O Brasil vive, nos dias
atuais, o maior retrocesso civilizatório de sua história. Esse processo começou
com a deposição sem crime da presidente Dilma Rousseff e a prisão sem
provas de Lula, que instalaram um ambiente de terra sem lei no País. Para que
se alcançasse esse objetivo, grupos de comunicação, liderados pela Globo,
disseminaram campanhas de ódio contra Lula, Dilma e o PT, fazendo com brigadas
de extrema-direita, antes contidas, assumissem um protagonismo crescente na
vida política nacional.
O resultado disso tudo se
chama Jair Bolsonaro, candidato que exalta a tortura, prega assassinatos
de sem-terra, bate continência para a bandeira dos Estados Unidos e propõe um
vale-tudo na economia. "Os limites legais e os limites dos costumes
caem no Brasil sem cessar e sem obstáculos. Mas Jair Bolsonaro, contribuinte
para os dois ramos da ceifa, avançou demais a pretexto da pré-candidatura à
Presidência. Sua pregação da violência, mesmo que criminosa como a das
milícias, passou a fazer o incentivo explícito e público aos
assassinatos. Ei-lo, depois de vestir uma faixa presidencial, no sul do
Pará, uma das duas regiões rurais de maior criminalidade: 'Esses marginais que
cometeram esse crime [morte de um açambarcador de terras] não merecem lei, não.
Merecem é bala.' E foi por aí. Um defensor de menos injustiça social não
precisaria chegar a tanto para que estivesse atolado em processos criminais. E
preso", diz o jornalista Janio de Freitas.
Com cerca de 15% nas
pesquisas, Bolsonaro aparece em segundo lugar e assume a primeira posição nos
cenários em que Lula é excluído – o objetivo central dos golpistas. Tendo sido
aplaudido recentemente na Confederação Nacional da Indústria, Bolsonaro testa
os limites da barbárie nacional.
Leia,
abaixo, reportagem da Reuters sobre sua campanha:
BRASÍLIA
(Reuters) - Coordenador
do programa econômico do pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL-RJ),
Paulo Guedes afirmou que terá total liberdade para montagem de sua equipe caso
se torne o titular da Fazenda e indicou que pode manter alguns integrantes da
atual equipe econômica do governo Temer.
“Ele (Bolsonaro) fala que é
porteira fechada e não vai ter nenhuma indicação política”, disse o economista
em entrevista na quinta-feira à Reuters, a respeito dos cargos nos Ministérios
da Fazenda e do Planejamento e no Banco Central. Sobre a permanência de alguns
membros da equipe de Temer, mostrou ver vantagens na estratégia.
“O setor público tem
extraordinários quadros e quem tem que fazer as reformas e ajudar a corrigir
todos os erros são exatamente esses quadros de excepcional qualidade”, disse,
ao ser questionado se manteria parte do quadro se
Bolsonaro vencer as
eleições.
Guedes elogiou o atual secretário do
Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, de quem disse ter tido “ótima impressão”
por seu “espírito público e conhecimento técnico”. Ambos estiveram juntos há
poucas semanas no Ministério da Fazenda após Guedes pedir um encontro para
ouvi-lo sobre a situação fiscal do país.
Os comentários foram feitos
pouco antes de Guedes se encontrar novamente com membros da atual equipe
econômica em Brasília, desta vez a convite do ministro da Fazenda, Eduardo
Guardia, e na companhia do presidente do BC, Ilan Goldfajn, no âmbito de
conversas que têm sido pedidas pela Fazenda com economistas de pré-candidatos.
Tanto o coordenador quanto o próprio
Bolsonaro já afirmaram publicamente que Ilan seria um excelente nome para
seguir no atual cargo. Guedes disse nesta quinta-feira ver necessidade, para o
presidente do BC, de autonomia operacional e mandato não coincidente com o do
presidente da República.
Com Ph.D. na Universidade de
Chicago, considerada o templo mundial do liberalismo, Guedes voltou a ressaltar
que o programa de Bolsonaro será estruturado em torno de reformas fiscais, como
a da Previdência, reorganização federativa, com mais recursos direcionados a
Estados e municípios, e diminuição da dívida pública, investida turbinada por
privatizações de estatais.
REFORMA
TRABALHISTA
O economista defendeu o
aprofundamento da reforma trabalhista, com a substituição gradual do atual
sistema de encargos baseado na folha salarial que conta com “alíquotas
altíssimas”. Para ele, a mudança vai impulsionar a contratação de novos postos
de trabalho e ampliar a formalização do número de pessoas economicamente
ativas. Atualmente, o país possui cerca de 13 milhões de desempregados.
“Vamos acabar com esses
encargos, acabar com esse troço. Nós vamos botar no lugar uma base de
incidência bem mais ampla, em vez de só alguns pagando muito. Esse é um
princípio que estamos vendo”, disse.
Segundo Guedes, o novo
modelo de encargos trabalhistas —mais simples e com custo menor— faria parte de
uma reforma tributária mais ampla a ser implementada de maneira gradual.
“Só que a gente não vai
fazer nenhuma aventura. A gente não vai desarmar o sistema”, disse ele,
indicando que a substituição de um regime por outro será feito em dois ou
quatro anos.
“Aí você vai fazendo ‘phase
in’ em um e ‘phase out’ em outro, vai calibrando. Justamente como a gente não
vai fazer aventura, a gente não pode abrir mão da base tributária atual. Você
reduz um pouquinho e introduz a outra. Essa outra está indo superbem, você
acelera ela e retira a antiga”, complementou.
RELAÇÃO
COM O CONGRESSO
O economista afirmou que a
“governabilidade” de uma eventual gestão Bolsonaro se dará, para além da noção
de um novo pacto federativo, com o apoio dos partidos em cima de propostas em
discussão no Congresso.
Uma das críticas a Bolsonaro
é a de que ele, se eleito, não terá uma forte base de apoio. Atualmente o PSL,
a pequena legenda a qual o deputado é filiado, tem apenas 8 deputados federais
e nenhum senador.
Guedes disse que o coordenador
informal da pré-campanha de Bolsonaro, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS),
disse-lhe que até o final do mês o nome do PSL ao Palácio do Planalto contará
com o apoio suprapartidário de 120 deputados federais. Para o economista, é um
apoio que está sendo “bem encaminhado” por ocorrer antes do fechamento das
alianças partidárias.
O número fica abaixo do
necessário para a aprovação de reformas constitucionais —que na Câmara precisam
de ao menos 308 votos. Mas Guedes afirmou que, no pós-Lava Jato, o apoio dos
partidos no Congresso se dará em torno das agendas do governo.
“É uma valorização dos temas
e votação no atacado. Esse partido está conosco, aí temos 30, 40 votos do
partido, justamente para acabar com a compra mercenária de votos no varejo”,
disse.
Texto retirado do site "Brasil 247:
https://www.brasil247.com/pt/247/poder/361857/Bolsonaro-testa-os-limites-da-barb%C3%A1rie-nacional.htm
Acompanhe nosso trabalho pelo YouTube
Moisés Rodrigues - Sem Censura
https://www.youtube.com/watch?v=jfO1w19VRNo
Nenhum comentário:
Postar um comentário