quinta-feira, 7 de junho de 2018

O Egito Antigo


         Segundo estudos arqueológicos, desde cerca de 8 .000 a. c., as margens doo rio Nilo já eram ocupadas por grupos seminômades, que sobreviviam praticando a caça, a pesca e a coleta de frutos e de cereais nativos da região. Por volta de 5. 000 a. c., vários desses grupos já haviam se tornado sedentários e aproveitavam a fertilidade trazida pelo rio para desenvolver a agricultura e a criação de animais.
         Esses grupos enfrentavam dificuldades impostas pela natureza, como o clima quente e seco e as cheias do rio Nilo. Com isso, eles tiveram que criar técnicas apropriadas para sobrevivência e permanência no local. Com o passar do tempo, esses grupos formaram comunidades agrícolas independentes entre si, chamadas nomos. Os nomarcas, como ficaram conhecidos os chefes dessas comunidades, disputavam com frequência o domínio das áreas férteis.

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Localização geográfica do Egito Antigo

        
Para melhor enfrentar essas disputas, os membros das comunidades agrícolas foram se unindo e acabaram formando dois reinos distintos: o Baixo Egito e o Alto Egito. Cerca de 300 anos depois, em 3. 100 a. c., um governante do Alto Egito, chamado Menés, unificou os dois reinos e tornou-se o primeiro faraó egípcio. Ele assumiu o controle dos nomos, criando, assim, um Estado unificado.
         Com a unificação, as funções que antes eram exercidas pelos chefes dos nomos passaram a ser realizadas pelos funcionários do Estado. Entre essas funções, estavam a aplicação das leis, a fiscalização das atividades econômicas – como agricultura, criação de animais e comércio – e o controle sobre a construção de obras hidráulicas, por exemplo, canais de irrigação, diques e poços.
         O faraó era considerado um deus vivo. Nessa condição, ele e sua família viviam em grandiosos palácios e levavam uma vida de muito conforto. Tinham uma alimentação bastante variada: carnes, saladas, pães, doces e frutas. A caça também era valorizada pelos faraós como uma atividade de lazer e um exercício para a guerra.
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A figura do faraó
         A esposa do faraó vestia-se com ricas túnicas de linho e enfeitava-se com joias de ouro, turquesa e lápis-lazúli. Utilizava maquiagens variadas, feitas da mistura de óleos perfumados e minerais coloridos em pó, e perucas feitas de cabelos naturais ou de lã carneiros.
         Abaixo do faraó e sua família, havia uma camada de pessoas que tinham muitos privilégios na sociedade. Faziam parte dessa camada:
·     Os sacerdotes, que conduziam as cerimônias religiosas;
·     Os nobres, que eram parentes do faraó ou descendentes dos antigos chefes dos nomos e geralmente ocupavam importantes cargos administrativos;
·     Os chefes militares, que detinham altos postos no exército;
·     Os funcionários do Estado, que auxiliavam o faraó, por exemplo, na fiscalização das plantações e na cobrança de tributos.
A maioria da população egípcia era pobre e parte de seus rendimentos era destinada ao pagamento de impostos ao governo. Faziam parte dessa camada:
·     Os artesãos, que realizavam diversos trabalhos artesanais. Eles faziam roupas, sandálias, pinturas, esculturas, joias, móveis, além de carros de guerra, barcos, etc.;
·     Os camponeses, que se ocupavam com a criação de camponeses, e com a caça, a pesca e o cultivo de produtos agrícolas, como trigo, linho e algodão;
·     Os escravos, que em sua maioria eram prisioneiros de guerra e trabalhavam nos campos, nas minas no deserto ou na realização de tarefas domésticas.
No Egito Antigo, havia trabalhadores que, apesar de fazerem parte da camada mais pobre da população, conquistavam melhores condições de vida. Entre esses trabalhadores estavam os artesãos, como ourives, metalúrgico, carpinteiros, ceramistas e tecelões. Os artesãos geralmente moravam em casas simples, porém mais confortáveis que as moradias dos camponeses.
A principal característica da religião no Egito Antigo era o politeísmo, isto é, a crença em vários deuses. Para os egípcios, os deuses eram seres poderosos que controlavam o dia e a noite, a chuva e a secam, a vida e a morte.
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Os egípcios imaginavam que essas divindades sentiam vontades semelhantes às dos seres humanos e, por isso, faziam-lhes oferendas de comidas e bebidas. Entre os deuses mais cultuados, estavam Hórus (deus do céu), Ísis (deusa da fertilidade) e Osíris (deus dos mortos).
Os egípcios acreditavam na vida após a morte e para eles era muito importante serem bem recebidos por Osíris no reino dos mortos. Segundo a crença desse povo, quando uma pessoa morria, sua alma deixava o corpo, mas depois retornava. Por isso, os egípcios desenvolveram elaboradas técnicas de mumificação para conservar os corpos.
A forte crença na vida após a morte levou alguns faraós do Egito Antigo a ordenar a construção de gigantescos complexos mortuários para lhes servir de túmulo. Entre os mais impressionantes desses complexos estão as pirâmides.
Entre cerca de 2.550 e 2.470 a. c., milhares de trabalhadores participaram da construção das pirâmides dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos. Por muito tempo acreditou-se que as pirâmides foram construídos por cerca de 100 mil escravos, que eram obrigados a passar toda sua vida esculpindo e transportando enormes blocos de pedras debaixo de um sol escaldante.

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Escavações recentes feitas nos arredores das pirâmides, no entanto, permitiram aos estudiosos elaborar uma outra hipótese sobre os construtores das pirâmides. Foi descoberto um cemitério, e o estudo dos ossos encontrados nos túmulos indica que os trabalhadores, além de receberem uma boa alimentação, contavam com cuidados médicos.

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