As constantes investidas
norte-americanas fizeram os japoneses intensificaram sua resistência com os
Kamikazes, isto é, pilotos que sacrificavam a própria vida, mergulhando aviões carregados
de bombas contra os navios aliados. Os ataques dos Kamikazes provocaram muitas
baixas nas embarcações inimigas.
Diante
da perspectiva do prolongamento do conflito, os EUA optaram por um novo tipo de
armas: a bomba atômica. O primeiro ataque nuclear foi realizado contra a cidade
de Hiroshima, em 6 de agosto de 1945, matando cerca de 140 mil pessoas. O segundo,
três dias depois, teve como alvo a cidade de Nagasaki e provocou mais de 70 mil
mortes. Diante da tragédia, o Japão rendeu-se dias depois e assinou a capitulação
no dia 2 de setembro de 1945.
Em fevereiro
de 1945, os líderes dos Aliados reuniram-se na Conferência de Yalta para
discutir a criação da Organização das Nacoes Unidas (ONU), que substituiria a
Liga das Nações, e confirmar algumas decisões tomadas na Conferência de Teerã
(1943), referentes à criação de zonas de influência norte-americana e
soviética. Por esse acordo, começava a ser traçada a divisão do mundo em blocos
que logo se tornariam antagônicos, sob a hegemonia dos EUA ou da URSS.
Em
junho de 1945, a Carta das Nações Unidas foi assinada por 50 países (excluídos
os integrantes do Eixo), em São Francisco, nos EUA. Entre outros aspectos, a
carta firmou o compromisso dos países membros de garantir a paz e a segurança
internacionais, promover o progresso econômico e social das nações e estimular
o respeito aos direitos humanos.
Alguns
meses depois, os Aliados novamente se reuniram para decidir o futuro da
Alemanha. Na Conferência de Postdam (agosto de 1945), estiveram presentes
Stalin, o primeiro-ministro britânico Clement Attlee, sucessor de Churchill, e
Harry Truman, sucessor de Roosevelt na presidência dos EUA.
Os líderes
aliados decidiram que o território alemão e a cidade de Berlim seriam divididos
em quatro zonas de administração: franceses, britânica, norte-americana e
soviética. A Alemanha deveria pagar aos aliados uma indenização no valor de 20
bilhões de dólares, além de ser obrigada a ceder parte de seu território à
Polônia e à União Soviética. Para julgar os criminosos de guerra,
desmilitarizar a Alemanha e punir os agentes financeiros que subsidiaram os
nazistas, foi criado um Tribunal Internacional, sediado em Nuremberg, na
Alemanha.
A população
dos países que se envolveram diretamente na guerra, tanto no bloco do Eixo
quanto no bloco dos Aliados, sofreu com os constantes bombardeios e os mais
diversos tipos de privações. Cidades inteiras foram destruídas, prejudicando a
produção industrial, agrícola, os transportes e a geração de energia. Entre 1939
e 1944, por exemplo, a produção britânica de bens de consumo caiu 45%. Essa situação
agravou a fome, principalmente na Europa e na Ásia, obrigando a população a
sobreviver com pequenas rações diárias de alimento. Nos países dominados pelos
nazistas, a comida ainda era tirada de povos considerados inferiores para
alimentar alemães. Milhões de pessoas morreram por inanição ou devido a
doenças.
Além
disso, milhares de pessoas tiveram suas casas destruídas, foram despejadas, refugiaram-se
em outros países e até mesmo passaram a viver em montanhas e cavernas. Famílias
inteiras foram desestruturadas, mulheres sofreram abuso sexual dos soldados,
jovens e crianças deixaram de ir à escola, a população teve que se adaptar aos
toques de recolher.
No mercado
de trabalho, a mão de obra feminina ganhou grande impulso, já que a maioria dos
homens economicamente ativos havia sido convocada para lutar na guerra. No Japão,
por exemplo, as mulheres chegaram a compor metade da força de trabalho na agricultura
em 1944, e, nos EUA, milhões de norte-americanos forma realocadas para as
indústrias bélicas. As mulheres também foram recrutadas para o serviço militar:
no exército soviético havia mais de 800 mil. Porém, elas continuaram a
trabalhar em péssimas condições: sofriam humilhações, passavam fome e recebiam
salários baixíssimos.
Imagens da destruição causada pela Segunda Guerra Mundial
Acompanhe o nosso trabalho pelo YouTube - Sem Censura - Moisés Rodrigues
https://youtu.be/NrIVkwotRiE
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