A principal
reportagem desta segunda-feira (21) de O Globo, que se
tornou manchete do jornal indica claramente: o grupo de comunicação dos Marinho
já pensa na queda de Bolsonaro. "Nos últimos dias, o agravamento da crise
envolvendo o filho mais velho do presidente já preocupava o Planalto, mas a
mais nova revelação do caso [a da movimentação de R$ 7 milhões na conta do
caixa Fabrício Queiroz] ampliou o temor de que o governo não consiga mais se
blindar da repercussão negativa, como vinha tentando fazer até o momento.
Aliados ouvidos pela reportagem, em condição de sigilo, afirmam que a extensão
do problema ainda é desconhecida" diz o texto da jornalista Jussara
Soares.
A reportagem (aqui) está baseada em
informações "off the records" (sem identificação das fontes). Apesar
de o discurso oficial de integrantes da cúpula bolsonarista do governo
ser de que se trata de uma questão particular de Flávio, "reservadamente,
admitem que o caso abala os primeiros dias de governo e ofusca as ações
iniciais de Bolsonaro no poder", informa a jornalista. O governo teme que
a pauta econômica "fique em segundo plano diante das novas relações
envolvendo o filho do presidente".
Segundo membros do governo ouvidos na
reportagem, foi um equívoco "a crítica de Flávio Bolsonaro à atuação do
Ministério Público e do Coaf, em entrevista à TV Record, na última sexta-feira.
Aliados de Bolsonaro que atuam para evitar que a crise se alastre pelo Planalto
viram uma 'afronta' à investigação e temem que técnicos do Coaf passem a vazar
informações à revelia do ministro da Justiça, Sérgio Moro, a quem o órgão
atualmente é subordinado". No Fantástico, da Rede Globo, houve um ataque
direto à Record do bispo Edir Macedo pela falta de questionamentos
jornalísticos a Flávio Bolsonaro durante a entrevista (aqui).
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