Os conquistadores espanhóis chegaram
à América atrás de riquezas e do prestígio que poderiam obter servindo a Coroa.
Julgavam que os indígenas, principalmente aqueles que conheciam a metalurgia e
produziam objetos de metais preciosos, poderiam leva-los ao “El Dorado”. Essa expressão
dá nome a um lugar imaginário, cheio de maravilhas, com o qual sonhavam os
homens do final da Idade Média, e ao outro, metal tão procurado na época do
mercantilismo.
Hernán Cortéz |
O período da conquista espanhola
teve início em 1519, quando Hernán Cortez arrasou o Império Asteca no México. A
conquista continuou com a dominação do Império Inca, no Peru, por Francisco
Pizarro e Diego Almagro. A conquista territorial e o extermínio de vários povos
e culturas prepararam o terreno para a colonização.
Conquistado o território, as
autoridades espanholas passaram a organizar a exploração das riquezas. De
início, a Coroa autorizava particulares a explorar uma determinada região. Com o
passar do tempo, a metrópole foi aumentado sua autoridade direta sobre a
América. Com isso, a América espanhola foi dividida em quatro vice-reinos e
várias capitanias.
A Coroa pretendia ter o domínio das
regiões onde havia metais preciosos e impor o monopólio comercial sobre as
colônias. Assim, a empresa colonial espanhola se baseou nas minas de ouro e
prata. As regiões produtoras desses metais eram os eixos principais de
colonização, enquanto as regiões vizinhas a estas era fornecedoras de
alimentos, tecidos e animais de tração. Assim, o Chile e a Argentina eram
dependentes das regiões mineradoras do Peru e da Bolívia.
A exploração do trabalho indígena
deu-se por meio da mita e da encomienda. A mita, costume incaico, era o
aproveitamento do índio nas atividades mineradoras, quatro meses por ano. Era um
trabalho realizado em condições precárias e tinha características de trabalho
forçado e compulsório. A encomienda era o trabalho, geralmente na agricultura,
realizado pelos índios sem remuneração. O encomendero recebia da Coroa o
direito de impor esse trabalho e o dever de promover a cristianização dos
indígenas.
Ilustração da guerra travada entre indígenas e espanhóis |
Socialmente, havia os seguintes grupos:
·
O
dos brancos, privilegiados, composto pelos chapetones (brancos nascidos na
Espanha que realizavam funções administrativas e militares.
·
Os
criollos eram os brancos nascidos na América, donos de propriedades rurais e
das minas.
·
Os
mestiços, classe social oriunda da mistura étnica das diversas classes sociais
que surgiram na América Espanhola.
·
Os
indígenas, aqueles que sobreviveram foram levados para a extração de prata e
ouro. Foram escravizados nos sistemas conhecidos como mita e encomienda.
·
Escravos
africanos, foram trazidos pelos espanhóis para a América com a finalidade de
substituir os índios no processo de extração de metais preciosos.
Padres jesuítas convertendo a população indígena ao catolicismo |
Parte do clero católico se opunha à
exploração do indígena. Entretanto, as leis de proteção aos nativos foram
desrespeitadas. Os jesuítas orientavam seu trabalho para a formação de “reduções”,
onde viviam milhares de indígenas, que eram alfabetizados e catequizados em sua
própria língua, e se dedicavam à agricultura, à pecuária e ao artesanato. Com relação
à escravização do negro, a Igreja pouco se manifestou.
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