quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Os Maias


       No século XV a América era habitada por cerca de 50 milhões de indígenas, distribuídos por todo o continente. Essa população era composta de centenas de povos, que apresentavam grande diversidade cultural. Cada um desses grupos tinha sua própria língua, costumes, tradições, religião e também sua própria forma de organização social, econômica e política.
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        A maior parte do território americano era habitada por povos nômades e seminômades. Esses diversos grupos étnicos se dedicavam à caça, à pesca e à coleta de alimentos. Também praticavam a agricultura, mas apenas como complemento às outras atividades.
        No entanto, os incas, que habitavam a região andina (atuais Equador, Peru, Bolívia e norte do Chile), e os maias e astecas, que viviam na Mesoamérica (sul do México e parte da América Central), desenvolveram elementos característicos de uma civilização.
        Entre esses elementos estão: a criação de um Estado com governo centralizado, responsável pela coordenação das atividades produtivas, como a agricultura em grande escala; um grupo especializado de sacerdotes responsáveis pelos cultos e pelos templos; além da divisão social do trabalho e da diferenciação entre ricos e pobres.
        Os maias habitavam a região de península de Yucatán e algumas áreas próximas. A base da economia dessa civilização era a agricultura, principalmente o cultivo do milho. Os maias também plantavam feijão, tomate, batata, mandioca, algodão, entre outros produtos.
        Esse povo pré-colombiano atingiu o auge de seu desenvolvimento entre os séculos IV e X, quando chegou a mais de dois milhões de habitantes e cerca de 50 cidades-Estado. Entre as principais cidades maias se destacam Chichén Itzá, Cobal, Copán, TIkal e Palenque.
        Nas cidades-Estado maias havia um núcleo chamado de centro cerimonial, onde ficavam localizadas as principais construções. Era nesse lugar que viviam os governantes, os sacerdotes, os artesãos e os mercadores.
        O restante da população vivia distante dessa área e se dedicava, principalmente, às atividades agrícolas. Essas pessoas costumavam frequentar o centro cerimonial para adquirir produtos e para participar de cerimônias religiosas. Elas também iam a esse local quando eram convocadas pelos governantes para trabalhar na construção de obras públicas, como pirâmides, palácios, observatórios astronômicos, monumentos e também pavimentação de ruas.
        Os maias desenvolveram técnicas e conhecimentos altamente especializados, em áreas como a engenharia, a matemática, a escultura, a cerâmica e a escrita.
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Hieróglifo maia
        A escrita maia era composta de símbolos chamados hieróglifos, que representavam ideias por meio de símbolos. Os hieróglifos maias eram gravados em placas de pedra ou pintados em objetos de cerâmica, em paredes ou nos códices. Apesar de muitos estudos, ainda hoje os hieróglifos mais não foram totalmente decifrados.
        Os maias desenvolveram um sistema de numeração considerado um dos mais complexo do mundo. A existência do zero nesse sistema é considerada de grande importância. Alguns estudos demonstram que esse sistema de numeração era utilizado, principalmente, nas atividades relacionadas ao comércio e à administração.
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Calendário maia
        Os maias também desenvolveram calendários bastante precisos. Isso foi possível graças à cuidadosa observação dos astros realizada por eles. Um desses calendários, o Haab, era composto de 18 meses de 20 dias, mais cinco dias livres, totalizando 365 dias. Esse calendário era utilizado principalmente para determinar eventos astronômicos, como os equinócios e os solstícios.

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