terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

A colonização espanhola

            Os conquistadores espanhóis chegaram à América atrás de riquezas e do prestígio que poderiam obter servindo a Coroa. Julgavam que os indígenas, principalmente aqueles que conheciam a metalurgia e produziam objetos de metais preciosos, poderiam leva-los ao “El Dorado”. Essa expressão dá nome a um lugar imaginário, cheio de maravilhas, com o qual sonhavam os homens do final da Idade Média, e ao outro, metal tão procurado na época do mercantilismo.
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Hernán Cortéz
            O período da conquista espanhola teve início em 1519, quando Hernán Cortez arrasou o Império Asteca no México. A conquista continuou com a dominação do Império Inca, no Peru, por Francisco Pizarro e Diego Almagro. A conquista territorial e o extermínio de vários povos e culturas prepararam o terreno para a colonização.
            Conquistado o território, as autoridades espanholas passaram a organizar a exploração das riquezas. De início, a Coroa autorizava particulares a explorar uma determinada região. Com o passar do tempo, a metrópole foi aumentado sua autoridade direta sobre a América. Com isso, a América espanhola foi dividida em quatro vice-reinos e várias capitanias.
            A Coroa pretendia ter o domínio das regiões onde havia metais preciosos e impor o monopólio comercial sobre as colônias. Assim, a empresa colonial espanhola se baseou nas minas de ouro e prata. As regiões produtoras desses metais eram os eixos principais de colonização, enquanto as regiões vizinhas a estas era fornecedoras de alimentos, tecidos e animais de tração. Assim, o Chile e a Argentina eram dependentes das regiões mineradoras do Peru e da Bolívia.
            A exploração do trabalho indígena deu-se por meio da mita e da encomienda. A mita, costume incaico, era o aproveitamento do índio nas atividades mineradoras, quatro meses por ano. Era um trabalho realizado em condições precárias e tinha características de trabalho forçado e compulsório. A encomienda era o trabalho, geralmente na agricultura, realizado pelos índios sem remuneração. O encomendero recebia da Coroa o direito de impor esse trabalho e o dever de promover a cristianização dos indígenas.
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Ilustração da guerra travada entre indígenas e espanhóis 
            Socialmente, havia os seguintes grupos:
· O dos brancos, privilegiados, composto pelos chapetones (brancos nascidos na Espanha que realizavam funções administrativas e militares.
· Os criollos eram os brancos nascidos na América, donos de propriedades rurais e das minas.
· Os mestiços, classe social oriunda da mistura étnica das diversas classes sociais que surgiram na América Espanhola.
· Os indígenas, aqueles que sobreviveram foram levados para a extração de prata e ouro. Foram escravizados nos sistemas conhecidos como mita e encomienda.
· Escravos africanos, foram trazidos pelos espanhóis para a América com a finalidade de substituir os índios no processo de extração de metais preciosos.

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Padres jesuítas convertendo a população indígena ao catolicismo
Parte do clero católico se opunha à exploração do indígena. Entretanto, as leis de proteção aos nativos foram desrespeitadas. Os jesuítas orientavam seu trabalho para a formação de “reduções”, onde viviam milhares de indígenas, que eram alfabetizados e catequizados em sua própria língua, e se dedicavam à agricultura, à pecuária e ao artesanato. Com relação à escravização do negro, a Igreja pouco se manifestou.

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