quinta-feira, 29 de junho de 2017

A Segunda Guerra Mundial.

            Todos os acordos firmados logo após a Primeira Guerra Mundial deixavam claro que nenhuma potência estava satisfeita. A Alemanha, além da perda de parte de seu território, viu-se despojada de colônias. A Itália não foi atendida no desejo de anexar novos territórios e colônias. E tampouco a França teve seus objetivos totalmente atingidos.
            A luta desesperada dos países capitalistas pelas fontes de matéria-prima, mercados e facilidades de investimentos lucrativos levaria a uma nova guerra.
            A subida de Hitler ao poder estava estritamente vinculada à indústria armamentista. Durante a Segunda metade da década de 1930, as indústrias que fabricavam armas cresceram muito, bem como a siderurgia. E o melhor cliente para o aço é o Exército. Também a indústria química sofreu alteração. A indústria alemã I. G. Farbem recebeu ordens para produzir gasolina e borracha, indispensáveis à guerra moderna. O principal cliente para esses produtos básicos era o Estado nazista.

Resultado de imagem para hitler
Adolf Hitler - líder do partido nazista.
            Hitler reaparelhava o Exército, fazia renascer a aviação militar e reconquistava os territórios perdidos durante a Primeira Guerra Mundial. Tudo isso era proibido pelo Tratado de Versalhes, mas o derrotismo dos dirigentes franceses, o conservadorismo dos oficiais e o apaziguamento inglês, que temia a União Soviética do que o imperialismo alemão, animavam Hitler a ser mais exigente.
            Em 1939, Hitler convocou o embaixador polonês para falar das pretensões alemães: Dantzig deveria voltar a fazer parte da Alemanha; os alemães teriam o direito de construir, através do corredor polonês, estradas ligando a Prússia Oriental ao resto da Alemanha. Essas exigências fizeram com que a França e a Inglaterra dessem garantias à Polônia de que iriam à guerra se esta fosse atacada.
            Mas a região sul, antiga Tchecoslováquia, estava nas mãos da Alemanha, fato que facilitaria uma ação armada contra a Polônia. Garantido pelo pacto de não-agressão com a União Soviética, Hitler se sentiu seguro a ponto de invadir a Polônia em 1º de Setembro de 1939. A Inglaterra e a França enviaram um ultimato à Alemanha para que retirasse suas forças do território polonês imediatamente. Hitler não respondeu, e, no dia 3 de setembro de 1939, esses dois países declararam guerra à Alemanha.

Resultado de imagem para Luftwaffe
Luftwaffe - força aérea alemã.
            A URSS ocupou uma parte da Polônia e a Alemanha ocupou o restante do território. No final de setembro de 1939, o país estava totalmente submetido. Apesar do acordo, a Inglaterra e a França não enviaram nem um soldado para ajudar os poloneses.
            Em abril de 1940, uma ação conjunta da Luftwaffe (aviação), da marinha e do exército alemães dominou rapidamente a Dinamarca. Em maio de 1940, foi a vez da Noruega. Os ingleses chegaram a enviar as tropas, mas foi inútil.
            A invasão da França pelos alemães foi uma continuação da tomada da Bélgica e da Holanda. Os franceses não tinham forças de reserva, e a famosa linha Maginot não resistiu aos tanques nazistas. No dia 14 e junho, as tropas alemães marcharam pelos bulevares parisienses com a bandeira da suástica tremulando na torre Eiffel.
            A França foi dividida em duas regiões: o Norte, sob o domínio direto da Alemanha, e o sul, sob o governo pró-nazista do marechal Pétain e de Pierre Laval, com capital em Vichy. Após a queda da França, a Inglaterra estava isolada em sua luta contra a Alemanha, Hitler iniciou os ataques contra a Alemanha. Hitler iniciou os ataques contra a Inglaterra, através de uma operação conjunta da Marinha e da Luftwaffe. Mas a Real Força Aérea (RFA) venceu a aviação alemã, destruindo grande parte dos seus aviões.
            Com a anexação de parte do território da União Soviética, somente Portugal, Espanha, Suécia e Suíça podiam ser considerados independentes. Evidentemente, deve-se lembrar que a Inglaterra mantinha heroica resistência ao avanço nazista. Todo o resto da Europa estava, de uma forma ou de outra, sob o domínio ou influência da Alemanha.
            Muitos países mantinham aparência independente, como a Romênia, a Hungria e a França, enquanto cumpriam fielmente as ordens emitidas por Berlim.
            Contudo, a entrada dos EUA na guerra, ao lado da União Soviética e da Inglaterra, contra o Japão, a Itália e a Alemanha, aumentou as possibilidades dos aliados.
            Os interesses dos Estados Unidos no Pacífico estavam cada vez mais ameaçados pelo avanço japonês sobre as antigas possessões francesas na Indochina. Mas outro fator impelia os dois países à guerra: os EUA se aproximaram da Inglaterra já desde 1940, quando, através da Carta do Atlântico, Roosevelt e Churchill estabeleceram uma série de princípios orientadores da política internacional. Enquanto isso, o Japão assinava um tratado com a Itália e a Alemanha, conhecido como a união dos países do Eixo, em que comprometiam com a total cooperação em caso de guerra.

Resultado de imagem para Roosevelt and Churchill
Roosevelt e Churchill
          
           Em 7 de setembro de 1941, a marinha e a aviação japonesas atacaram maciçamente as bases naval e aérea americanas de Pearl Harbor, no Havaí. Foi um ataque de surpresa, que destruiu quase toda a frota e os aviões norte-americanos no Pacífico.
            Quatro dias depois de iniciada a guerra contra o Japão, a Alemanha e a Itália declararam guerra aos EUA. Em maio de 1942, o Japão tomou a Malásia, as Filipinas, Hong-Kong, a Birmânia e uma infinidade de pequenas ilhas do Pacífico, perfazendo uma área de 4 milhões de quilômetros quadrados. Isso garantiu ao império japonês a matéria-prima e a mão-de-obra necessárias para o prosseguimento da guerra. Somente a partir de maio de 1942, os EUA começaram a recuperar o terreno perdido.

Resultado de imagem para ataque a pearl harbor
Ataque a Pearl Habor.
         No dia 18 de setembro de 1942, tropas nazistas do IV e VI exércitos já haviam tomado alguns bairros de Stalingrado, mas não conseguiam alcançar a outra margem do Volga. Hitler ordenou que se tomasse a cidade a qualquer custo. Mas a resistência dos soldados soviéticos era cada vez maior. Lutava-se não mais para conquistar grandes regiões, mas para tomar uma simples casa, um pequeno abrigo.
            Com a chegada do inverno, os soviéticos desfecharam uma ofensiva que isolou os alemães das fontes de abastecimento. A partir daí, as forças alemães foram sendo enfraquecidas até que, em fevereiro de 1943, Paulus resolveu depor as armas. De seus 250. 00 homens, restavam 130. 000, que caíram prisioneiros dos soviéticos. Pela primeira vez um marechal da Alemanha nazista caía prisioneiro.
            A batalha de Stalingrado significou o ponto mais alto da Segunda Guerra. Ao mesmo tempo, marcou os primeiros passos que levariam ao fim da Alemanha de Hitler.
            O ano de 1942 marcou o início dos avanços aliados contra as potências do Eixo: a derrota nazista na Batalha de Stalingrado, o início da contraofensiva americana no Pacífico e a mudança do rumo da guerra no norte da África.

Resultado de imagem para batalha de Stalingrado
Representação da Batalha de Stalingrado 
            Ao mesmo tempo, o ataque nazista à União Soviética fez com que a Inglaterra e os EUA se aproximassem gradativamente do Estado socialista, dando-se os primeiros passos em direção a uma aliança.  Além disso, as tropas alemães passaram a sofrer seguidas derrotas em todas as frentes. Deve-se frisar que a contraofensiva americana no Pacífico, a partir de maio de 1942, infringia derrotas sérias aos japoneses.  
            A abertura de uma segunda frente era constantemente adiada pelo alto comando das forças aliadas. Mas, no dia 6 de junho de 1944 (Dia D), as forças aliadas desembarcaram na costa francesa da Normandia. Para auxiliar os aliados, os guerrilheiros franceses da Resistência, dirigidos pelo Partido Comunista, organizaram sabotagens, enfraquecendo as forças alemães. A Resistência tinha organizado o levante de Paris, fato que facilitou enormemente a retomada da cidade pelos aliados, no dia 25 de agosto de 1944.
            A partir daí, o avanço dos aliados foi rápido, diminuindo um pouco à medida que se aproximavam da fronteira alemã.
            Uma poderosa ofensiva do exército soviético foi desencadeada, visando à tomada de Berlim. As forças nazistas resistiram, mas não conseguiram impedir o avanço do Exército Vermelho. No dia 2 de maio, as forças nazistas de Berlim renderam-se ao comando soviético. Hitler havia se suicidado dois dias antes. A bandeira vermelha da URSS tremulava no topo do edifício do Reichstag. O império de mil anos que Hitler sonhara construir, destruindo outros povos, não chegara a durar quinze anos.
            O Japão, no Extremo Oriente, resistia aos ataques americanos como uma fera acuada e condenada. Recorreu a todos os artifícios para tentar deter os americanos. Um dos mais famosos foi a introdução de pilotos suicidas, os kamikazes, que atiravam, com seus aviões carregados de bombas, sobre os navios americanos.
            No dia 6 de agosto, a aviação americana lançou uma nova arma sobre o Japão: a bomba atômica, que destruiu a cidade de Hiroshima e Nagasaki também foi bombardeada com a arma atômica. Muitos pensadores acham que tal arma não precisaria ser usada, pois o Japão já estaria derrotado. No dia 9 de agosto, a URSS declarou guerra ao Japão, segundo os acordos de Yalta. As forças soviéticas derrotaram os japoneses na Manchúria.

Resultado de imagem para hiroshima e nagasaki
Resultado de imagem para hiroshima e nagasaki

Resultado de imagem para hiroshima e nagasaki

Resultado de imagem para hiroshima e nagasaki

Resultado de imagem para hiroshima e nagasaki

Resultado de imagem para hiroshima e nagasaki

Resultado de imagem para hiroshima e nagasaki

Resultado de imagem para hiroshima e nagasaki

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O governo democrático de Getúlio Vargas

Eleição de Getúlio Vargas - 1950               "Bota o retrato do velho outra vez... bota no mesmo lugar". Assim começava a marchi...