O ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva recebeu nesta quinta-feira (11/10) a visita dos senadores eleitos
Jacques Wagner e Gleisi Hoffman, presidente do Partido dos Trabalhadores. Ambos
disseram que Lula está animado com as eleições e está acompanhando tudo pela TV
e jornais. O senador baiano disse que Lula desejou boa sorte ao Fernando
Haddad, candidato. “Ele disse que não quer orientar nada, e a direção da
campanha quem vai dar é o Haddad e o partido. E o candidato tem a ultima
palavra. Como a gente tem feito”, disse Wagner.
‘É impressionante a força
desse ser humano”, disse o senador. Segundo ele o ex-presidente tem a clareza
política de que é preciso fazer neste momento para ganhar as
eleições porque certamente é o melhor para o Brasil. “Quem conhece o PT sabe
que ele é respeitador da democracia, das instituições, como nossos erros e
acertos. O que o a gente fez pela
democracia brasileira é infinitamente maior do que os erros”, afirmou
Ele afirmou que Gleisi
cuidará mais da mobilização e ele ficará mais próximo do Haddad e da equipe de
coordenação da campanha. “O PT todo mundo conhece e sabe como ele funciona do
ponto de vista do respeito à democracia. O outro ninguém sabe como funciona e,
pelo que eu entendi ele não te muito apreço pela democracia. Ao contrário. Pra
ele é tudo no murro, na bala, na porrada. E não é assim que se resolve o problema. O
problema da segurança se resolve dando arma quem sabe manejar. E quem sabe é a
Polícia Civil, a Polícia Militar, a Polícia Federal e as Forças Armadas. São a
eles que temos que dar mais estrutura para garantir a paz na sociedade. E não
distribuir arma para o povo. Não vamos voltar ao faroeste. Nós não estamos precisando de xerife, mas de
um presidente da República”, disse Wagner.
Gleisi afirmou que Lula está
animado, quer a vitória e que a luta será difícil. A presidente afirmou que
esse embate entre os dois candidatos é fundamental. “Temos que fazer
enfrentamento político. Nascemos pra isso. Somos o lado que defende a
democracia. E a democracia não é abstrata. Nós avaliamos que as pessoas têm que
ter direitos satisfeitos. Queremos um país que não tenha fome, queremos que as
pessoas tenham direito à educação, mas com o governo que construa escolas e dê
oportunidade para jovens entrem na escola. Ou seja, é uma democracia concreta.
Nós já tivemos condições de dar a esse país um projeto para melhorar a vida das
pessoas. O outro candidato, como deputado federal, nunca fez projeto decente.
Não é no grito que você ganha as coisas, não é no grito que você resolve os
problemas”.
Gleisi disse que essa luta
pela democracia está quase que a exigir de todos os democratas um
posicionamento. “Para que a gente possa defender nossa jovem democracia, que
tem 30 anos e é resultado do pacto constitucional. A gente espera que os partidos
do campo democrático que já declararam apoio a Haddad estejam efetivamente
engajados. Com o PDT, com Ciro, para repetir Leonel Brizola em 89 e de fato
estar engajado na nossa campanha”.
Wagner afirmou que o primeiro turno foi
o momento de apresentar o candidato que iria substituir o Lula e foi muito bem
feito. Neste segundo momento da campanha, segundo Wagner, é hora apresentar
o presidente Haddad, suas características, sua cara, seu caráter.
Ele disse que neste momento
crítico das eleições presidenciais brasileiras é preciso o engajamento de todos
que defendem a democracia. “Nessa esquina da história em que estamos, é o
momento de voluntariado. É um momento parecido com as Diretas Já, em que
juntamos todo mundo para voltarmos à democracia. Agora, seria uma espécie de
Diretas Já preventiva, preventiva desse autoritarismo disfarçado de democracia.
Antes a gente precisava de um remédio para curar. Agora um remédio para
prevenção. Quem tem responsabilidade tem que vir pra dentro e bora trabalhar.
Não é só pelo programa de governo, mas para algo, que é básico pra nós, que é
democracia, algo que sempre respeitamos”.
Sobre Ciro Gomes, Wagner
afirmou que preferia ter o engajamento de quem chamou de fiel companheiro
de caminhada. “Eu acredito que ainda estamos no calor do resultado das eleições
e ele disputava o pleito. Mas tenho falado com Cid Gomes, que também foi eleito
senador. E espero que Ciro tope se engajar nesse momento de esquina da história
para evitar que o pior aconteça”.
Ele classificou de covardia
a recusa de Jair Bolsonaro em participar dos debates. “Ele efetivamente é
aquele tipo tirado a brabo da esquina, quando cachorro late mais forte, sai
correndo. Valentão, que é diferente do corajoso. A pessoa corajosa não exibe
braço e arma, mas enfrenta a situação. Ele gosta de cuspir pra baixo e rende
homenagem a qualquer um que estiver em cima. Ele foge do debate porque não tem
o que dizer. Respeito a convalescença, mas ele foge do debate e dá entrevistas.
Então acho que isso é covardia e falta do que dizer ao povo brasileiro”.
FONTE: https://www.lula.com.br/jaques-wagner-apos-visita-a-lula-bolsonaro-foge-do-debate-porque-nao-tem-o-que-dizer-ao-povo-brasileiro/
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