quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Os persas


        Os persas eram um dos povos nômades que, por volta de 1.200 a.c., se fixaram em uma região montanhosa entre o golfo Pérsico e o mar Cáspio. Essa região ficou conhecida como Pérsia.
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Localização geográfica dos persas
         Apesar do clima seco da região, os persas aproveitaram as poucas áreas férteis disponíveis e passaram a praticar a agricultura e o pastoreio. Pintavam principalmente trigo, cevada e hortaliças e criavam animais como bois, carneiros e cabritos.
         Vizinhos dos persas, os medos também chegaram à região por volta de 1.200 a.c. Abandonando a vida nômade, eles se fixaram em uma área próxima aos montes Zagros e mais tarde, no século VIII a. c., fundaram a cidade de Ecbátana.
         O reino dos medos era composto por aldeias, onde vivia a maioria da população. A sua principal ocupação era a criação de gado, atividade também realizada pela população nômade. Além disso, os medos possuíam um exército composto por batalhões de lanceiros, cavaleiros e arqueiros. Além disso, produziam armas de ferro, que eram mais resistentes do que as armas de bronze da época.
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Ciro, o grande
         Ciro, o Grande, foi o líder que conseguiu unificar as tribos persas e iniciar um período de vitórias militares. Em 553 a. c., os persas tornaram-se independentes dos medos, realizando grandes conquistas territoriais. Na época do governo de Dario I, neto de Ciro, os persas já haviam constituído um grande império, que se estendia do Egito até a Índia.
         Os imperadores persas, geralmente que os povos conquistados mantivessem seus costumes e sua religião. Os persas absorviam também parte da cultura desses povos, apropriando-se, por exemplo, de antigos modelos de administração, como os da Babilônia, da Mesopotâmia e o do Egito.
         Essa assimilação cultural também pode ser percebida na arquitetura persa e em outras manifestações artística, como na escultura. Em grande parte, o estilo arquitetônico persa foi decorrente da mistura de concepções artísticas de diferentes povos, como egípcios, assírios, babilônicos e gregos.
         A arquitetura persa se caracterizou, principalmente, pela exuberância e suntuosidade na construção de centros administrativos e palácios. Os imperadores persas, para enaltecer sua figura, ordenaram a construção de palácios gigantescos, com amplos pátios, portais, escadarias, colunas monumentais, paredes ornamentais com ladrilho e figuras esculpidas em relevo.
         As esculturas persas eram feitas utilizando principalmente ouro, prata e pedras decorativas. Muitas delas serviam como ornamento nos palácios reais e prédios públicos.
         A observação dessas esculturas é capaz de relevar diversos aspectos da cultura persa. Temas que demonstravam a grandeza do império, como as conquistas militares, eram frequentes. Outros temas comuns eram a vida cotidiana e a organização do Estado, representando, por exemplo, as cerimônias religiosas e a cobrança de impostos.
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Escultura de Dario I
         Durante o governo do imperador Dario I, os persas deram início à construção de uma nova cidade para servir de capital ao imperador. Essa cidade recebeu o nome de Persépolis.
         Além de um imponente complexo de palácios, Persépolis contava com um grandioso centro cerimonial, um salão de audiências e diversos edifícios do governo.
         Um dos mais importantes legados culturais persas foi sua religião, conhecida como zoroastrismo. Baseada em uma crença que se aproximava do monoteísmo, a religião persa acabou influenciando as três principais religiões monoteístas da atualidade: judaísmo, cristianismo e islamismo.
         O zoroastrismo foi fundado por volta de 600 a. c., por Zaratustra (ou Zoroastro, para os gregos). De acordo com essa religião, existia um deus principal, Ahura Mazda, e seu irmão gêmeo e opositor, Ahriman.
         Ahura Mazda era infinitamente bondoso e sábio, e orientava os seres humanos com base no amor e no respeito ao próximo. Ahriman, por sua vez, era responsável por todas as maldades e sentimentos ruins, como a inveja, a cobiça e a raiva.
         De acordo com as crenças do zoroastrismo, cada pessoa teria a liberdade para escolher entre o Bem e o Mal. Se optasse por fazer o bem e seguir a máxima zoroástrica – “Bons Pensamentos, Boas Palavras e Boas Açãos” – seria recompensado, ao morrer, com o reino de Ahura Mazda, cheio de luz e bondade. Se escolhesse o mal e alimentasse sentimentos ruins, seria condenado ao reino das sombras, morada de Ariman.
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         Os zoroastristas acreditam que quando chegar o fim dos tempos, essas pessoas serão novamente julgadas e haverá um recomeço do mundo. Nesse novo mundo, imortal e eterno, só haverá lugar para pessoas boas, que viverão felizes com seus familiares e amigos.
         Os persas utilizaram um sistema de transmissão de mensagens que contribuiu para o controle e a administração de seu império. Ao longo da história, a necessidade de comunicar-se a distância fez com que o sistema de correios se desenvolvesse em vários lugares do mundo.

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