segunda-feira, 2 de julho de 2018

O poder absoluto dos reis


      Quando as Grandes Navegações se iniciaram, no século XV, em algumas regiões da Europa tinha ocorrido um processo de centralização do poder político nas mãos do rei em outras, esse processo estava andamento. Em alguns países, o fortalecimento do poder real originou as monarquias absolutistas.
       No regime absolutista, o rei ou a rainha tinha o poder de fazer as leis, de praticar a justiça, de cobrar impostos, de organizar o exército e de administrar o Estado. Isso significa que o soberano exercia os poderes Legislativo, Judiciário e Executivo quase sem limites.
       As principais monarquias absolutistas europeias da Idade Moderna foram as da França, da Espanha, da Áustria e de Portugal.
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Thomas Hobbes
      Ao longo dos séculos XVI e XVII, diversos pensadores produziram obras que procuravam justificar a concentração do poder nas mãos dos reis. Um deles foi Thomas Hobbes (1588-1679). Em uma de suas obras, ele argumentou que os homens, em seu estado de natureza, viviam em permanente conflito entre si. Para manter a paz, a humanidade teria se organizado em sociedades governadas por uma autoridade extrema. Segundo Hobbes, para garantir a paz e a vida em sociedade, os indivíduos por meio de um pacto, renunciavam à sua liberdade e se submetiam ao poder de um governante.
    Na França, o teólogo Jacques Bossuet (1627-1704) estabeleceu uma relação direta entre o poder dos reis é a vontade de Deus. Para ele, o poder dos reis era praticamente ilimitado e incontestável, pois havia sido concedido por Deus. Essa doutrina ficou conhecida como Direito Divino dos Reis.

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Jacques Bossuet

         As monarquias nacionais procuravam fortalecer seu poder adotando medidas econômicas para aumentar a riqueza do reino. O conjunto dessas medidas é conhecido como mercantilismo. Suas principais características foram:

·   Metalismo: princípio que definia a riqueza de um Estado pela quantidade de ouro e prata acumulada nos cofres públicos.

·  Balança Comercial Favorável: prática em que as exportações (venda ao exterior) deveriam ser maiores do que as importações (compras do exterior), evitando a saída de metais preciosos.

·  Colonialismo: Exploração de territórios fora da Europa, onde as Coroas poderiam obter produtos de alto valor no mercado europeu, como metais preciosos e especiarias (diversos tipos de temperos).

· Protecionismo alfandegário: Cobrança de pesadas taxas sobre os produtos importados, para proteger os similares produzidos no reino ou trazidos das colônias.

As práticas mercantilistas garantiram o enriquecimento de vários Estados europeus entre os séculos XV e XVIII. Elas também estimularam uma grande competição entre os países. Interessadas em descobrir novas terras e explorar suas riquezas, as potências europeias aperfeiçoaram tecnologias náuticas para se fortalecer na disputa pelos mares.

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