveis para qualquer indivíduo.
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Abrigo para onde as crianças são levadas
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Criança desesperada diante da ação policial e posterior separação de sua mãe
        O nome desse mecanismo e exclusão e ódio se chama xenofobismo. A ignorância em aceitar a cultura do outro, de respeitar valores e tradições arraigadas e, sobretudo, o nítido sentimento de superioridade. Donald Trump, que já se retirou do Conselho de Segurança da ONU para assuntos concertes aos direitos humanos, está violando todos os princípios humanitários que possa existir na face da terra.
        Aquelas pessoas que entraram nos EUA, seja na condição de ilegalidade ou de refugiados, foram em busca de uma vida melhor. O país que é considerado uma das maiores potências econômicas do planeta, se recusa a conceder abrigo e acolher aqueles que mais precisam. Podem ser os primeiros no que se refere à economia e política desenvolvimentista, contudo, no sentido humanitário, não passam de uma minúscula ilha cercada de preconceitos e arrogância.
         De acordo com o governo, em um recente período de seis semanas, quase 2.000 menores de idade foram separados de seus pais ou tutores. No Congresso, a oposição democrata denuncia uma prática "diabólica". "Eles chamam isso de 'tolerância zero', mas seria mais correto chamar de 'humanidade zero', e não há lógica para esta política", declarou o senador Jeff Merkley (Oregon), que lidera um grupo de legisladores democratas que visitou a fronteira.
        Para se defender, o presidente norte-americano acusou os democratas por causar a situação. Segundo ele, a oposição não aprova as medidas anti-imigração que são enviadas ao Congresso Nacional. Deve-se ressaltar que tais medidas fazem parte de um pacote de arbitrariedades e, mormente, atrocidades com os imigrantes que vivem nos EUA. Esses imigrantes, como afirmam alguns críticos, também contribuem para o desenvolvimento do país, uma vez que pagam impostos e trabalham em conformidade com a legislação vigente.
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Hillary Clinton 
   Duas grandes lideranças norte-americanas que se posicionaram sobre o descalabro da política imigratória adotada por Trump foram o ex-presidente Bill Clinton, que afirmou que as crianças aprisionadas não devem ser usadas como ferramenta de negociação. Além de Clinton, a ex-secretária de Estado e rival de Trump nas últimas eleições Hillary Clinton, que acusou o presidente de usar as crianças para fins políticos. Segundo a ex-senadora, “Isso é uma crise humanitária e moral. Todo ser humano com um senso de compaixão e decência deveria ficar indignado”.
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John Mc Cain
     Como se não bastasse tais lideranças emitindo comunicados de repúdio à política de Donald Trump, até mesmo políticos do seu partido se posicionaram contrariamente à separação de pais e filhos. O senador republicano John McCain disse que o governo deve interromper “agora” e que a separação familiar é "uma afronta à decência do povo norte-americano e contra os princípios e valores nos quais a nação foi fundada".
        Por fim, a decisão de Trump não esclarece o que acontecerá com os 2.300 meninos e meninas que já foram separados dos pais. Tudo indica que as crianças vão continuar em abrigos, esperando uma decisão da Justiça, que pode levar meses. Em alguns casos, os pais já foram até deportados de volta para o país de origem e os filhos continuam nos Estados Unidos. Isso gera uma situação de angústia e desespero aos pais que não recebem notícias de seus filhos, gerando dúvidas e incertezas quanto a um possível reencontro no futuro.
        Em Brasília, o Ministério das Relações Exteriores declarou que o governo acompanha com preocupação o aumento de casos de crianças brasileiras separadas dos pais, que estão em abrigos nos Estados Unidos. E que essa prática, além de cruel, está em clara dissonância com instrumentos internacionais de proteção aos direitos da criança.
      Todavia, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, não apresentou quais medidas estão sendo tomadas de uma forma efetiva para libertar os pequenos brasileiros reféns do ódio e da arrogância do governo norte-americano. Entretanto, essa apatia e indiferença era de se esperar, uma vez que as pessoas que se encontram nessa situação pertencem às camadas pobres da sociedade e que estavam, sobretudo, em busca da realização do sonho de terem uma vida melhor.                Talvez, se o governo brasileiro, golpista e atrelado aos interesses do mercado financeiro (e que não se importa com os 14 milhões de brasileiros desempregados), oferecesse melhores condições de vida e de trabalho, elas não precisassem deixar a sua pátria.
      Esperamos que essa situação seja resolvida o quanto antes, para que os nossos irmãos brasileiros possam retornar para o seu país de origem. Não devemos ficar apáticos, mas sim denunciar o que está acontecendo com o nosso povo e, sobretudo, exigir que esse governo ilegítimo adote providências contundentes para solucionar a situação que se agrava com o passar do tempo.


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Moisés Rodrigues - Sem Censura
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Fonte:
https://g1.globo.com/mundo/noticia/entenda-a-politica-de-separacao-de-criancas-imigrantes-que-causa-polemica-nos-eua.ghtml

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/06/trump-cede-e-suspende-decreto-que-separa-familias-de-imigrantes-ilegais.html

https://brasil.elpais.com/brasil/2018/06/20/internacional/1529510448_365651.html

https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2017/08/15/pai-de-trump-foi-preso-em-ato-da-ku-klux-klan-na-decada-de-20-mostram-arquivos-da-epoca.htm

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