Resumo da matéria trabalhada com os alunos da Escola Estadual Moacyr de Mattos. Turma 8º ano.

                                             O processo de mineração no Brasil

                Este texto tem como finalidade apresentar um resumo da matéria trabalhada com os alunos do 8º ano da Escola Estadual Moacyr de Mattos. Vale ressaltar que os temas trabalhados apresentam algumas características que são fundamentais para entender a sociedade na qual estamos inseridos.

                Inicialmente verificamos que, quando os portugueses chegaram ao Brasil se depararam com uma população que possuía uma cultura distinta. Os indígenas construíram o sistema cultural que, em todos os sentidos, era diferente dos europeus. Como exemplo podemos citar a poligamia, (prática do indígena se casar mais de uma vez), a antropofagia (as comunidades nativas realizavam rituais onde comiam carne humana) e o politeísmo (os índios adoravam vários deuses).

Com isso, os europeus começaram a criar estratégias no sentido de acabar com a cultura dos povos indígenas. Já no século XV, diversos padres jesuítas desembarcaram no Brasil com a finalidade de realizar a catequização das comunidades nativas. Milhares de missões ou reduções foram criadas, onde os nativos eram obrigados a trabalhar e estudavam a língua e costumes europeus, promovendo a depreciação da cultura indígena.

Outro aspecto importante do período foi a organização das Bandeiras e Entradas. Antes de analisar ambos movimentos, é preciso entender a diferença de ambos. Enquanto as Bandeiras eram expedições organizadas por particulares (proprietários de terras e grandes comerciantes), as Entradas eram expedições financiadas pela coroa portuguesa. Contudo, ambas tinham os mesmos objetivos que eram: entrar pelo interior do Brasil em busca de riquezas e indígenas para escravizar. Foi nesse momento que diversas regiões interioranas do país passaram a ser conhecida.

Através da ação dos bandeirantes várias regiões marcadas pela presença do ouro foram descobertas, provocando a chamada “febre do ouro”, culminando no aumento da população de Minas Gerais, que saltou de 300 mil para 3 milhões. Milhares de pessoas vieram para Minas Gerais em busca de riquezas. Com isso, objetivando controlar a produção aurífera, o governo português procurou aumentar a fiscalização e arrecadação de impostos, gerando a insatisfação entre a população.

Vale destacar que os mineradores criaram diversas formas de contrabando, como a prática conhecida como “santa do pau oco”, em que os mineradores colocavam ouro dentro de santas ocas por dentro e circulavam com tranquilidade pela cidade. Nesse momento, quando as autoridades portuguesas descobriram, criaram as chamadas casas de fundição, local para onde o ouro era levado e transformado em barras, evitando, dessa forma, o contrabando. 

Outra medida adotada foi o aumento dos impostos cobrados, dentre eles podemos citar: o quinto (a quinta parte do ouro arrecadado deveria ser entregue na forma de imposto à autoridade portuguesa) e a capitação (imposto pago de acordo com o número de escravos que trabalhavam nas minas). Vale destacar que esse aumento da carga tributária gerou insatisfação entre a população, provocando inúmeras revoltas. Essas revoltas serão objeto de estudos nas próximas aulas.

Espero que tenha contribuído para esclarecer questionamentos sobre o assunto e qualquer dúvida estou à disposição. Desde já agradeço e até a próxima.