Antes
dos gregos, uma importante civilização já havia se desenvolvido em Creta, uma
ilha do mar Egeu: a civilização cretense. Seus habitantes ocuparam a região por
volta de 3.000 a. c., atingindo o apogeu em 2.000 a.c. Também eram chamados de
minoicos, por causa do nome de seu lendário rei Minos.
Os
cretenses ficaram conhecidos pelo desenvolvimento de cidades e portos e pelo
comércio marítimo que realizavam com outros povos, entre eles os fenícios e os
egípcios. Além disso, desenvolveram um tipo de escrita (conhecido como Linear
A) e destacaram-se por suas obras de arte e pela construção de grandiosos
palácios, como o de Cnossos.
Na
época em que os cretenses viviam sua fase áurea, outros povos estavam se fixando
em diferentes regiões da península balcânica. Entre esses povos estavam os
aqueus, que fundaram Micenas, uma importante cidade que se tornou o centro de
expansão da civilização aqueia, que, por isso, também ficou conhecida como
civilização micênica.
Os
micênicos realizavam trocas comerciais com outros povos no Mediterrâneo, no sul
da península Itálica e no Egito, sobretudo, ao exportar sua cerâmica. Graças ao
contato comercial que mantiveram com os cretenses, os micênicos compartilharam
muitos conhecimentos. Adaptaram seu sistema de escrita, e passaram a utilizá-lo
para controlar os estoques de alimentos e registrar dados sobre os tesouros
reais. Além disso, com os artesãos cretenses, eles aprenderam a fundir o bronze
e a produzir objetos de marfim, prata e ouro.
Por
volta de 1450 a. c., os micênicos invadiram Creta e tomaram o palácio de
Cnossos. A partir de então, o intercâmbio entre essas duas culturas tornou-se
mais intenso, dando origem à chamada civilização creto-micênica, considerada
por muitos estudiosos a ancestral direta da civilização grega antiga.
Durante
o período de formação da civilização creto-micênica, a região da Grécia Antiga
foi gradativamente ocupada por outros povos, como os jônios e os eólios. Por
volta de 1.200 a. c., os dórios, um povo guerreiro dotado de técnicas militares
mais avançadas, invadiram a região, destruindo cidades e causando a dispersão
de grande parte da população.
As
cidades da Grécia Antiga eram cidades-estado politicamente independentes entre
si, e cada uma delas tinha sua própria forma de governo. De modo geral, as
cidades eram formadas a partir de grupos que acreditavam descender de um
ancestral comum e, por isso, eram ligados entre si por laços de parentesco e
solidariedade. A necessidade de realizar tarefas em conjunto, como a defesa da
população, uniu esses grupos em um Estado organizado, formando as
cidades-Estado. Quem não fazia parte desses grupos era considerado estrangeiro
e não tinha os mesmos direitos dos demais.
Eram
os habitantes de cada uma das cidades gregas que decidiam a forma de governo a
ser adotada. Porém, essa decisão geralmente não era pacífica e provocava
disputas entre os habitantes das cidades e os líderes do governo.
Diferentes
formas de governo na Grécia Antiga
Monarquia: O monarca era o responsável
pelo controle militar, social, religioso e judiciário. Ele podia governar
sozinho ou auxiliado por conselho de nobres.
Oligarquia: Os aristocratas, grandes
proprietários de terras, tomavam o poder e passavam a governar. Nesse caso, o poder
ficava restrito a algumas famílias poderosas.
Tirania: governo de um só homem, que
assumia o poder por meio da força. Os tiranos geralmente contavam com o apoio
da população.
Democracia: os cidadãos participavam das
decisões por meio das assembleias de cidadãos. No entanto, não eram
considerados as mulheres, as crianças, os estrangeiros e os escravos.
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