terça-feira, 11 de setembro de 2018

A Grécia Antiga


        Antes dos gregos, uma importante civilização já havia se desenvolvido em Creta, uma ilha do mar Egeu: a civilização cretense. Seus habitantes ocuparam a região por volta de 3.000 a. c., atingindo o apogeu em 2.000 a.c. Também eram chamados de minoicos, por causa do nome de seu lendário rei Minos.
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        Os cretenses ficaram conhecidos pelo desenvolvimento de cidades e portos e pelo comércio marítimo que realizavam com outros povos, entre eles os fenícios e os egípcios. Além disso, desenvolveram um tipo de escrita (conhecido como Linear A) e destacaram-se por suas obras de arte e pela construção de grandiosos palácios, como o de Cnossos.
        Na época em que os cretenses viviam sua fase áurea, outros povos estavam se fixando em diferentes regiões da península balcânica. Entre esses povos estavam os aqueus, que fundaram Micenas, uma importante cidade que se tornou o centro de expansão da civilização aqueia, que, por isso, também ficou conhecida como civilização micênica.
        Os micênicos realizavam trocas comerciais com outros povos no Mediterrâneo, no sul da península Itálica e no Egito, sobretudo, ao exportar sua cerâmica. Graças ao contato comercial que mantiveram com os cretenses, os micênicos compartilharam muitos conhecimentos. Adaptaram seu sistema de escrita, e passaram a utilizá-lo para controlar os estoques de alimentos e registrar dados sobre os tesouros reais. Além disso, com os artesãos cretenses, eles aprenderam a fundir o bronze e a produzir objetos de marfim, prata e ouro.
        Por volta de 1450 a. c., os micênicos invadiram Creta e tomaram o palácio de Cnossos. A partir de então, o intercâmbio entre essas duas culturas tornou-se mais intenso, dando origem à chamada civilização creto-micênica, considerada por muitos estudiosos a ancestral direta da civilização grega antiga.
        Durante o período de formação da civilização creto-micênica, a região da Grécia Antiga foi gradativamente ocupada por outros povos, como os jônios e os eólios. Por volta de 1.200 a. c., os dórios, um povo guerreiro dotado de técnicas militares mais avançadas, invadiram a região, destruindo cidades e causando a dispersão de grande parte da população.
        As cidades da Grécia Antiga eram cidades-estado politicamente independentes entre si, e cada uma delas tinha sua própria forma de governo. De modo geral, as cidades eram formadas a partir de grupos que acreditavam descender de um ancestral comum e, por isso, eram ligados entre si por laços de parentesco e solidariedade. A necessidade de realizar tarefas em conjunto, como a defesa da população, uniu esses grupos em um Estado organizado, formando as cidades-Estado. Quem não fazia parte desses grupos era considerado estrangeiro e não tinha os mesmos direitos dos demais.
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        Eram os habitantes de cada uma das cidades gregas que decidiam a forma de governo a ser adotada. Porém, essa decisão geralmente não era pacífica e provocava disputas entre os habitantes das cidades e os líderes do governo.

        Diferentes formas de governo na Grécia Antiga

Monarquia: O monarca era o responsável pelo controle militar, social, religioso e judiciário. Ele podia governar sozinho ou auxiliado por conselho de nobres.
Oligarquia: Os aristocratas, grandes proprietários de terras, tomavam o poder e passavam a governar. Nesse caso, o poder ficava restrito a algumas famílias poderosas.
Tirania: governo de um só homem, que assumia o poder por meio da força. Os tiranos geralmente contavam com o apoio da população.
Democracia: os cidadãos participavam das decisões por meio das assembleias de cidadãos. No entanto, não eram considerados as mulheres, as crianças, os estrangeiros e os escravos.

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