Os persas eram um povo nômade que, por
volta de 2.000 a. c., se fixou em uma região montanhosa entre o Golfo Pérsico e
o mar Cáspio. Essa região ficou conhecida como Pérsia.
Apesar do clima seco da região, os
persas aproveitaram as poucas áreas férteis disponíveis e passaram a praticar a
agricultura e o pastoreio. Plantavam principalmente trigo, cevada e hortaliças
e criavam animais como bois, carneiros e cabritos.
Vizinhos dos persas, os medos também
chegaram à região por volta de 2.000 . c. Abandonando a vida nômade, eles se fixaram
em uma área próxima aos montes Zegros e lá fundaram a cidade de Ecbátana.
O reino dos medos era composto por
muitas aldeias, onde vivia a maioria da população. A sua principal ocupação era
a criação de gado, atividade também realizada pela população nômade, que se
deslocava constantemente pelo território à procura de melhores pastagens.
Os medos tinham um exército forte,
composto por batalhões de lanceiros, cavaleiros e arqueiros. Além disso,
produziam armas de ferro, que eram mais resistentes do que as armas de bronze
da época.
Diante desse poderio militar, os persas
foram subjugados pelos medos por cerca de 1.500 anos. Além de dever obediência
aos reis medos, os persas tinham de lhes pagar pesados tributos.
CIRO, IMPERADOR PERSA |
Ciro foi o líder que conseguiu unificar
as tribos persas e iniciar um período de vitórias militares. Em 559 a. c., os
persas tornaram-se independentes dos medos, realizando grandes conquistas
territoriais. Na época do governo de Dário I, neto de Ciro, os persas já haviam
constituído um poderoso império, que se estendia do Egito até a Índia.
Para melhorar a cobrança de tributos
dos povos conquistados e para favorecer o desenvolvimento econômico do império,
os persas construíram uma rede de estradas que interligava as diferentes
províncias.
Além da construção de estradas, os
persas ainda criaram uma moeda única, o dárico, e padronizaram o sistema de
pesos e medidas.
Para administrar com mais eficiência
seu vasto império, os persas criaram um grande sistema de transmissão de
mensagens. Para esse sistema funcionar de modo eficiente, os persas construíram
postos ao longo das estradas, onde havia cavalos e cavaleiros alimentados e
descansados.
Assim, um cavaleiro que portava uma
mensagem cavalgava rapidamente até o próximo posto e transmitia a mensagem para
o cavaleiro que ali se encontrava. Esse cavaleiro partia imediatamente levando
a mensagem até o posto seguinte e, assim, sucessivamente, até a mensagem chegar
a seu destino. O correio persa era muito rápido, e uma mensagem podia ser
levada por centenas de quilômetros em um único dia.
Um dos mais importantes legados
culturais persas foi sua religião, conhecida como zoroastrismo. Baseada em uma
crença que se aproximava do monoteísmo, a religião persa acabou influenciando
as três principais religiões monoteístas da atualidade: judaísmo, cristianismo
e islamismo.
O zoroastrismo foi fundado, por volta
de 600 a. c., por um homem chamado Zaratustra (ou Zoroastro, para os gregos).
De acordo com essa religião, existia um deus supremo, Ahura Mazda, e seu irmão
gêmeo e opositor, Ahriman.
AHURA MAZDA |
Ahura Mazda era infinitamente bondoso e
sábio, e orientava os seres humanos com base no amor e no respeito ao próximo.
Ahriman, por sua vez, era responsável por todas as maldades e sentimentos
ruins, como a inveja, a cobiça e a raiva.
De acordo com as crenças do
zoroastrismo, cada pessoa teria a liberdade para escolher entre o Bem e o Mal.
Se optasse por fazer o bem e seguir a máxima zoroástrica – “Bons Pensamentos,
Boas Palavras e Boas Ações” – seria compensado, ao morrer, com o reino de Ahura
Mazda, cheio de luz e bondade. Se escolhesse o mal e alimentasse sentimentos
ruins, seria condenado ao reino das sombras, morada de Ahriman.
Os zoroastristas acreditam que quando
chegar o fim dos tempos, essas pessoas serão novamente julgadas e haverá um
recomeço do mundo. Nesse novo mundo, imortal e eterno, só haverá lugar para
pessoas boas, que viverão felizes com seus familiares e amigos.
Os imperadores persas, geralmente,
adotavam uma política de respeito pela cultura dos povos conquistados. Além de
permitir-lhes que mantivessem seus costumes e sua religião, os persas ainda
absorviam parte da cultura desses povos.
Essa assimilação cultural pode ser
percebida, por exemplo, na arquitetura persa e em suas manifestações artísticas:
com os babilônicos e os assírios, os persas aprenderam a técnica do tijolo
vidrado; com os egípcios, eles passaram a utilizar pilares enfeitados com
flores de lótus e palmeiras.
Conheça o nosso trabalho pelo YouTube: Moisés Rodrigues
https://www.youtube.com/watch?v=CruDTDbVvfk
Nenhum comentário:
Postar um comentário