Nascido
em Wessel em 1893, Joachim von Ribbentrop estudou na Alemanha e na Suíça. Com a
declaração da Primeira Guerra Mundial, retornou para a Alemanha para participar
da frente oriental. Foi condecorado com a Cruz de Ferro, promovido a tenente e
enviado para Constantinopla.
Em
1918, retomou suas atividades comerciais. Casou-se com a herdeira da fábrica de
champanhe Henkell, dedicando-se aos negócios. Ambicioso e arrogante, provou ter
parentesco com uma tia distante da família Ribbentrop somente para adquirir o
título de nobreza “von”. Conheceu Hitler em 1930 e, em 1932, filiou-se a seu
partido, travando amizade com Franz von Papen. Já Joseph Goebbels tinha-lhe
grande antipatia, pois considerava-o um aproveitador. Ribbentrop esforçava-se
esforçava-se em mostrar que era um nazista fanático. Por ter relações de
trabalho no exterior, dominava vários idiomas, mas desconhecia as relações
internacionais. Isso não impediu que Hitler, a quem bajulava, o adotasse como
conselheiro em questões internacionais.
Em
1933, com os nazistas no poder, foi enviado para a Inglaterra, onde se reuniu
com o ministro Ramsay MacDonald e, em 1934, adquiriu um cargo diplomático
paralelo ao do ministro de Assuntos Exteriores Konstantin von Neurath. Hitler encarregou-o
de algumas tarefas secundárias relacionadas à comissão de Desarmamento, ele
viajou a Paris, Londres e Roma, com a intenção de convencer as potências de que
a Alemanha não tinha a intenção de tornar-se um potência militar. Em 1935, foi
nomeado ministro plenipotenciário, encarregando-se de negociar um acordo naval
com a Grã-Bretanha e o Pacto Antikomintern. Por serem questões complexas,
Neurath temia que a falta de preparo de Ribbentrop as conduzisse ao fracasso. Entretanto,
o ministro conseguiu o que planejava: ganhar a confiança de Hitler. Soube aproveitar
a simpatia que o nazismo despertava nas altas camadas da sociedade britânica
para articular que ingleses influentes interessados em conhecer o Führer – a quem
consideravam a melhor barreira contra o avanço comunista – visitassem a
Alemanha. Em 1936, Hitler nomeou Ribbentrop embaixador em Londres, com a missão
de conseguir uma aliança com a Grã-Bretanha, o que não deu resultados. Apesar disso,
em 4 de fevereiro de 1938, foi nomeado ministro de Assuntos Exteriores, por ser
leal e partidário da guerra.
Tentando
isolar a Inglaterra, Ribbentrop conduziu as negociações do pacto com a URSS,
conhecido como Ribbentrop-Molotov; assim como o pacto tripartite entre a
Alemanha, Itália e Japão. Durante a Segunda Guerra Mundial, convenceu vários
governos a deportarem os judeus a fim de exterminá-los.
Depois
da derrota na guerra, refugiou-se numa pensão em Hamburgo. Foi encontrado e
preso pelo Exército britânico na noite do dia 14 de junho de 1945. Processado e
acusado de crimes contra a paz e genocídio, foi julgado pelo tribunal de
Nuremberg e condenado á morte. Foi o primeiro líder nazista a morrer enforcado,
em 16 de outubro de 1946.
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