O Brasil está vivendo um período em sua
história delineado pela presença das trevas. O obscurantismo, responsável pelo “Jesus
da goiabeira” e o “terraplanismo”, se difundiu pelas entranhas da sociedade de
uma maneira avassaladora. A estupidez e a arrogância tornaram-se elementos
primordiais para se fazer política, desmantelando as premissas básicas do
processo civilizatório.
Torna-se assustador sabermos que
temos um ministro da educação que não sabe escrever; um ministro do meio
ambiente que incentiva o desmatamento; uma ministra dos direitos humanos
fundamentalista e um ministro das relações exteriores que se esconde nos
subterfúgios da ignorância. Todos encontram-se imersos na insensatez daquele
que é considerado o pai da fake news, o miliciano-mor senhor Presidente da
República Jair Bolsonaro.
O
silêncio da sociedade brasileira é ensurdecedor. Onde estão aqueles que se
diziam contrários à corrupção? Que era preciso tirar o PT do governo para
acabar com os desvios do dinheiro público? A camisa verde-amarela está guardada
no fundo do guarda-roupa, pois não terão coragem de ir às ruas como outrora. E
as panelas? Acho que estão sendo usadas para fritar ovos, pois com o atual
preço da carne...
O que dizer do “herói nacional” Sergio Moro? Aquele que iria aniquilar com os
corruptos do país? Hoje, sabemos que o “marreco de Maringá” se esconde atrás do
seu cargo, e que assumiu o papel de advogado da “familícia”. Comanda todo o
sofisticado aparato de inteligência da Polícia Federal e do Ministério Público,
não obstante, se recusa a informar onde encontra-se o Queiroz. Está evidente
que a sua finalidade consiste em orquestrar um projeto de poder, seja o STF ou
cargos de destaque na máquina pública, por isso que aceita a sua atual função
de “funcionário do miliciano-mor”.
Até
quando a sociedade brasileira vai aceitar tanto descalabro? Tiraram nosso
direito à aposentadoria, rasgaram a legislação trabalhista, aniquilaram com o
acesso à educação de qualidade, desmantelaram o sistema de igualdade jurídica.
Estão promovendo a destruição da cultura nacional que, atualmente, foi colocada
a serviço do autoritarismo e de práticas neofascistas.
Não
temos outro caminho que não seja a luta e a resistência. Nosso papel consiste
em conscientizar acerca dos acontecimentos, estabelecer um debate ativo sobre
os caminhos que o país está trilhando. Não devemos permitir que destruam a essência
do povo brasileiro, historicamente marcada pelo respeito à diversidade étnica e
cultural e a valorização das tradições milenares.