quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Os persas e os fenícios.

Os persas
         Em finais do século XX a. c., povos indo-europeus vindos do sul asiático estabeleceram-se na região hoje conhecida como planalto do Irã, a leste da Mesopotâmia. Os que se fixaram mais ao norte ficaram conhecidos como medos, e os que se fixaram mais ao sul ficaram conhecidos como persas. De simples tribo de pastores e agricultores, formaram um pequeno reino.
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Mapa referente ao império persa.
         Essa zona de clima seco possui planaltos rodeados por desertos de um lado e elevadas montanhas de outro. Apesar das dificuldades do terreno, durante séculos os persas conseguiram viver naquela região com relativa tranquilidade.
         Séculos depois de terem se estabelecido nessa região, os povos medos e persas ficaram sob domínio da Assíria, que criou um grande império na Mesopotâmia.
         No século VIII a. c., os medos se uniram e conseguiram se libertar do domínio assírio. Estabeleceram, a partir de então, sua hegemonia no território que hoje constitui o Irã.
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Imagem de Ciro, o grande - Imperador persa.
         Em 559 a. c., o líder persa Ciro, o Grande, comandou um exército que pôs fim ao predomínio dos medos naquela região. Ciro se tornou rei, unificou os dois povos e iniciou a expansão territorial que iria formar o Império Persa, um dos maiores impérios da Antiguidade já conhecidos. Pouco a pouco, Ciro e seus sucessores submeteram ao domínio persa os babilônicos, assírios, egípcios, hebreus, fenícios e muitos outros.
         Persas e medos eram excelentes guerreiros, e o rei Ciro sabia conduzir seus exércitos. Depois de conquistar a Babilônia, Ciro libertou os hebreus do cativeiro e lhes permitiu voltar para Jerusalém, região que também estava sob seu domínio.
         Os persas ampliaram progressivamente seus territórios até serem contidos pelos gregos no final do século V a. c.
         Entre os demais monarcas persas, vale destacar Cambises e Dario I. Cambises foi o comandante das tropas na batalha de pelusa, em 525 a. c., quando foi conquistado e submetido ao Império Persa.
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Moeda persa - o dárico.
         Dario I foi o responsável pela organização administrativa do Império, dividindo-o em 20 províncias chamadas satrapias, governadas por vice-reis – os sátrapas. Para melhor controlar as satrapias, Dario I estabeleceu um eficiente sistema de correio e uma ampla rede de estradas que ligavam as cidades-sedes de governo – Susa, Pasárgada e Persépolis – às províncias.
         Além disso, Dario I enviava anualmente inspetores especiais, chamados de “olhos e ouvidos do rei”, para conhecerem as reclamações de governadores e governantes. O imperador, promoveu, também, a intensificação do comércio persa ao estabelecer uma moeda nacional, o dárico. Todas essas medidas fortaleceram o poder central e o grande império.
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Divisão do império persa em satrapias.
         Os fundamentos da religião persa, chamada Zoroastrismo, se encontra no livro Avesta. Nessa religião havia duas divindades principais: Ahura-Mazda, o deus do bem, da luz, do reino espiritual, e Arimã, o deus do mal e das trevas. As divindades confrontavam-se frequentemente, e cabia ao homem a missão de adorar seu criador, Ahura-mazda, para evitar o triunfo das trevas.
         Os persas acreditavam na vida após a morte, na existência do paraíso para os justos e do purgatório e inferno para os pecadores. Essa crença teve forte influência sobre o judaísmo e o cristianismo.

Os Fenícios
         Denominou-se Fenícia a região atualmente localizada ao norte do Estado de Israel e no Líbano. Ela foi habitada por semitas desde o terceiro milênio antes de Cristo.
         Nessa região, formaram-se várias cidades-estado – Biblos, Sídon e Tiro – que se alternavam no controle da região. Ao contrário de egípcios, babilônios e hebreus, os fenícios não chegaram a ter um poder centralizado na figura de um rei.
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Mapa do império fenício.
         O território ocupado pelos fenícios era uma estreita faixa de terra entre o litoral e a região montanhosa. As encostas dos montes eram cobertas por árvores como cedro, cipreste e pinho. A madeira servia para construir navios e também para ser vendida para outras cidades e reinos. Isso ajudou os fenícios a se tornarem grandes navegadores, construtores de navios e comerciantes do mundo antigo.
         Destacaram-se também na confecção de tecidos – algodão, linho e lã -, tingidos das cores suaves às mais fortes, em especial a púrpura. Tinham especial habilidade nos trabalhadores com vidro, baseados em técnicas aprendidas com os egípcios. Esse povo ganhou fama na produção de objetos de cerâmica, bronze e cobre, a exemplo dos espelhos de bronze com cabos de osso e marfim.
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Rota de comércio dos fenícios.
         Os fenícios controlavam o Mar Mediterrâneo. Seus navios seguiram a costa da Europa e a da África até a passagem para o Oceano Atlântico. Atingiram o Mar do Norte e o Oceano Índico e suas rotas comerciais ligaram diversas civilizações existentes.
         A sociedade fenícia estava dividida basicamente em duas categorias, diferenciadas pela riqueza material: uma elite formada por comerciantes e armadores, e as camadas populares, compostas por artesãos, demais trabalhadores livres das cidades e do campo, e escravos.
         Cada cidade tinha seus próprios deuses. Estes eram associados às forças da natureza, especialmente as que garantiam a fecundidade do solo e orientavam os navegadores. Seus cultos tinham raízes em crenças dos egípcios e dos diversos povos palestinos e mesopotâmicos, todos vizinhos dos fenícios.

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Alfabeto fenício.

         O mais importantes legado fenício para a civilização ocidental foi a criação de um sistema de escrita prático e simples, baseado num alfabeto de 22 letras que deu origem ao usado atualmente pelos ocidentais. O alfabeto dos fenícios foi adotado e aprimorado pelos gregos e, mais tarde, pelos romados.

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