quinta-feira, 30 de agosto de 2018

A Revolução de1930


Na sucessão presidencial de 1929, ocorreu um desentendimento político entre as oligarquias paulista e mineira. Os mineiros esperavam a indicação de seu governador, Antônio Marcos, porém o presidente Washington Luís indicou Júlio Prestes, governador de São Paulo, como candidato oficial. Diante dessa situação, a oligarquia política de Minas Gerais aliou-se à do Rio Grande do Sul e Paraíba, formando a Aliança Liberal. Essa Aliança lançou a candidatura oposicionista do rio-grandense Getúlio Vargas, para presidente, e do paraibano João Pessoa, para vice-presidente.
     Esse grupo oposicionista recebeu o apoio de militares remanescentes do movimento tenentista, além de conseguir a simpatia de setores populares urbanos. Em São Paulo, a Aliança Liberal se fortaleceu com o apoio do Partido Democrático que tinha sido criado em 1926.
Resultado de imagem para Aliança Liberal
Apesar da boa campanha da Aliança Liberal, o governo, que detinha o controle da máquina eleitoral, garantiu que Júlio Prestes vencesse as eleições. A vitória do candidato oficial, porém, veio acompanhada de protestos.              Os militares oposicionistas começaram a planejar um golpe contra o governo, mas os líderes da Aliança Liberal não queriam recorrer às armas. Em julho de 1930, no entanto, João Pessoa foi assassinado, e esse crime foi utilizado politicamente pelos líderes da Aliança Liberal, causando grande indignação popular e servindo de justificativa para o golpe de Estado.
        As tropas rebeldes começaram a se movimentar em 3 de outubro. No dia 23 do mesmo mês os rebeldes já ocupavam a capital federal. Houve luta em alguns pontos do país, como em Minas Gerais, no Pará e no Rio Grande do Sul. Esperava-se resistência maior em São Paulo, o que não ocorreu por causa da superioridade dos revoltosos.
A Revolução de 1930, como foi denominada pelos seus idealizadores, saiu vitoriosa. O presidente Washington Luís foi deposto e, em 3 de novembro, Getúlio Vargas assumiu a presidência do Governo Provisório.
Imagem relacionada
Getúlio Vargas e a consolidação da Revolução de 1930
     Ao assumir o poder, Vargas iniciou um processo de centralização política, suspendendo a Constituição de 1891, fechando o Congresso Nacional, as Assembleias Legislativas estaduais e as Câmaras municipais. Assim, ele passou a controlar os poderes Executivo, Legislativo, governando por meio de decretos-leis. Com exceção de Minas Gerais, todos os governadores foram substituídos por interventores federais, a maioria militares tenentistas. Em 1932, decretou um novo Código Eleitoral, que estabelecia o voto secreto e o voto feminino.
As relações entre o Governo Provisório e os políticos paulistas estavam tensas, pois estes não aceitavam os interventores indicados por Vargas. As forças oligárquicas destituídas do poder se organizaram, formando a Frente Única Paulista, que reunia as principais lideranças políticas do Estado. Essa união se deu em torno da campanha constitucionalista, que reivindicava a elaboração de uma nova Constituição.
      Em 9 de julho de 1932, após vários meses de agitação política e manifestações de apoio popular, teve início o movimento revoltoso. A indústria paulista rapidamente se adaptou à produção de armamentos, surpreendendo o Governo Provisório. Apesar de mais bem equipada do que as tropas federais, a força pública paulista não pôde resistir à campanha de Vargas, que reuniu forças de todo o Brasil. Após três meses de luta, os paulistas foram derrotados, porém atingiram seu principal objetivo: a convocação de eleições para uma Assembleia Constituinte.
A Assembleia Constituinte iniciou os trabalhos em novembro de 1933. Vargas procurou dominar ao máximo o processo de elaboração da nova Constituição. Em julho de 1934, foi promulgada a terceira Constituição brasileira. A Constituição de 1934 instituiu a Justiça do Trabalho, regularizou a jornada de trabalho em oito horas diárias e o salário mínimo. Foram confirmados o voto direto e o voto feminino, embora analfabetos e soldados continuassem excluídos. O ensino primário passou a ser obrigatório. Outra medida importante foi a nacionalização dos recursos do subsolo brasileiro.
Após a promulgação da Constituição de 1934, Getúlio Vargas - que até então havia governado o país por meio de decretos - foi eleito presidente do Brasil pela Assembleia Constituinte, com um mandato de quatro anos.
Os primeiros anos do governo Vargas foram marcados pelo fortalecimento de dois grupos políticos de orientação ideológica distinta: o integralismo e o comunismo.
Resultado de imagem para Aliança Nacional Libertadora (ANL).        A partir da década de 1930, com a ascensão de partidos fascistas na Europa e a formação do integralismo no Brasil, os comunistas decidiram tomar novos rumos. Em 1935, eles se uniram a diversos grupos políticos contrários ao fascismo, ao imperialismo e aos latifúndios, formando uma nova organização política, a Aliança Nacional Libertadora (ANL).
A ANL defendia a formação de um governo popular que garantisse a liberdade dos cidadãos, a proteção às pequenas e médias propriedades, a nacionalização de empresas estrangeiras, o cancelamento da dívida externa e a reforma agrária. Esse partido atraiu sindicatos e a classe média urbana, representada por militares, intelectuais, profissionais liberais e estudantes. Luís Carlos Prestes, que aderiu ao PCB em 1934, tornou-se presidente de honra da ANL.
Resultado de imagem para Aliança Nacional Libertadora (ANL).
Ainda em 1935, o Congresso aprovou a Lei de Segurança Nacional, que defendia os crimes contra a ordem política e social e oficializava ações ainda mais radicais do governo em relação aos esquerdistas. Dessa maneira, o governo decretou, em julho de 1935, a ilegalidade da Aliança Nacional Libertadora.
Com a ilegalidade da ANL, comunistas civis e militares, inspirados pelo tenentismo, iniciaram um movimento revolucionário, tomando o poder na cidade de Natal, em 23 de novembro de 1935. Nos dias seguintes, militares aderiram ao Levante Comunista, tomando quartéis no Recife e Rio de Janeiro.
Resultado de imagem para a intentona comunista de 1935
Em poucos dias, no entanto, o movimento sufocado pelas tropas legalistas do Exército e seus participantes foram presos. Nos anos seguintes, Vargas utilizou o exemplo do levante comunista como justificativa para o aumento da perseguição a grupos políticos contrários aos seu governo.
Enquanto eram organizadas as campanhas para as eleições presidenciais, previstas para janeiro de 1938, Getúlio Vargas se empenhava em articulações políticas com militares da alta hierarquia do Exército buscando permanecer no poder.

Resultado de imagem para a intentona comunista de 1935

        Em setembro de 1947, o governo anunciou a apreensão de um suposto plano para implantar o comunismo no Brasil, o Plano Cohen. Entre outras ações, o plano previa a realização de uma greve geral, manifestações populares, saques, incêndio de igrejas e até a morte de autoridades que se opusessem à insurreição.
Resultado de imagem para O Plano Cohen
O Plano Cohen foi utilizado como propaganda política por Vargas para criar um clima de insegurança no país. Desse modo, utilizando como pretexto o combate ao comunismo, Vargas conseguiu o apoio de diversos setores conservadores da sociedade brasileira, ampliando o seu poder.
Somente oito anos depois, oficiais do Exército revelaram que o Plano Cohen era uma fraude criada por OlÍimpio Mourão Filho - membro da Ação Integralista Brasileira - para fortalecer o governo de Vargas e combater o comunismo.

O Estado Novo


        O Estado Novo caracterizou-se pela grande centralização política e econômica nas mãos do governo federal. Com a nomeação de novos interventores, aliados ao regime, a autonomia dos estados e municípios ficou ainda mais restrita. O corpo burocrático formado para assessorar o governo era constituído principalmente por militares, que se tornaram interventores, ministros, secretários de segurança e chefes de polícia.
        Na economia, o Estado brasileiro assumiu o papel de principal investidor da industrialização do Brasil, além de estabelecer ações para garantir a exploração das riquezas minerais do país.
        Em 1938, um decreto criou o Conselho Nacional do Petróleo, que estabilizou as estruturas de exploração e refino de petróleo que já existiam no país, além de assumir o controle sobre a distribuição d produto. Em 1941, com a ajuda norte-americana, Vargas criou a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), cujo objetivo era tornar o país autossuficiente na produção de aço.
        Em 1942, foi criada a Companhia Vale do Rio Doce, responsável por explorar as riquezas minerais do território brasileiro, principalmente o ferro. A mineradora passou a ser a principal fornecedora de matérias-primas para a CSN.
Resultado de imagem para companhia vale do rio doce era vargas
Inauguração da CSN por Getúlio Vargas
        O governo Vargas passou a controlar, também, a ´produção e o comércio de gêneros agrícolas, principalmente o café, que ainda era um importante produto da balança comercial brasileira. A finalidade era evitar a superprodução e, com isso a queda do preço do produto no mercado internacional.
        Para regulamentar e controlar a produção e a comercialização de gêneros agrícolas e extrativos, o governo criou vários órgãos governamentais, como o Instituto Nacional do Mate (1938), o Instituto Nacional do Sal (1940) e o Instituto Nacional do Pinho (1941).
Resultado de imagem para getulio vargas discursando
Getúlio Vargas concedendo direitos aos trabalhadores
        Durante o Estado Novo, o governo Vargas manteve sua política de controlar o movimento operário, esvaziar o sindicalismo independente e colocar-se como o mediador nas relações entre patrões e empregados. Em 1941 foi decretada a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que unificou a legislação trabalhista existente até então. A CLT estabeleceu: férias remuneradas, fixação de um salário mínimo nacional; jornada diária de trabalho de 8 horas; licença-maternidade 6 semanas antes e 6 semanas depois do parto; proibição do trabalho para menores de 14 anos.
        Com a CLT, Vargas ganhou muita popularidade entre os trabalhadores. Nos discursos do presidente, a classe trabalhadora era frequentemente citada como exemplo de dignidade e esperança para o país.
        Apesar de garantido aos trabalhadores direitos importantes, Vargas anulou pouco a pouco os canais tradicionais de expressão, organização e mobilização. Os sindicatos, que conseguiram manter uma relativa independência até 1935, ficaram submetidos ao Estado. Delegados indicados pelo Ministério do Trabalho interferiam diretamente na elaboração dos estatutos e na organização dos sindicatos.
        As greves, de acordo com a Constituição de 1937, foram consideradas incompatíveis com os interesses da produção nacional. A partir daí, os trabalhadores que paralisassem suas atividades seriam punidos de acordo com as medidas previstas na lei.
        A dualidade que observamos na política do governo em relação às questões trabalhistas – decretando leis que beneficiavam os trabalhadores ao mesmo tempo que silenciavam os sindicatos – também foi aplicada no terreno das artes e das manifestações culturais produzidas no período. Se por um lado o governo perseguiu diversos artistas e intelectuais contrários ao regime varguista, como o escritor Graciliano Ramos e o jornalista Aparício Torelly, mais conhecido como Barão e Itararé, por outro, realizou investimentos para a valorização do rádio, do cinema e do patrimônio histórico nacional.
        No início da década de 1930, as emissoras de rádio no Brasil só transmitiam música clássica, ópera, noticiários e leitura de textos instrutivos. A partir de 1932, a permissão para veicular propagandas transformou a programação do rádio, que passou a transmitir conteúdos apreciados pelo público: músicas, esportes, humor e utilidade pública. A permissão para transmitir anúncios comerciais abriu o mercado a investidores, e várias emissoras foram criadas no período.
Resultado de imagem para A voz do Brasil vargas        Reconhecendo sua importância como meio de comunicação com o público, Vargas utilizou o rádio para introduzir propagandas do seu governo durante a programação das emissoras. Também criou, em 1938, o programa radiofônico Hora do Brasil, hoje chamado A voz do Brasil. Diariamente e no mesmo horário, todas as emissoras de rádio deveriam transmitir o programa, que apresentava realizações do governo e pronunciamentos do presidente.
        O cinema também recebeu incentivos. Em 1939, uma lei determinou a exibição de pelo menos um longa-metragem brasileiro por ano em cada sala de cinema do país. Produções realizadas pelo governo também eram exibidas, como a série de documentários de curta-metragem Cinejornal Brasileiro e os filmes criados pelo Instituto Nacional do Cinema Educativo.
        Com base em um projeto do escritor Mario de Andrade, foi criado, em novembro de 1937, o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). Com o objetivo de preservar bens móveis e imóveis que tivessem especial significado para a história e a memória brasileiras, o SPHAN esteve à frente do tombamento de conjuntos arquitetônicos das cidades históricas de Minas Gerais e das ruínas jesuíticas de São Miguel das Missões, hoje consideradas Patrimônio da Humanidade.
        A decisão do governo Vargas de unir o Brasil aos Aliados para combater o nazifascismo na Segunda Guerra Mundial tornou insustentável a manutenção do regime varguista. Em primeiro lugar, era uma contradição defender a democracia em uma guerra e manter, em casa, uma ditadura. Segundo a insatisfação com o governo começou a crescer, pois a entrada no conflito trouxe uma série de dificuldades para a população, como o aumento dos preços e problemas de abastecimento.
        O crescente descontentamento favoreceu a organização dos opositores do governo. Manifestações contra o Eixo acabaram se transformando em atos contra o Estado Novo. Em outubro de 1943, uma carta aberta chamada de “Manifesto dos Mineiros”, foi redigida por intelectuais de Minas Gerais e passou a circular de maneira clandestina, sendo posteriormente publicada na imprensa. No documento, membros da elite liberal de Minas Gerais defendiam o fim da ditadura do Estado Novo e a redemocratização do país.
        Pressionado pelas campanhas por democracia e pela legalização dos partidos políticos, Vargas anunciou, em abril de 1945, a anistia aos presos políticos, como Luís Carlos Prestes. No mês seguinte foi decretado o Código Eleitoral, que determinava a data para a realização das próximas eleições: 2 de dezembro. Em seguida, Vargas extinguiu o DIP.
Resultado de imagem para Eurico Gaspar Dutra
Eurico Gaspar Dutra
        Com a legalidade dos partidos, entraram na corrida presidencial a UDN (União Democrática Nacional), partido oposicionista que lançou como candidato o brigadeiro Eduardo Gomes; o PSD (Partido Social Democrático) e o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), ambos ligados a Vargas, que compunham a chapa do general Eurico Gaspar Dutra; e o PCB (Partido Comunista Brasileiro), que lançou o candidato Yedo Fiúza.
        Antes da eleição, porém, um movimento popular, conhecido como queremismo, tomou as ruas de várias cidades do país, reivindicando a permanência de Getúlio no poder. O movimento queremista, no entanto, acabou fortalecendo a oposição udenista, que tinha relações mais estreitas com os militares. Em outubro, Getúlio Vargas foi forçado pelos militares a renunciar, e o poder foi assumido provisoriamente pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, José Linhares, até as eleições.
Resultado de imagem para queremismo
Movimento popular exigindo a permanência de Getúlio Vargas na Presidência da República
        Apesar de tudo indicar que o brigadeiro Eduardo Gomes fosse o vencedor, o ex-ministro da guerra de Vargas, general Dutra, foi vitorioso a vitória nas eleições. Getúlio Vargas foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul, na legenda do PSD.

A volta de Getúlio Vargas ao poder


        Getúlio Vargas voltou a concorrer à presidência nas eleições de outubro de 950. Sua candidatura contava com o apoio de seu partido, o PTB e de Adhemar de Barros, do Partido Social Progressista (PSP), que tinha muitos eleitores paulistas.
        Durante a campanha, vários setores do PSD, partido de oposição, também passaram a apoiar Vargas, abandonando o próprio candidato do partido, Cristiano Machado, que recebia apoio de Dutra. Vargas venceu a corrida presidencial, obtendo 48, 7% dos votos, contra 29, 7% do brigadeiro Eduardo Gomes, candidato da UDN, e 21, 5% de Cristiano Machado. Como a Constituição de 1946 não previa segundo turno, o candidato que obtivesse a maioria simples venceria as eleições.
        Assim, Vargas retornou ao poder, mas, dessa vez por meio de voto direto. Desse modo, confirmou o imenso prestígio que havia acumulado durante os quinze anos de seu primeiro governo.
Resultado de imagem para eleição de getulio vargas em 1950
        Em seu novo governo, Vargas deu prioridade à industrialização do país e criou mecanismos nacional-desenvolvimentista procurava conciliar o desenvolvimento do país com a independência nacional frente ao capital externo.
        Com esse objetivo, foi criado um órgão técnico permanente de estudos e planejamento, chamado Assessoria Econômica da Presidência da República, que tinha como objetivo estudar e formular projetos para atender as principais necessidades econômicas nacionais. O órgão trabalhava em conjunto com outras instituições governamentais, como o Ministério da Fazenda e a Comissão Mista Brasil-Estados Unidos para o Desenvolvimento Econômico.
        Com a criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), em junho de 1952, Vargas buscou oferecer crédito para o desenvolvimento de novos projetos, voltados para melhorias de portos e ferrovias e para a ampliação do setor elétrico.
Resultado de imagem para O petróleo é nosso!
Getúlio Vargas e a campanha "O Petróleo é nosso!"
        A nacionalização do petróleo era uma antiga reivindicação de muitos brasileiros. Em 1948, um grupo de intelectuais, militares e políticos brasileiros fundou o Centro de Estudos e Defesa do Petróleo, no Rio de Janeiro. O objetivo era limitar a atuação de empresas estrangeiras na exploração do petróleo e assegurar a exclusividade de empreendimentos nacionais. A campanha, cujo lema era: O petróleo é nosso!”, recebeu apoio de diferente setores do país.
        Em outubro de 1953, Vargas sancionou a lei que permitiu a maior transformação que Brasil já tinha vivido no setor energético. Nascia, assim, a Petróleo Brasileiro S. A., a Petrobras, empresa controlada pelo Estado brasileiro, que assumiu o monopólio da exploração do petróleo em território nacional.
        A política de valorização do café praticada pelo governo enfrentou forte oposição dos Estados Unidos. Compradores norte-americanos iniciaram uma campanha de boicote ao café brasileiro, que levou à queda internacional do preço do produto e, consequentemente, à redução das exportações. Além disso, a inflação continuava, o déficit da balança comercial crescia, a imprensa denunciava casos de corrupção e a UDN, principal partido de oposição, reagia às medidas nacionalistas na economia.
Resultado de imagem para João Goulart
João Goulart
        O prestigio de Getúlio Vargas nos setores sindicais ligados ao PTB ainda era grande, mas ele passou a enfrentar inúmeras greves operárias, protestos populares e reivindicações de aumento salarial. Em uma tentativa de reconquistar o apoio dos trabalhadores, em junho de 1953, Vargas nomeou João Goulart, principal liderança do PTB, para o ministério do Trabalho.
        Em fevereiro de 1954, “jango”, como João Goulart era conhecido, propôs dobrar o valor do salário mínimo. As reações contra a proposta foram tão fortes que, no final do mesmo mês, jango foi demitido pelo presidente. Em seu discurso do Dia do Trabalho, Vargas anunciou a mesma proposta de aumento do salário mínimo. A notícia foi muito mal recebida pelo empresariado e pela oposição.
Resultado de imagem para Carlos Lacerda e o atentado na rua toneleiros
Carlos Lacerda após o atentado.
        A crise intensificou-se quando o principal líder da UDN, Carlos Lacerda, sofreu um atentado em frente à sua casa no dia 5 de agosto de 1954. Um dos principais opositores de Vargas, Lacerda utilizava seu jornal, Tribuna da Imprensa, para criticar as medidas do governo e as forças políticas vinculadas a Getúlio.
        Lacerda foi ferido com um tiro no pé, mas seu guarda-costas, o major da aeronáutica Rubens Florentino Vaz, morreu. O governo foi imediatamente acusado de ter planejado a morte do adversário político, e a situação agravou-se quando chefe da guarda presidencial, Gregório Fortunato, foi identificado como mandante do crime. Assim, militares e civis ligados à oposição lançaram um manifesto pedindo a renúncia de Vargas.
        Acuado em meio à crise, Vargas suicidou-se com um tiro no coração em 24 de agosto no Palácio do Catete, sede da presidência da república. Ele deixou uma carta-testamento em que acusava seus adversários de querer prejudicar o país e afirmava ter dado a vida pelo povo brasileiro.


Resultado de imagem para o suicidio de vargas

Resultado de imagem para o suicidio de vargas

Resultado de imagem para o suicidio de vargas

Resultado de imagem para o suicidio de vargas

Resultado de imagem para o suicidio de vargas

Resultado de imagem para o suicidio de vargas

Prova com gabarito - E. E. Monsenhor Rocha - 3º Ano


ESCOLA ESTADUAL “MONSENHOR ROCHA”
Santa Bárbara do Leste – Minas Gerais
Verificação de aprendizagem
             Disciplina: História-Valor: 7,0 pts. Data:__/__/ 2018
Aluno (a):___________________________________ Nº ____
Turma: 3º ano: ____     Turno: ______________Nota: _____

1. Guerra Fria foi o nome dado a um conflito após a Segunda Guerra Mundial (1945) envolvendo dois países que adotavam sistemas político-econômicos opostos: capitalismo e socialismo. Os dois países protagonistas da Guerra Fria são:
A. (    ) Estados Unidos e Japão.
B. (    ) Inglaterra e União Soviética.
C. (    ) União Soviética e Itália.
D. (    ) Alemanha e França.
E. (    ) Estados Unidos e União Soviética.

2. O Pacto de Varsóvia, criado em 1955 e extinto em 1991, teve como principal objetivo:
A. (    ) Reunir os países socialistas como a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental contra a OTAN.
B. (    ) Consolidar a influência soviética sobre os países da Europa Oriental.
C. (    ) Conter a influência soviética sobre os países da Europa Oriental.
D. (    ) Consolidar a influência socialista na Europa Ocidental.
E. (    ) Consolidar a influência capitalista na Europa Oriental.

3. A “Guerra Fria” foi a expressão utilizada para caracterizar um tipo de política externa decorrente da:
A. (    ) Polarização do mundo em dois blocos político-militares, entre as duas guerras mundiais.
B. (    ) Polarização do mundo em blocos interessados na exploração e posse da Sibéria.
C. (    ) Polarização do mundo em dois blocos político-militares, após a Segunda Guerra Mundial.
D. (    ) Polarização do mundo em dois blocos liderados pela Alemanha, Itália e Japão. De um lado a Inglaterra, Rússia, Estados Unidos e França de outro.
E. (    ) A disputa das áreas árticas e antárticas, após a Segunda Guerra Mundial.

4. Após a Segunda Guerra Mundial, consolidou-se uma ordem político-econômica internacional que expressou o(a):
A. (    ) Conflito político e ideológico entre a União Soviética e os Estados Unidos.
B. (    ) Supremacia política e militar da Europa Ocidental.
C. (    ) Subordinação neocolonial dos países árabes e da América Latina.
D. (    ) Liderança política mundial da China Comunista através de sua participação na ONU.
E. (    ) Hegemonia econômica mundial das ex-nações imperialistas, tais como a Inglaterra e a França.

5. Após a Segunda Guerra Mundial, a URSS estruturou um plano de cooperação política com os países do bloco oriental, criado, em 1947:
A. (    ) O Comecom
B. (    ) O Kominform
C. (    ) O Pacto de Varsóvia
D. (    ) O Plano Marshall
E. (    ) A Otan

"É lógico que os EUA devem fazer o que lhes for possível para ajudar a promover o retorno ao poder econômico normal no mundo, sem o que não pode haver estabilidade política nem garantia de paz." (Plano Marshall)

6. Esse plano:
A. (    ) Assegurava a penetração de capitais  norte-americanos no continente europeu, sobretudo em sua parte oriental.
B. (    ) Garantia, aos norte-americanos, o retorno a uma política isolacionista, voltada unicamente para os seus interesses internos.
C. (    ) Pretendia deter as ameaças soviéticas sobre os países do Oriente Médio, cuja produção de petróleo era vital para as economias ocidentais.
D. (    ) Era um instrumento decisivo na luta contra o avanço do comunismo na Europa arrasada pelo pós-guerra.
E. (    ) Representava uma tomada da tradicional política da "boa vizinhança" dos EUA em relação à América Latina.

Em 1949 foi fundada em Washington uma organização militar que atualmente congrega países de três continentes. Esta organização militar fez oposição a uma outra que foi criada em 1955 na Polônia e que congregava países socialistas como URSS, Polônia, RDA, Bulgária, Hungria, Romênia e Tchecoslováquia.

7. As organizações militares referidas nos textos são, respectivamente:
A. (   ) Pacto de Varsóvia e Comecon
B. (    ) Otan e MCC
C. (    ) Associação Européia do Livre Comércio e Comecon
D. (    Otan e Pacto de Varsóvia
E. (    ) Organização das Nações Unidas e Cortina de Ferro

8. Em qual contexto histórico surgiu a Guerra Fria?
A. (    ) No final da 1ª Guerra Mundial, quando ocorreu a expansão do socialismo para quase todos os países da América.
B. (    ) No momento seguinte ao final da 2ª Guerra Mundial, quando Estados Unidos e União Soviética entraram em disputa mundial pela hegemonia militar, política e econômica.
C. (    ) No final da década de 1980, com a crise do socialismo no leste europeu.
D. (    ) No começo do século XX, com o rápido crescimento industrial e tecnológico da União Soviética e dos Estados Unidos.

9. Um dos símbolos da Guerra Fria foi a construção do Muro de Berlim. Qual das alternativas abaixo explica a existência desse muro?
A. (    ) O Muro de Berlim foi construído na década de 1940 para impedir a invasão da capital alemã pelo exército aliado.
B. (    ) A Muro de Berlim foi uma linha imaginária para dividir as duas Alemanhas (uma socialista e outra capitalista).
C. (    ) Em 1961 foi construído o Muro de Berlim, para dividir a cidade em duas partes: uma capitalista e outra socialista.
D. (    ) O Muro de Berlim foi construído, com financiamento soviética, ao redor da cidade para proteger a capital alemã da influência capitalista.

10. Quem foi Fulgêncio Batista?
A. (    ) Mártir da luta pela Independência de Cuba, inspiração dos revolucionários cubanos.
B. (    ) Pai de Fidel Castro.
C. (    ) Presidente cubano apoiado pelos Estados Unidos, expulso pelos revolucionários.
D. (    ) Líder da Cooperativa de Plantadores de Cana de Açúcar de Cuba.
E. (    ) Abolicionista cubano.

11. Em janeiro de 1959, tropas revolucionárias comandadas por Fidel Castro tomaram o poder em Cuba. A luta revolucionária:
A. (    ) Foi dirigida por uma guerrilha comunista que pôde derrotar o exército de Fulgêncio Batista, graças ao apoio militar oferecido pela União Soviética.
B. (    ) Foi dirigida pelo Partido Comunista de Cuba, que conseguiu mobilizar camponeses e trabalhadores urbanos contra a ditadura de Fulgêncio Batista.
C. (    ) Foi dirigida por dissidentes do governo de Fulgêncio Batista, com apoio inicial do governo dos Estados Unidos, interessado em democratizar a região do Caribe.
D. (    ) Foi dirigida por uma guerrilha nacionalista e anti-imperialista, que angariou apoios da oposição burguesa e de setores da esquerda cubana.
E. (    ) Foi dirigida por um movimento camponês espontâneo que, gradativamente, foi controlado pelos comunistas liderados por Fidel Castro.

12. O episódio conhecido como “a crise dos mísseis”, de 1962, que pôs em grande risco a paz mundial, resultou da:
A. (    ) Invasão do território sul-coreano pelo exército da Coreia do Norte, então apoiada pela União Soviética e pela China.
B. (    ) Intervenção militar realizada pela URSS na Hungria, com a ocupação de Budapeste e a deposição de I. Nagy.
C. (    ) Descoberta, pelos EUA, dos trabalhos de instalação de armas nucleares soviéticas em Cuba.
D. (    ) Ereção de um muro em Berlim, pelo governo comunista, dividindo fisicamente a cidade e a República Democrática Alemã.
E. (    ) Ruptura das relações diplomáticas entre a China e a URSS, em razão das acusações de “revisionismo” feitas pelo PCC a dirigentes soviéticos.

“Nelson Mandela tomou posse ontem como o primeiro presidente negro da África do Sul, marcando o fim de três séculos e meio de dominação branca e o retorno do país à comunidade internacional. “Que reine a liberdade”, afirmou o líder de 75 anos após prestar juramento. Numa vibrante cerimônia que reuniu dezenas de milhares de negros e muitos brancos no antigo centro do poder branco, Mandela pediu que os sul-africanos esqueçam os rancores do passado e se unam para por fim à pobreza, ao sofrimento e a todo tipo de discriminação.” (O Estado de S.Paulo, 11/05/1994. Adaptado.)

13. Leia o texto acima e responda as questões a seguir:
A. O que a posse de Nelson Mandela representou para a política sul-africana?

R: A posse do Nelson Mandela na presidência da África do Sul representou o fim da política segregacionista conhecida como Apartheid.

B. Além da luta contra o Apartheid, quais outros discursos em prol da humanidade Mandela defendia (e defende)?

R: Nelson Mandela articula seu discurso sobre o apartheid, no final do século, com base na idéia de que se trata de um crime contra a humanidade e que por isso deve ser superado e substituído por um sistema democrático com igualdade de direitos. Para alcançar tal sistema, deveriam ser utilizadas todas as energias possíveis, evitando as contradições menores, sejam étnicas, econômicas, de classe ou de nacionalidades. Tanto os africanos como os africânderes, em uma época ou outra, afirma Mandela, se viram obrigados a pegar em armas em defesa de sua liberdade contra o imperialismo britânico, mas os africânderes, uma vez que obtiveram o poder, esqueceram a importância da liberdade, para exercer a opressão e o apartheid 

14. A repercussão negativa ao regime político racial instalado na África do Sul envolveu a maioria da população local (negros) e organismos internacionais como, por exemplo, a Organização das Nações Unidas (ONU). Várias manifestações foram realizadas contra o apartheid, sendo o principal líder desses movimentos:
A. (    ) Mahatma Gandhi
B. (    ) Frederick de Klerk
C. (    ) Thabo Mbeki
D. (    ) Nelson Mandela
E. (    ) N.D.A.

15. De 1948 a 1991, vigorou na África do Sul o regime denominado apartheid. A esse respeito é correto afirmar:
A. (    ) Trata-se de uma política de segregação racial que excluía os negros da participação política, mas lhes reservava o livre direito à propriedade da terra.
B. (    ) Trata-se de uma política de segregação racial que previa uma lenta incorporação da população negra às atividades políticas do país.
C. (    ) Trata-se de uma política de segregação racial que excluía negros e asiáticos da participação política e restringia até mesmo a sua circulação pelo país.
D. (    ) Trata-se de uma política de integração racial baseada na perspectiva ideológica da mestiçagem cultural entre as diversas etnias negras.
E. (    ) Trata-se de uma política de segregação racial que propunha a eliminação gradual da minoria negra, como forma de garantir a dominação branca.

Resultado de imagem para corrida espacial charge

16. Interprete a imagem acima de acordo com os seus conhecimentos.

R: A imagem acima representa a bipolaridade do mundo no período conhecido como Guerra Fria. De um lado os EUA, defendendo o capitalismo e, do outro, a URSS, defensora do comunismo. Deve-se frisar que esse momento era caracterizado pelas disputas que ocorriam entre os dois país, como está representado na referida imagem, a corrida espacial.