quarta-feira, 2 de março de 2016

 A Revolução Francesa

         Uma das principais características do movimento revolucionário francês é o seu embasamento teórico peculiar, ou seja, os franceses se inspiraram nas idéias defendidas pelos iluministas. A situação na França estava complicada por causa da crise no abastecimento de comida para a população mais carente. Com isso, o houve uma queda significativa na arrecadação de impostos por parte do governo. Além disso, os camponeses continuaram a morrer de fome.
         É preciso ressaltar que o Terceiro Estado, que englobava os pequenos comerciantes, artesãos, camponeses e operários; eram obrigados a sustentar o luxo dos nobres e dos clérigos. A situação se tornou insuportável com o agravamento da crise no país. A Queda da Bastilha, no dia 14 de julho de 1789, se tornou o símbolo da luta contra o absolutismo na França, já que a prisão significava a grandiosidade do poder absoluto do rei.
         Com isso, verificamos que houve a união entre importantes setores do Terceiro Estado contra os chamados privilégios feudais, isto é, contra o luxo e a riqueza do Primeiro e Segundo Estados. Portanto, o objetivo principal dos revolucionários era melhorar a qualidade de vida dos mais desfavorecidos e encontrar uma solução para a crise econômica da França.
         Entre os anos de 1792 e 1795, o país já era governado pela Convenção Nacional, uma espécie de governo onde existiam grandes divergências. Por um lado surgiram os JACOBINOS, que defendiam mudanças radicais no país, como a ampliação dos direitos dos operários e camponeses. Por outro lado, se destacaram os GIRONDINOS, grupo mais moderado, que se preocupavam apenas em manter os privilégios já conquistados. Não queriam transformações profundas na França.
         Em abril de 1793, sob o comando dos Jacobinos, que seguiam a liderança de Robespierre, foi criado o Comitê de Salvação Pública, órgão responsável pela proteção interna da nação. Em outras palavras, quem ameaçasse a segurança do país seria imediatamente enviado à guilhotina. Foi o período conhecido por O Grande Terror, pois milhões de pessoas perderam a vida em decorrência de sua postura de contestação às ordens dos Jacobinos.
         Porém, os Jacobinos não conseguiram retirar a França da crise em que se encontrava. Além disso, os ricos comerciantes desejavam acabar com as execuções e a mobilização popular para governar e administrar seus negócios com mais tranqüilidade. Por isso, decidiram organizar um movimento no sentido de apoiar os Girondinos na tomada do poder. Essa mobilização vitoriosa ficou conhecida como Reação Termidoriana. O novo governo prendeu e executou a maioria dos Jacobinos, inclusive Robespierre. Os Girondinos acabaram com as perseguições arbitrárias e as execuções sumárias.
         O governo Girondino também sofreu com as ameaças de revoltas sociais. Não apenas dos partidários dos Jacobinos, mas também dos favoráveis à volta da monarquia, que queriam restaurar os privilégios do Antigo Regime.
         Por fim. Acreditando que somente um governo forte seria capaz de restabelecer a ordem na França, os burgueses apoiaram o golpe do jovem general Napoleão Bonaparte, que se destacara no comando do exército Francês. Assim, no dia 10 de novembro de 1799, o Diretório deixou de existir e inicio-se o Consulado, sob o comando de Bonaparte. Outra fase da Revolução Francesa começava a partir da escalada de Napoleão ao poder na França.



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