O site alemão Nach Denk Seiten (Depois de pensar em páginas), que tem
muito prestígio por suas análises críticas, publica desde sábado uma série
de reportagens sobre o ministro da Justiça Sergio Moro, e desconstrói a “farsa”
do super herói.
Dossiê Sergio Moro é o título da série.
No primeiro artigo, chama o ex-juiz de “carreirista” e lembra que,
durante muito tempo, ele recebeu acima do teto constitucional e também
justificou de maneira cínica o auxílio-moradia que recebia.
Moro disse que era uma compensação pela falta de aumento salarial.
“Na carreira de Sergio Moro, o combate à corrupção é um slogan que ele
se aplica aos outros, não a ele”, registra o artigo, de autoria de Frederico
Füllgraf.
O jornalista cita o Diário do Centro do Mundo e o GGN como referência a
informações sobre a indústria da delação premiada (série de reportagens feita
em parceria pelos dois sites).
Mais especificamente, a ligação de Moro e da mulher, Rosângela, com
advogados acusados de intermediar acordos no âmbito da Lava Jato.
No primeiro artigo, ele não cita Carlos Zucolotto Júnior, mas a ligação
a que se refere é esta, também a dois outros advogados, Marlus Arns e Antônio
Figueiredo Basto.
Moro também é citado por uma situação de conflito de interesses, por
investigar corrupção na “semi-estatal Petrobras”, e depois aceitar o convite
para realizar palestra patrocinada pela empresa e por advogados que prestam
serviço à empresa.
Era uma referência a dois eventos, realizados em Nova York no ano
passado, um na Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em que recebeu o
título de “Homen do Ano”, e outro promovido pela Lide, da família de João
Doria.
O jornalista reconhece a popularidade de Moro no Brasil e no exterior.
“O juiz provincial brasileiro tem desfrutado de crescente popularidade
nacional e internacional. No Google, seu nome ultrapassa 38 milhões de
referências a links, mais da metade dos 70 milhões de Donald Trump e Vladimir
Putin”, conta.
Os textos sobre o Dossiê Moro estão disponíveis desde sábado no
site Nack Denk Seiten.
O primeiro artigo tem como título “A ascensão do carreirista a
parteiro de Bolsonaro” (em tradução livre).
Ou
seja, sem Moro, não teria nascido Bolsonaro presidente.
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