domingo, 19 de agosto de 2018

Mahatma Gandhi e a independência da Índia

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Mahatma Gandhi

        Após a Primeira Guerra Mundial, a figura de Mohandas Gandhi, mais conhecido como Mahatma Gandhi, tornou-se central na liderança do movimento anticolonial na Índia, filho de uma família de comerciantes, Gandhi realizou seus estudos em direito na Grã-Bretanha. Depois de formado, permaneceu pouco tempo na Índia e logo se mudou para a África do Sul, onde viveu por vinte anos.
        Nesse país conheceu de perto o racismo dos colonizadores e assumiu a defesa da minoria hindu que habitava o território. Pela primeira vez Gandhi sentiu a necessidade de assumir-se como indiano e começou a trabalhar na organização de atividades comunitárias em prol da melhoria da qualidade de vida dos hindus na África do Sul. Sua luta lhe rendeu várias prisões no país.
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Nelson Mandela
        Durante os anos em que permaneceu na prisão, Gandhi aproveitou para ler A desobediência civil, do escritor norte-americano Henry Thoreau, e as obras do escritor russo Leon Tolstói. Com essas referências, Gandhi desenvolveu o princípio da Satyagraha, termo hindu que significa “o caminho da verdade”. Satyagraha é o nome que se deu à filosofia da resistência por meio da não violência desenvolvida por Gandhi, que influenciou diversos líderes do período, como Kwame Nkrumah, Martin Luther King e Nelson Mandela.
        Ao retornar à Índia, durante a Primeira Guerra Mundial, Gandhi transformou-se na principal liderança do Partido do Congresso, seguido de Jawaharlal Nehru, da ala socialista do partido. Enquanto Gandhi pregava a resistência não violenta, Nehru defendia a independência imediata e total em relação à Grã-Bretanha. Sob influência de Gandhi, os indianos promoviam greves, boicotes, jejuns, recusavam-se a pagar impostos e passaram a fazer campanhas pela substituição dos tecidos ingleses pelos indianos. A maior das mobilizações lideradas por Gandhi foi a Marcha do Sal, em 1930, quando os indianos percorreram cerca de 400 quilômetros até o mar em protesto contra o monopólio inglês da extração do sal na Índia.
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Gandhi e a Marcha do Sal
        O cenário criado ao fim da Segunda Guerra Mundial, com a Grã-Bretanha enfraquecida e dirigida pelos trabalhistas, além dos interesses das duas superpotências (Estados Unidos e União Soviética) na região, favoreceu a independência da Índia, proclamada em agosto de 1947. Ao mesmo tempo que conquistou sua independência, a Índia desmembrou-se em dois novos Estados: no norte e no nordeste da península, formou-se o Paquistão, de maioria muçulmana, separado da Índia, de maioria hindu. Uma nova divisão ocorreu em 1971, quando o Paquistão Oriental transformou-se em Bangladesh. A separação iniciou um fluxo migratório de um local a outro consolidando a divisão religiosa e cultural que existe até hoje na região.
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Mapa da Índia após a independência 
        As tensões entre Índia e Paquistão se agravaram ao longo dos anos, principalmente pela disputa da Caxemira, região de maioria muçulmana, mas dividida entre Índia, China e Paquistão. Os dois países militarizaram as fronteiras e realizaram testes nucleares, demonstrando a gravidade do conflito.

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