Jacques Doriot |
Além
de concretizar-se como governo na Itália e na Alemanha, o fascismo teve outras
manifestações na Europa. Na França, por exemplo, muitos partidos declararam-se
fascistas. O de maior destaque foi o Partido Popular Francês (PPF), liderado
por Jacques Doriot, ex-líder do Partido Comunista francês e membro do Comitê
Central da Internacional Comunista. Na Grã- Bretanha, o fascismo manifestou-se
por meio da União Britânica de Fascistas (BUF), DE Oswaldo Mosley. A Holanda
teve o Movimento Nacional-Socialista (NSB), de Anton Mussert. Na Bélgica, o
movimento dividiu-se regionalmente: na Valônia, porção belga onde predomina a
língua francesa francesa, o partido liderado por Léon Degrelle teve êxito
notável; já na região de Flandres, de fala neerlandesa, o fascismo teve forte
papel no movimento pela independência. Em todos esses casos, a influência
fascista foi significativa. O fascismo foi irrelevante somente na Espanha e em
Portugal. Ele também não teve grande influência na Escandinávia – a União
Nacional Norueguesa de Quisling foi a única evidência de um traço fascista nos
países do extremo norte. Na Europa Oriental, as ditaduras estabelecidas na Letônia
e na Estônia, por exemplo, contrapuseram-se aos movimentos fascistas locais. Na
Croácia, os partidos radicais separatistas originaram um movimento fascista
específico, o Ustachi, liderado por Ante Pavelic.
Na
Romênia e na Hungria, países onde os partidos de esquerda foram proibidos, os
movimentos fascistas assumiram, a seu modo, o papel de esquerda. A Guarda de
Ferro romena, sob a liderança de Corneliu Codreanu, e o movimento da Cruz de
Flechas na Hungria, liderado por Ferenc Szalasi, obtiveram grande apoio
popular. A ditadura instaurada na Romênia ou o sistema de democracia restrita
da Hungria não tiveram outro objeto senão evitar a ascensão do comunismo e do
fascismo. Na Espanha, o líder fascista Antonio Primo de Rivera foi executado a
mando do poder vigente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário