O
desespero dos partidos de direita aumenta a cada dia diante da possibilidade da
segunda turma do STF conceder a liberdade ao presidente Lula. Deve-se frisar
que a suntuosa vitória obtida pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, ontem no
Supremo foi negligenciada pela mídia golpista. Os espaços nos noticiários estão
completamente voltados para os jogos da copa do mundo na Rússia e, sobretudo,
da provável contusão de Neymar.
O
fato é que quando se trata do Partido dos Trabalhadores e de seus militantes,
os sites e meios de comunicação, de uma forma geral ligados aos golpistas,
insistem e ocultar os fatos. Estamos vivendo uma ditadura, outorgada pelo
judiciário; pelo Congresso Nacional; pelos interesses dos acionistas
norte-americanos; e pela mídia, que seleciona as informações que devem chegar à
sociedade. Com isso, a verdadeira finalidade consiste em mostrar à população o
retrato de uma nação fantasiosa, que existe somente na mentalidade dos governantes
alinhados aos interesses do mercado financeiro.
Voltando
ao caso da senadora e presidente do Partido dos Trabalhadores, o que mais incomoda é a sua força, seu engajamento
político, sua sagacidade em demonstrar que o golpe perpetrado “com o Supremo e
tudo”, está aniquilando o Brasil. Sua voz não será calada, pois o seu grito em defesa da democracia e da liberdade do presidente Lula está cada dia mais
estridente e, mormente, incomodando as camadas sociais dirigentes desse país. Camadas
essas preocupadas com os próprios interesses financeiros, enquanto a grande
maioria da população vive na mais absoluta miséria.
Deve-se
ressaltar que tivemos uma manifestação da nossa senadora e presidente do PT. Em
seu Twitter, ela disse: "Ao
longo desses quase quatro anos, meu nome deixou de ser Gleisi Helena Hoffmann.
Passei a ser chamada de Gleisi Hoffmann, investigada na Lava Jato, Gleisi
acusada, Gleisi indiciada, Gleisi denunciada, Gleisi ré. Alguém escreverá agora
Gleisi inocente?", questionou Gleisi.
A senadora ainda publicou
no site do PT uma nota em que afirma que "o julgamento de ontem na
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal foi de enorme relevância para o
restabelecimento do estado de direito no Brasil. Durante quase quatro anos,
desde outubro de 2014, a TV Globo e os grandes jornais repetiram
sistematicamente que eu era acusada de corrupção e lavagem de
dinheiro, repetiram o enredo forjado pela Lava Jato. E nunca, até a véspera do
julgamento, nunca informaram os argumentos concretos da minha defesa. Nem uma
só palavra".
Em outras palavras, a
senadora esclareceu que a mídia, que durante todo esse tempo direcionou críticas
e inverdades, agora não tem a decência de reconhecer a sua inocência. Demonstrar
que estavam (os meios de comunicação golpistas) completamente errados e
motivados tão-somente por razões políticas.
Outro
ponto que merece destaque consiste na entrega das nossas riquezas aos
empresários e acionistas norte-americanos. Em outras palavras, enquanto a
população se volta para a narração de Galvão Bueno e os comentários pífios de
Ronaldo (o fenômeno no quesito “proferir asneiras”), a Câmara dos Deputados
continua na sua saga na trágica e lastimável de entregar as nossas riquezas
para as petroleiras estrangeiras.
Nesta
quarta-feira (20 de junho) a base do governo ilegítimo e golpista do Michel
Temer aprovou o projeto de lei que permite à Petrobrás transferir até 70% de
seu direito de exploração de 5 bilhões de barris de petróleo na área de cessão
onerosa.
O projeto foi aprovado foi aprovado
por 217 votos a 57 e 4 abstenções. Prevista na Lei 12.276/10, a cessão onerosa
para a Petrobras se refere a uma área cedida sem licitação pela União na Bacia
de Santos. Essa cessão é limitada à extração de 5 bilhões de barris
equivalentes de petróleo – apenas uma parcela da capacidade de produção da área
cedida.
Deve-se ressaltar que no regime de cessão
onerosa, a União recebe somente 10% dos royalties sobre a produção petrolífera.
Além disso, a taxa é inferior à do regime de partilha, onde se paga 15%.
Uma das críticas direcionadas ao
projeto consiste no fato de que a Petrobrás abrirá mão de uma área que contém
outros 15 bilhões de barris de petróleo, além dos 5 bilhões previstos no
contrato de 2010. Deve-se enfatizar que as estimativas de prejuízo da empresa
são assustadoras, cerca de 500 bilhões de reais. Esse dinheiro, que deveria ser
direcionado à saúde e educação (setores que gritam por socorro), será enviado
aos banqueiros e acionistas milionários da Petrobrás.
O que mais chama a atenção é que a oposição
tentou obstruir a votação e, sobretudo, impedir que esse crise de “lesa pátria”
fosse cometido. Contudo, o PDT, partido do pré-candidato à Presidência da República,
teve dois votos favoráveis, quatro contrários e cinco abstenções. Isso demonstra
que o projeto apresentado pelo candidato e seu partido não está tão alinhado
aos interesses do povo brasileiro como afirmam em entrevistas e sabatinas. O PT
e o PCdoB foram unânimes em rejeitar a entrega criminosa de nossas riquezas. Como
previsto o PMDB (que mudou para MDB – pensando que dessa forma apagará todos os
crimes que seus políticos cometeram na Nova República), votou integralmente a
favor da matéria.
Na
cessão onerosa, toda essa riqueza irá parar nas mãos das empresas", afirma
José Guimarães (PT – CE). "Caso o petróleo fosse licitado no regime de
partilha em condições ideias – com a parte em óleo da União equivalente a 80%
da produção – o lucro estatal seria de 408 bilhões de reais". Segundo ele,
é o maior assalto orquestrado contra o Estado brasileiro.
José Guimarães (PT - CE) |
Por
fim, enquanto o povo brasileiro se preocupa com o desempenho da seleção
brasileira na copa do mundo, nosso patrimônio está sendo entregue aos
acionistas norte-americanos e empresas estrangeiras. Aumenta a cada dia o número
de pessoas desempregadas, a quantidade de pessoas morando nas ruas, que não tem
recursos para comprar gás de cozinha, que são incapazes de alimentar seus
filhos. E quando acabar a copa, cada jogador receberá os seus milhões de reais,
ganhando ou perdendo os jogos. E as famílias brasileiras que estão passando
fome? Alguém se preocupará com elas? O acéfalo do Galvão Bueno citará a
situação dessas pessoas enquanto narra, de uma forma mesquinha e medíocre, os
jogos da seleção?
Precisamos
de mudanças, necessitamos construir uma nação melhor, onde as pessoas sejam
respeitadas. Precisamos construir um país onde tenhamos verdadeiramente justiça
social e que, sobretudo, tenha oportunidade para todos, independentemente da
camada social que ocupa.
Sem Censura - Moisés Rodrigues
https://www.youtube.com/watch?v=NrIVkwotRiE&t=6s
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