sexta-feira, 27 de julho de 2018

Repressão e perseguição durante a Guerra Fria


        No período da Guerra Fria, tanto nos Estados Unidos quanto na União Soviética, as pessoas suspeitas de simpatizar com o modo de vida do rival passaram a ser vítimas de uma perseguição feroz.
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Joseph McCarthy
        Nos Estados Unidos, a política de “caça aos comunistas” foi liderada pelo senador Joseph McCarthy. Visando impressionar a opinião pública e conseguir votos ara reeleger-se ao Senado, em fevereiro de 1950, McCarthy blefou publicamente: disse que havia mais de 200 comunistas trabalhando no Departamento de Estado estadunidense. A denúncia, ampliada e divulgada pelos jornais, inaugurou uma verdadeira cruzada anticomunista nos Estados Unidos.
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Charles Chaplin
        Instalado no poder, o macarthismo agiu sem o menor escrúpulo: o minúsculo Partido Comunista Americano foi colocado na ilegalidade; os jornais, a televisão e o cinema sofreram uma devassa; e centenas de pessoas que trabalhavam nesses meios de comunicação foram presas sob a acusação de serem comunistas e tiveram suas carreiras destruídas. Até mesmo Charles Chaplin, o criador do personagem Carlitos, foi denunciado e perseguido pelo macarthismo, tendo sido obrigado a se exilar.
        Na União Soviética, a perseguição ao americanismo e aos acusados de “desvio ideológico” era liderada pelo próprio Josef Stalin, chefe de Estado e maior inimigo do “imperialismo ianque”. Os crimes praticados por Stalin foram muitos: prendeu jornalistas; mandou internar adversários em hospitais psiquiátricos; comandou execuções em massa; escravizou centenas de milhares de pessoas em campos de trabalho forçado na Sibéria; e deu apoio à prática do antissemitismo. Estimativas recentes, como a do estudioso Simon S. Montefiore, falam em milhões de pessoas eliminadas pelo stalinismo.
        A Guerra Fria inaugurou uma “era do medo”. O medo que os EUA e a URSS tinham um do outro, a desconfiança mútua e a alta lucratividade da indústria bélica contribuíram para desencadear uma corrida armamentista envolvendo investimentos maciços na fabricação de armas nucleares.
        Em novembro de 1952, os Estados Unidos testaram no Pacífico a primeira bomba de hidrogênio, muito mais poderosa que as bombas atômicas lançadas anteriormente sobre o Japão. Três anos depois, era a vez de a URSS testar a sua. Essa corrida exigia investimentos crescentes e enriquecia os fabricantes de armas e equipamentos, mas, ao mesmo tempo, forçava os Estados envolvidos a aumentarem os impostos, que eram pagos por todos os cidadãos.
        A corrida armamentista desdobrou-se também em corrida espacial. A URSS saiu na frente e, em 1957, lançou dois satélites artificiais, o Sputnik 1 e o Sputnik 2, este último levando a bordo uma cadela da raça Laika. Quatro anos depois, em abril de 1961, a URSS realizou outro feito notável: o lançamento da primeira nave pilotada por um ser humano, o jovem cosmonauta Yuri Gagarin. A população soviética saiu ás ruas para comemorar, e Gagarin foi transformado em herói nacional.
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Yuri Gagarin
        Os estadunidenses redobraram, então, seus investimentos em pesquisa espacial para chegar à Lua e, assim, provar que o sistema estadunidense era o melhor. Em 20 de julho de 1969, viajando a bordo da nave Apolo 11, o astronauta estadunidense Neil Armstrong foi o primeiro ser humano a pisar o solo lunar, onde fincou também a bandeira dos Estados Unidos. A Guerra Fria estendia-se ao espaço.

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        Durante a corrida espacial, o então governante soviético Nikita Kruschev (1953-1964) desenvolveu uma política externa conhecida como coexistência pacífica, estabelecendo com o presidente John F. Kennedy, dos EUA, negociações para assegurar a paz mundial.  
                                       
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Nikita Kruschev

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