Você gosta de estudar história? Tem interesse em conhecer o
passado da sua família? Acha importante conhecer a história da sua cidade? Já parou
para pensar sobre a origem do nome da sua escola?
Na Grécia Antiga, a palavra HISTÓRIA foi utilizada inicialmente
com o sentido de uma investigação sobre os acontecimentos. Naquela época, o
historiador era um indivíduo que registrava os acontecimentos do presente. Mais
tarde, as pessoas começaram a utilizar esses registros como meio de conhecer a
vida dos seus antepassados.
A história estuda os acontecimentos que marcaram a
trajetória da espécie humana desde os tempos primitivos. PINTURAS RUPESTRES,
objetos de cerâmica, ferramentas, utensílios domésticos e outros ARTEFATOS são
registros que testemunham o que nossos ancestrais pensavam, faziam e sentiam.
Pinturas rupestres |
Por
meio desses artefatos, o historiador identifica as mudanças e permanências que
marcam a vida das sociedades. Por exemplo, a chegada do trem e do automóvel
tornou as viagens mais rápidas; a televisão, mais tarde, agilizou as
comunicações e ofereceu ao público um veículo de informação e de entretenimento
fascinante. O computador e a internet, mais recentemente, permitiram reunir
todo tipo de informação numa rede mundial de comunicação. O novo, porém, não
eliminou o antigo. O rádio convive com a televisão e o computador, assim como
os trens convivem com os automóveis.
Como
um detetive, o historiador procura pistas sobre determinado assunto nos
registros escritos, nas pinturas de época, nos objetos, nas cartas, nos
monumentos; faz entrevistas, visita museus, bibliotecas, etc. Enfim, realiza um
cuidadoso trabalho de pesquisa. Ele reúne esses materiais, interpreta-os e
produz um texto com as conclusões a que chegou.
Equipe de historiadores |
Os documentos
escritos são, talvez, os mais estudados pelos historiadores. Podem ser
manuscritos, cartas, diários, registros contábeis, obras literárias etc. Eles,
porém, não são as únicas pistas utilizadas nos estudos de história. Muitos povos,
como os grupos indígenas da Amazônia de 500 anos atrás ou os aborígenes da
Austrália, não conheciam a escrita e, portanto, não deixaram documentos
escritos. Mesmo assim essas sociedades “fizeram história”, deixando outros
vestígios que podem ser valiosos para os estudos da história.
O historiador,
então, deve contar com outras fontes para realizar seu estudo, principalmente
as que fazem parte da CULTURA MATERIAL. São elas: móveis, estátuas, restos de
moradia, objetos de uso doméstico, roupas, ornamentos, entre muitas outras. O
historiador também pode estudar os REGISTROS ICONOGRÁFICOS, que são vestígios
em forma de imagens, como fotografias, desenhos e pinturas. Além deles, há
REGISTROS SONOROS, como músicas, discursos e depoimentos, gravações de
programas radiofônicos etc. Filmes e peças de teatro, que reúnem textos, imagem
e som, também são considerados importantes fontes históricas.
Os relatos
orais também são importantes fontes históricas. O historiador pode entrevistar
pessoas que viveram no período que ele está pesquisando ou ouvir gravações
desses testemunhos e, depois, confrontar as lembranças do entrevistado com
outros documentos disponíveis para o estudo. Os testemunhos orais ligam o
passado e o presente por meio de lembranças e, por isso, são bastante
utilizados nos estudos de história.
Hoje
em dia, existem vários acervos que recolhem e guardam centenas de horas de
entrevistas de depoimentos, como o MUSEU DA IMAGEM E DO SOM do Rio de Janeiro e
o CENTRO CULTURAL SÃO PAULO. O MUSEU DA PESSOA, instituição virtual, registra e
preserva histórias pessoais, disponibilizando-as na internet.
Na
sua casa ou na casa de algum parente seu existe algum objeto tratado como
relíquia de família? É muito comum as pessoas guardarem objetos que pertenceram
aos seus antepassados. Na maioria das vezes, esses objetos são considerados
patrimônio de família.
Além
dos objetos relacionados à história de uma família, existe bens que são
importantes para a cultura de um povo. Eles são chamados de PATRIMÔNIO
HISTÓRICO. Esses bens podem ser materiais, imateriais e naturais.
No Brasil
e em diversos outros países existem instituições públicas e particulares que
foram criadas para preservar o patrimônio histórico. A UNESCO (Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) é um organismo
internacional que atua na defesa da herança natural, histórica e cultural dos
povos. No Brasil, o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico e
Nacional) trabalha permanentemente para proteger e recuperar os bens culturais
de nosso país.
Para
garantir a integridade de um bem cultural e impedir que ele seja destruído,
descaracterizado ou danificado, esse bem pode ser TOMBADO. O tombamento é uma
medida de proteção que garante o valor artístico, histórico, cultural,
científico ou afetivo de um patrimônio.
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