quinta-feira, 30 de junho de 2016

Prova com gabarito - 9º Ano - Escola Estadual Moacyr de Mattos

E. E. Moacyr de Mattos

                           Avaliação de História – Turma 9º Ano _____

                          Prof. Moisés Rodrigues – Valor: 7.0 pontos

Nome:_________________________ ____Data: ___/___/___

1. Podemos apontar como uma das principais causas da Segunda Guerra Mundial:

A. (   ) A rivalidade política e militar entre Alemanha e Itália no final da década de 1930.
B. (X) O surgimento e fortalecimento, na década de 1930, de governos totalitários na Europa, com objetivos expansionistas e militaristas.
C. (   ) A política expansionista da França, que invadiu e conquistou vários territórios na Europa e na África no final da década de 1930.
D. (   ) A aliança militar estabelecida por Itália, Alemanha e Estados Unidos no começo da década de 1930.

2. O regime nazista de Hitler respeitou o Tratado de Versalhes?

R: Hitler não respeitou o Tratado de Versalhes, pois quando tomou o poder, o regime nazista implementou medidas de expansão territorial (espaço vital), fabricou armas e formou um dos maiores exércitos da história.

3. Qual das alternativas abaixo aponta o marco inicial da Segunda Guerra Mundial?

A. (   ) O ataque do Japão à base militar norte-americana de Pearl Harbor.
B. (   ) Os diversos bombardeios britânicos a várias cidades alemãs.
C. (X) A invasão da Polônia pelas forças armadas da Alemanha em 1º de setembro de 1939.
D. (   ) O estabelecimento de acordos militares entre Alemanha, Itália e Japão.

4. Na Segunda Guerra Mundial, o bloco militar conhecido como Eixo era composto pelos seguintes países:

A. (X) Alemanha, Itália e Japão.
B. (   ) França, Inglaterra e Estados Unidos.
C. (   ) Alemanha, Itália e Rússia.
D. (   ) Inglaterra, Estados Unidos e Rússia.

"Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh! não se esqueçam
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor, sem perfume
Sem rosa, sem nada"

5. Podemos considerar que o texto acima debate:

A. (X) A herança terrível das bombas atômicas atiradas em Hiroshima e Nagasaky, no final da 2ª Guerra Mundial, levantando a necessidade de sua lembrança para defendermos a paz.
B. (   ) A poesia não trata dos problemas relativos à bomba atômica, à guerra e à paz.
C. (   ) As armas atômicas nunca seriam usadas como forma de poder entre as potências mundiais.
D. (   ) A paz só será garantida com a utilização de armas atômicas.
E. (   ) As armas atômicas deixaram poucas heranças culturais e políticas durante o período da Guerra Fria.

6. Sobre a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, é verdadeiro afirmar que:

A. (   ) O Brasil participou enviando apenas medicamentos e médicos para ajudar os feridos de guerra das tropas aliadas.
B. (   ) O Brasil ficou ao lado do Eixo e enviou soldados que combateram as forças aliadas em território italiano. 
C. (   ) O Brasil participou apenas fazendo a proteção do litoral e enviando armamentos às forças aliadas.
D. (X) O Brasil enviou soldados que combateram ao lado dos Aliados, principalmente em territórios da Itália.

7. Sobre o final da Segunda Guerra Mundial, é verdadeiro afirmar que:

A. (   ) Estados Unidos e Grã-Bretanha foram os países derrotados e tiveram que reconhecer o domínio alemão na Europa.
B. (   ) Embora a guerra tenha terminado em 1945, o Japão assinou a rendição apenas em 1948.
C. (X) Alemanha, Itália e Japão saíram derrotados, marcando o fim dos governos fascistas na Europa.
D. (   ) Japão, Estados Unidos e França foram os países que mais saíram fortalecidos politicamente após a Segunda Guerra Mundial.

8. Leia o texto e responda.

“A Segunda Guerra Mundial foi, em sua maior parte, travada entre a Alemanha nazista e a União Soviética. A esmagadora maioria das divisões dos exércitos nazistas permaneceu em território soviético, na chamada Frente Ocidental (...). Os 20 milhões de cidadãos soviéticos mortos podem atestar a violência e a importância da participação da União Soviética no conflito mundial”.

A. Quais os principais objetivos da invasão da União Soviética pela Alemanha?

R: Derrotar o comunismo soviético e controlar os recursos naturais da URSS, em particular o petróleo e a produção industrial.

B. Que argumento apresenta o texto para defender que a Segunda Guerra Mundial foi travada principalmente entre a União Soviética e a Alemanha nazista?

R: O texto afirma que a principal frente de batalha foi a oriental, em território soviético. Além disso, a morte de 20 milhões de cidadãos soviéticos atesta a importância do país no combate ao regime nazista.

C. Quando os combates foram iniciados na União Soviética? Qual foi o desfecho das batalhas?

R: Os combates na União Soviética marcaram o início das derrotas do Nazismo. A estratégia adotada pelos soviéticos consistia no recuo das tropas e destruição das plantações e casas que poderiam servir de abrigo aos soldados alemães. Quando o exército de Hitler chegou, o "general inverno" provocou e o ataque soviético culminou na derrota nazista. 

Em 1935, a Alemanha havia reiniciado a produção de armamentos e restabelecido o serviço militar obrigatório, contrariando o Tratado de Versalhes. Em 1938, anexou a Áustria; logo em seguida incorporou a região dos Sudetos, que abrigava minorias alemãs, na Tchecoslováquia, e assinou um acordo de não-agressão e neutralidade com a União Soviética.

9. Estava plantada a semente da Segunda Guerra Mundial, que eclodiu em 10 de setembro de 1939, com o (a)

A. (   ) Participação efetiva de tropas nazistas na Guerra Civil Espanhola, por meio da invasão de Madri.
B. (X) Invasão da Polônia por tropas nazistas e a ação da Inglaterra e da França em socorro dos seus aliados, declarando guerra ao Terceiro Reich.
C. (   ) Rompimento do Pacto Germânico-Soviético com a invasão do território russo por tropas nazistas.
D. (   ) Saída dos invasores alemães do território dos Sudetos na Tchecoslováquia, para invadir a Hungria.
E. (   ) Tomada do "corredor polonês", que desembocava na cidade livre de Dantzig, pelos aliados nazistas, principalmente italianos.

10. Explique os conceitos abaixo:

A. Pangermanismo

R: era um movimento político do século XIX que defendia a união dos povos germânicos da Europa Central. Essa ideologia ganhou grande força com o sentimento nacionalista alemão, e logo depois com a unificação da Alemanha. 

B. Espaço vital

R: espaço vital seria o espaço necessário para a expansão territorial de um povo, no caso, o povo alemão. 

C. Raça ariana

R:  todos os povos europeus de raça “pura” branca eram descendentes do antigo povo ariano, o povo ariano – palavra que significa “nobre” – seria o ápice da civilização. Adolf Hitler retomou este conceito para justificar sua política de extermínio dos Judeus e povos não-arianos.


  
11. Explique a imagem acima de acordo com os conhecimentos adquiridos em sala de aula.

R: As bombas lançadas pelo EUA nas cidades japonesas, está sendo associada aos ataques terroristas. Vale ressaltar que não havia necessidade, uma vez que a Segunda Guerra Mundial estava no final e o Japão não oferecia perigo algum. Também existia o sentido de revanche, pois o Japão destruiu a base naval norte-americana no Havaí, Pearl Harbor. 

12. Os Estados Unidos iniciaram sua participação na Segunda Guerra Mundial motivados pelo(a):

A. (   ) Invasão da França por tropas italianas;
B. (   ) Política de implantação do Plano Marshall, que favorecia a industrialização do país;
C. (   ) Afundamento, no Oceano Pacífico, de navios de países aliados, como o Brasil;
D. (X) Ataque japonês à base naval americana de Pearl Harbor;
E. (   ) Apoio dado pela Onu aos países latino-americanos participantes do conflito.

13. Relacione a Crise de 1929 com o surgimento de regimes políticos totalitários.

R: Em decorrência da Crise de 1929, as sociedades da Europa defenderam a ideia de que somente um governo forte e autoritário poderia solucionar os problemas decorrentes da crise. Com isso, regimes como o Nazismo (Alemanha) e Fascismo (Itália) ganharam força. 





domingo, 26 de junho de 2016

Calendário de provas

Escola Estadual Moacyr de Mattos


Turmas:
8º Ano 6, 
8º Ano 10 
8º Ano 11:   
8º Ano 12

Dia: 01-07 (sexta-feira)

Turmas:
9º Ano 7
9º Ano 10
9º Ano 11

Dia: 30 - 06 (quinta-feira)

Escola Estadual Monsenhor Rocha

Turmas:
1º Ano 1
1º Ano 2
2º Ano 1
2º Ano 2
2º Ano 3
3º Ano 1
3º Ano 2

Dia 01 - 07 (sexta-feira)

Aproveitem os resumos publicados no blog para se preparem para a realização da prova.
Boa sorte a todos.

A Revolução Francesa

            Tal como a independência dos EUA, a Revolução Francesa foi um conjunto de acontecimentos que sofreu a influência dos valores iluministas que se difundiam na Europa no século XVIII. Sua importância deve-se ao fato de ela ter contribuído para a superação, tanto do absolutismo monárquico, quanto da sociedade estratificada que caracterizavam o Antigo Regime, não apenas na Franca. Seu eco pôde ser sentido nas Américas, até mesmo entre os revoltosos brasileiros, e por várias partes do planeta nas décadas seguintes.
            O principal lema da Revolução Francesa era “liberdade, igualdade e fraternidade”. Entretanto, essa frase não significava a mesma coisa para todos os que, envolvidos nos acontecimentos de 1789, estavam unidos para a derrubada do Antigo Regime. Para a burguesia, liberdade significava o fim dos monopólios, que a impediam de exercer suas atividades comerciais livremente, expressar suas opiniões e de defender seus interesses sem nenhum tipo de censura. Para os camponeses, liberdade tinha outro significado: o fim da condição servil. Para eles, liberdade era livrar-se da condição servil e da submissão aos senhores de terra. Para os trabalhadores pobres da cidade, liberdade era o direito de negociar melhores salários e de opinar nos destinos do país.
            A ideia de igualdade também possuía diferentes interpretações: para a burguesia, queria dizer igualdade civil, ou seja, o fim dos privilégios da nobreza e do clero e a conquista de direitos políticos; para os camponeses e trabalhadores pobres das cidades, destituídos de poder político e econômico, igualdade simbolizava a supressão da opressão e da situação de miséria, visando a conquistas não apenas políticas, mas também econômicas em direção à igualdade social.

            Durante o século XVIII, os avanços científicos, o progresso material e científico aumentou a população de 18 para 25 milhões de habitantes. A expansão econômica foi acompanhada pelo fortalecimento econômico da burguesia. O mesmo desenvolvimento não ocorreu no plano social e político. Porém, o regime de servidão ainda vigorava para a maioria da população, enquanto o clero e a nobreza continuavam a gozar de privilégios como: isenção de tributos, julgamentos e punições diferenciadas da destinada aos membros do Terceiro Estado. O resultado desta desigualdade era que recaía nas costas do Terceiro Estado o peso de sustentar o conjunto da França, suas guerras e gastos luxuosos. Traduzido no cotidiano dos trabalhadores, isso queria dizer que 80% da sua renda era destinada ao pagamento dos impostos, que só eles pagavam.
            A burguesia, apesar dos seus ganhos crescentes, também se via limitada pelo controle estatal sobre a economia, pois sobre ela e seus negócios também recaíam as taxações e as proibições.
            Além das guerras que a Monarquia Francesa achava indispensáveis à sua política externa, como a Guerra dos Sete Anos e o auxílio econômico oferecido aos norte-americanos durante a Guerra de Independência, a crise se tornou mais aguda com a grande seca de 1785, que destruiu boa parte do rebanho nacional.
A esse quadro, somavam-se os altos custos para a manutenção da corte, cujo luxo expressava o poderio e o esplendor de toda a França. As saídas apontadas pelos ministros de Luís XVI, longe de resolver a crise, acabaram por agravá-las ainda mais. Todos eram unânimes, isto é, estavam de acordo com a ideia de que era preciso aumentar a arrecadação. Mas quem iria pagar os novos impostos? O Terceiro Estado dizia já não ter mais condição de fazê-lo e a Nobreza e Clero recusavam-se a pagar.
O parlamento francês era denominado Estados Gerais, porque nele achavam-se representados os três Estados, ou seja, os três grupos sociais que compunham a sociedade francesa. Assim, cada Estado tinha o direito a um voto, independentemente do número de pessoas que representava. Esse sistema dava enorme vantagem ao clero e à nobreza, que, com objetivos comuns, votavam sempre juntos, garantindo a manutenção dos seus privilégios.
Na abertura da reunião dos Estados Gerais, o Terceiro Estado, que representava a burguesia e o povo francês, exigiu a substituição da tradicional votação por Estado pela votação por cabeça, na qual cada deputado teria direito a um voto, pois cedendo às pressões do Terceiro Estado, Luís XVI tinha elevado o número dos seus representantes para 500, enquanto o Primeiro contava com 247 e a Nobreza com 188.
Os deputados do Terceiro Estado esperavam obter, assim, maioria absoluta sobre demais votos das ordens privilegiadas.
A oposição dos demais Estados à mudança do critério de votação estabeleceu um impasse político. Luís XVI determinou o encerramento das atividades parlamentares e o fechamento da sala onde se reuniam os deputados.
O Terceiro Estado, então, reuniu-se numa outra sala e, com a participação de alguns membros do Primeiro e do Segundo Estados, fizeram o juramento, que ficou conhecida como “juramento da Sala do Jogo Péla”. Esse ato iniciou a formação de uma Assembleia Nacional Constituinte. Em todas as decisões contaram com o apoio maciço do povo de Paris e arredores, deixando o rei e a nobreza bastante isolados.
Enquanto Luís XVI tentava reunir tropas para anular a rebeldia dos deputados e sufocar as diversas manifestações populares de apoio à Assembleia Nacional, os populares armazenavam armas e organizavam a “milícia de Paris”, um grupo militar disposto a enfrentar as forças absolutistas. Em 14 de Julho, grande parte número de  populares, incluindo mulheres, invadiu e tomou a prisão da Bastilha, onde se supunha haver muitas armas e prisioneiros, embora estivesse praticamente desativada. Para garantir o poder da Assembleia Nacional Constituinte, os deputados decidiram criar um exército revolucionário, a Guarda Nacional, organizando as milícias populares.
Em Paris, menos de um mês após a tomada da Bastilha, a Assembleia Nacional aprovava o fim dos privilégios feudais e, em seguida, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, documento que regulamentava os direitos humanos e a cidadania, estabelecendo o direito à igualdade de todos os franceses perante a lei, o direito à liberdade e a defesa da propriedade.

A queda da Bastilha
Para resolver a crise financeira que se agravava com a rebelião, os deputados decidiram, em 1790, confiscar os bens da Igreja e tornar cidadãos comuns os indivíduos pertencentes ao Primeiro Estado por meio da Constituição Civil do Clero. Os padres que não juraram esse documento foram chamados de refratários e considerados inimigos da Revolução.
Pouco depois, em setembro de 1791, a Assembleia finalizou a primeira Constituição francesa, estabelecendo a Monarquia Constitucional em substituição à Monarquia Absolutista. Instituía-se a separação dos poderes, com Luís XVI assumindo o Executivo, mas limitado pelo Executivo (assembleia de deputados) e pelo Judiciário. A eleição dos deputados, entretanto, seria feita de acordo com a renda dos cidadãos (voto censitário).
Em agosto, o rei foi destituído de suas funções e preso com sua família. No dia 20 de setembro, as tropas da Revolução obtiveram sua primeira grande vitória sobre o exército austro-prussiano, que tentava inibir os avanços do processo revolucionário.
Com a suspensão de Luís XVI, a Constituição de 1791 e o regime de governo adotado – a Monarquia Constitucional – ficavam sem efeito. Assim, uma nova Assembleia foi organizada para redigir uma nova Carta. Essa Assembleia acumulava as funções dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e passou a chamar-se de Convenção.
A primeira decisão tomada pela Convenção foi a abolição da realeza e a proclamação da República, em 22 de setembro de 1792. Decidiu-se também que o rei deveria ser julgado por traição. Na convenção as decisões não era fáceis de serem tomadas. De um modo geral, os membros da Convenção se organizavam em três grupos:
· Girondinos: Eram os deputados representantes da alta burguesia. Defendiam a consolidação da monarquia constitucional e censitária e a moderação revolucionária. Seus deputados sentavam-se à direita no plenário da Assembleia, e por isso foram denominados também de Partido da Direita.
· Pântano: O grupo também era composto por membros da alta burguesia, porém não apresentavam convicções políticas definidas. Oscilavam entre a moderação e o radicalismo. Seus representantes sentavam-se no centro da Convenção e. por esse motivo, foram denominados Partido de Centro.
· Jacobinos: Congregavam os Sans-culottes e a pequena burguesia. Boa parte dos seus deputados sentava-se à esquerda no plenário da Convenção, ficou conhecida como republicanos radicais.
Maximilien Robespierre 
À medida que a revolução se tornava mais radical, os jacobinos foram ganhando força e o controle do governo. A guerra avançava, havia inflação e fome, e os jacobinos, liderados por Maximilien Robespierre, acreditavam que o Estado deveria assegurar a todos os cidadãos os bens necessários à sobrevivência, mesmo que para isso tivesse que negar o direito à propriedade privada. A França e os cidadãos franceses estavam em perigo e tudo deveria ser feito para salvá-los, diziam os jacobinos com o apoio dos sans-culottes.
A execução do rei Luís XVI indignou e aterrorizou os governantes europeus, que, amedrontados, organizaram uma série de invasões estrangeiras ao território francês. As regiões favoráveis ao rei foram dominadas, e seus líderes, punidos com a pena de morte. No tribunal revolucionário parisiense, quem fosse acusado de contarrevolucionário recebia, sem qualquer tipo de apelação, a sentença de morte. Calcula-se que, entre 1793 e 1795, época denominada de fase do Terror, cerca de 17 mil pessoas tenham sido sumariamente executadas.
Guilhotina usada pelos Jacobinos
No entanto, as divergências entre os jacobinos, somadas às dificuldades militares e econômicas, enfraqueciam o governo da Convenção, liderado por Robespierre. Para continuar o poder, ele adotou, então, medidas extremas: condenou Danton, o líder dos jacobinos moderados, bem como os principais chefes radicais, como Hébert, à morte na  guilhotina. Sem poupar os próprios membros da Convenção, a prática do Terror tornou cada vez mais impopular o governo jacobino.
Aproveitando-se da situação, os girondinos desfecharam um golpe contra Robespierre. Defendendo o fim do Terror e condenando o “banho de sangue” jacobino, os girondinos invadiram a Convenção e assumiram o governo da França. Robespierre foi preso, condenado e executado na guilhotina em Julho de 1794. Como o golpe acontecera no dia 9 do mês termidor, segundo o calendário da Revolução, denominou-se a retomada do poder pela alta burguesia francesa de reação termidor.
Os dirigentes termidorianos redigiram uma terceira constituição, e criaram um governo denominado Diretório. Restabelecia-se assim o caráter censitário para a eleição dos deputados e determinava-se que o poder executivo, órgão máximo do governo, seria composto por cinco membros.
As ameaças internas contra o Diretório somava-se contra o Diretório somava-se às externas, pois os exércitos absolutistas continuavam a atacar a França. Além disso, a crise econômico-financeira aprofundara-se ainda mais, estimulando o descontentamento e as manifestações populares.
Napoleão Bonaparte
Entre os deputados mais moderados, era forte o desejo de estabelecer um governo eficiente na pacificação do país e na defesa das conquistas burguesas da Revolução. Dessa forma alguns membros do Diretório articularam um golpe de Estado que levou ao  poder o principal líder militar da França naquele momento: Napoleão Bonaparte.

Em 9 de novembro de 1799, Napoleão derrubou o Diretório e instaurou o Consulado, assumindo como primeiro cônsul. O episódio ficou conhecido como Golpe do 18 Brumário. Para alguns historiadores representou o fim do processo revolucionário francês e o início da fase da consolidação das conquistas burguesas. 

domingo, 19 de junho de 2016

O feudalismo

Esquema ilustrando o sistema feudal
                O período compreendido entre os séculos III e X se caracterizou, na Europa Ocidental, pelo  lento processo de formação do feudalismo. As invasões bárbaras (povos desconhecidos pelos romanos), contribuíram para um maior isolamento da sociedade europeia; o comércio mediterrâneo, embora não tenha desaparecido durante o período, declinou sensivelmente, levando a uma maior ruralização do mundo medieval.
                A fragilidade político-militar dos vários reinos que se formaram após a desintegração do Império Romano fez com que as populações ameaçadas buscassem proteção com um senhor, fortalecendo os laços de dependência pessoal entre os homens. Esse processo de formação do feudalismo foi constituído pela transição de uma sociedade baseada no uso da mão de obra escrava – o império romano – para uma baseada nas relações servis de produção. Essa foi uma das principais características do sistema feudal e implicava na subordinação jurídica da população rural em relação aos senhores feudais.
                Essa transição se iniciou com a instituição do colonato à época da crise do escravismo romano. Considere-se, ainda, que a existência de grande quantidade de mão de obra dependente decorreu, em grande parte, das técnicas agrícolas rudimentares, herdadas da agricultura escravista romana. Assim, como a produtividade era muito baixa, a única forma de aumentar a produção era pela ampliação das áreas destinadas ao cultivo e (ou) pela ampliação do número de trabalhadores.
                A constituição do poder político na época feudal teve suas origens em meio à decadência da autoridade do poder central, da precariedade do Estado, de toda uma série de invasões que ampliaram o quadro de insegurança geral e do declínio do comércio e da vida urbana. Dessa maneira, esse contexto histórico foi marcado pela afirmação das relações de dependência pessoal, baseadas na vassalagem, garantindo aos senhores o aumento contínuo da força militar por meio do apoio armado que recebiam de seus vassalos. Estes, em troca de fidelidade e lealdade incondicional a seu senhor, recebiam benefícios, por exemplo, um feudo.
           A cerimônia da homenagem sacramentava, solenemente, os laços de dependência pessoal.  Ao longo da Idade Média ocorreu a consolidação desse quadro político, afirmando-se, assim, o poder local monopolizado pelo senhor feudal.
                Com a ruralização da sociedade, a terra passou a ser a principal fonte de riqueza, tanto econômica quanto político-ideológica. Assim, a produção passou a ser essencialmente agrícola. Além disso, a sociedade adotou a economia predominantemente agrária e no poder político e, consequentemente, ficou dividida de tal maneira que cada um deles era responsável por uma determinada função.
                A tripartição da sociedade – entre clérigos, nobres e servos -, estrutura básica da comunidade feudal, correspondia a uma ordenação na qual privilégios e obrigações se completavam. Até mesmo os homens da época tiveram uma percepção bastante nítida dessa ordenação – pelo menos aqueles que detinham o monopólio do saber erudito, geralmente os clérigos – e produziam inúmeros textos que legitimavam uma ordem sócia, apresentando-a como natural e fruto da vontade divina.
                Os indivíduos dos diferentes grupos sociais que compunham a sociedade feudal não  tinham, de uma maneira geral, nenhuma mobilidade social. Os servos estavam presos à terra, o que implicava uma permanência e na reprodução de uma condição social fixa. É importante considerar que se o domínio feudal mudasse de proprietário, o servo passaria a dever obrigações e serviços ao novo senhor. Já os vilões, em menor número, não estavam presos à terra e os laços que os prendiam aos senhores eram menos rígidos. A propriedade ou posse da terra garantia aos senhores inúmeros direitos, entre os quais se destacavam:
·      A talha: parcela paga sobre a produção realizada;
·      Corvéia: trabalho compulsório devido pelos camponeses, geralmente realizados nas reservas senhoriais;
·      Banalidades: imposto devido pelo uso obrigatório de instalações pertencentes ao senhor, tais como forno, o lagar, o moinho.

É importante ressaltar que a sociedade das três ordens era a expressão de uma estrutura social que se pretendia sagrada, imutável e eterna, uma vez que correspondia à vontade de Deus, pelo menos na ótica dos clérigos, para os quais qualquer transformação social deveria ser evitada. Tratava-se, portanto, de um esquema clerical que, no fundo, pretendia sujeitar todos – inclusive a nobreza guerreira – à instituição mais bem organizada da época: a Igreja.


domingo, 12 de junho de 2016

A Segunda Guerra Mundial

                O regime nazista preparou a Alemanha para a guerra. As posições de Hitler contra o Tratado de Versalhes, o rearmamento progressivo do Terceiro Reich e a instituição do serviço militar obrigatório não deixavam dúvida quanto aos objetivos expansionistas.
                Um dos primeiros atos de Hitler foi a retirada da Alemanha da Liga das Nações – organismo internacional fundado ao final da Primeira Guerra Mundial para resolver conflitos entre os  países. Os nazistas não cansavam de declarar seu direito ao espaço vital, considerado necessário para a formação da Grande Alemanha.
                França e Inglaterra, de certa forma, preferiram alimentar as pretensões de Hitler e viram com bons olhos o fortalecimento alemão, pois era uma forma de conter o comunismo das fronteiras soviéticas. Hitler e Goebbels, ministro da propaganda, buscaram sempre condenar o “internacionalismo bárbaro” dos soviéticos, tido como ameaça à civilização europeia.
                As potências ocidentais viam com extrema tolerância as reivindicações territoriais do regime nazista, sempre diante da promessa de que haviam chegado ao fim. Assim, Hitler remilitarizou a Renânia, na fronteira com a França, sem nenhuma resistência, contrariando as cláusulas do Tratado de Versalhes. Em 1938, anexou a Áustria, após sabotar o regime democrático austríaco, em decorrência do forte movimento nazista naquele país.
                No mesmo ano, Hitler reivindicou a posse dos Sudetos, na Tchecoslováquia, alegando que havia maioria alemã na região e ameaçando invadir o lugar no caso de objeção das potências ocidentais. No tratado de Munique, assinado em setembro de 1938, Hitler atingiu seu objetivo, com o apoio de Mussolini e a omissão dos governos da França e da Inglaterra. Mesmo diante do risco iminente de guerra, os países capitalistas preferiram dar mais uma chance à diplomacia ou, em outras palavras, entregar a Tchecoslováquia a Hitler. Tanto que os representantes do governo tcheco em Munique sequer foram convidados a ingressar na sala de reunião.
Mapa ilustrando a expansão do exército nazista
                Mas Hitler não se limitou a anexar a região dos Sudetos. Em Marco de 1939, tropas alemãs  entraram em Praga e decretaram que a Boêmia e a Morávia fariam parte de um protetorado alemão. Os governos britânico e francês assistiram impassíveis à nova investida alemã.
                As últimas anexações na Tchecoslováquia levaram a diplomacia francesa e inglesa a alertar que, diante de qualquer novo territorial, seria declarada guerra à Alemanha para resguardar a ordem internacional. Porém, a essa altura, Alemanha, Itália e Japão já tinham firmado o Eixo Roma-Berlim-Tóquio – uma aliança militar para atuar contra quaisquer inimigos. Alemanha e Itália também reforçaram sua aliança por meio do Pacto de Aço, assinado em maio de 1939.
                O passo decisivo para o início da guerra foi a invasão da Polônia pela Alemanha, em 1º de setembro de 1939. Há meses os nazistas reivindicavam a anexação de Danzig e do chamado corredor polonês, perdidos pela Alemanha no final da Primeira Guerra Mundial. Era mais uma das reivindicações alemãs, mas acabou negada pelas potências ocidentais, que apoiaram o governo polonês.
Winston Churchill
                A expansão alemã provocou mudanças sensíveis nos governos das potências ocidentais,  derrubando os gabinetes que se haviam omitido diante das ambições de Hitler. Na Inglaterra, por exemplo, o poder foi assumido por Winston Churchill, agora prestigiado pelos alertas que vinham fazendo contra o perigo alemão.
                Em 10 de maio de 1940, o Exército alemão, com o apoio da Luftwaffe, deu início a uma guerra relâmpago (Blitzkrieg) contra a Holanda e a Bélgica. A vitória alemã nos Países Baixos foi avassaladora. A rainha Guilhermina, da Holanda, se exilou na Inglaterra. O rei Leopoldo III, da Belgica, preferiu compartilhar o cativeiro com os soldados belgas, confinado no castelo real de Laeken. Mas essa era apenas uma etapa para a invasão da França.
                À medida que os alemães avançavam, a situação francesa tornava-se caótica, com milhões de civis fugindo para o sul e oeste e um clima de pânico dominando Paris. No gabinete militar havia intenso conflito. O marechal Phillipe Pétain, militar de prestígio que liderou a resistência francesa na Primeira Guerra Mundial, passou a defender a rendição da França. Paris foi ocupada pelos alemães em 14 de junho. O novo governo francês, comandado por Pétain, entregou parte do território aos nazistas, permanecendo com dois terços dele e com as colônias. Pétain foi então celebrado como “salvador da pátria”, pois a maioria dos franceses não suportavam mais os bombardeios e fugas desesperadas. Além disso, boa parte da sociedade francesa era anticomunista e antissemita. No final da guerra, porém, o velho marechal cairia em desgraça.  
Luftwaff da Alemanha
                Os nazistas pretendiam invadir a Inglaterra pelo sul, atravessando o canal da Mancha, em  uma operação batizada de “Leão Marinho”. A ação dependia da Luftwaffe (força aérea alemã) para neutralizar as defesas aéreas britânicas, de modo que acabou sendo o maior conflito aéreo da guerra. A Luftwaffe dispunha de quase 3 mil aviões, entre bombardeiros e caças.
                A capacidade de resistência inglesa foi extraordinária. No ar, os caças britânicos provocaram pesadas perdas à Luftwaffe. No solo, houve enorme mobilização da população civil, insuflada pelos discursos diários de Churchill. Em agosto de 1940, aconteceu o que parecia impossível: em represália aos ataques alemães, os ingleses bombardearam Berlim.
                A Inglaterra resistiu praticamente sozinha. Mas recebeu o apoio dos EUA em armas, navios e alimentos, apesar da posição norte-americana de não intervenção no conflito europeu. Enquanto resistiam na Inglaterra, os exércitos britânicos eram fustigados no norte da África pelos italianos, que pretendiam marcha da Líbia até o Egito para conquistar o canal de Suez, de onde partiriam para o Iraque com o objetivo de controlar as reservas petrolíferas. Depois de empurrados até o Egito, os britânicos reagiram, impondo derrotas fatais ao exército de Mussolini.
                A guerra no deserto estava só começando estava só começando. Diante do novo fracasso militar italiano, Hitler organizou o Afrika Korps (1941), empurrando os exércitos ingleses de volta à fronteira egípcia, em uma guerra que permaneceu em impasse até 1942.
                Apesar das dificuldades do combate na fronte ocidental com a Inglaterra, Hitler pôs em marcha o plano de invadir a URSS – a Operação Barbarossa. Pretendia apoderar-se dos imensos recursos naturais, incluindo as áreas petrolíferas existentes no país, mas havia também o objetivo político-ideológico de destruir o regime comunista soviético e ocupar o território, conforme a teoria nazista do “espaço vital”. As instruções para a guerra incluíam a execução de civis, a começar pelos comissários do Partido Comunista de cada área conquistada.
                As vitórias alemães foram arrasadoras, mas a resistência soviética foi tenaz. Embora tenham recuado e perdido milhões de soldados, entre os mortos e prisioneiros, os soviéticos conseguiram deter o avanço alemão. Leningrado não caiu, embora a população da cidade sitiada tenha sido arrasada de fome e por doenças. Moscou também resistiu, graças ao esforço do exército vermelho. A chegada do inverno russo deteve de vez o ímpeto alemão, como já havia feito com o exército napoleônico, em 1812.
Adolf Hitler
                Hitler percebeu que a resistência soviética constituía uma ameaça aos planos expansionistas da Alemanha, em especial porque o exército da URSS era muito numeroso. Os problemas de  abastecimento das forças alemãs ainda eram imensos, dificultados pela neve. Então Hitler assumiu pessoalmente o comando da frente oriental, culpando seus generais pelo fracasso.
                A Inglaterra logo apoiou a URSS, assim como os EUA. A grande exigência dos soviéticos, entretanto, era a formação de uma frente ocidental contra a Alemanha. Porém, essa frente custou a se organizar, porque nesse momento nem a Inglaterra nem os EUA (envolvidos na guerra contra os japoneses) tinham condições de invadir a Europa nazista pelo ocidente.
                A vitória soviética em Stalingrado mudou o rumo da guerra, sinalizando a derrota alemã em todas as frentes de batalha. A campanha na URSS absorvia enormes recursos da máquina de guerra nazista. No norte da África, os alemães não tiveram como resistir ao contra-ataque britânico, em 1942, cuja vitória foi saudada por Churchill: “Este não é o fim, não é nem o começo do fim, mas é, talvez, o fim do começo”.
                Os Aliados, como ficou conhecida a coligação de países que lutaram contra os nazifascistas, não tardaram a invadir a Itália. Após inúmeros bombardeios, conquistaram a Sicília e partiram para a península. Os constantes fracassos militares e a iminente invasão aliada abalaram o regime fascista. Muitos líderes desejavam o fim da guerra e tramaram uma conspiração, na qual até o genro de Mussolini se envolveu.
Stálin - dirigente do Partido Comunista soviético
                A abertura da frente ocidental pelos Aliados foi adiada várias vezes até 1944, apesar dos  constantes protestos de Stalin. Meticulosamente planejado, o Dia D ocorreu em 6 de Junho de 1944, quando mais de 300 mil homens desembarcaram na Normandia, norte da França, abrindo caminho para a derrota do Terceiro Reich. Os alemães foram pegos de surpresa, pois esperavam o desembarque em Calais, e não tiveram como resistir.
                Embora doente e deprimido, Hitler mandou executar os conspiradores, provocando a morte e quase 5 mil pessoas. O avanço Aliado tornou-se avassalador, com a “libertação de Paris” em 25 de agosto de 1944, da Bélgica e da Holanda. Hitler ainda tentou uma última cartada, lançando uma contraofensiva surpresa nos Países Baixos. A Batalha de Ardenas foi a última ação bélica do Exército alemão, que, após algumas vitórias, se rendeu na Bélgica, em Janeiro de 1945. A Alemanha estava cercada, e o regime nazista se aproximava do fim.
                No começo de 1945, a guerra estava definida a favor dos Aliados. A contraofensiva alemã nas Ardenas tinha fracassado, e a frente oriental desmoronava com o avanço soviético. O Exército Vermelho expulsava os alemães de todo o Leste Europeu e marchava sobre a Alemanha. Na frente ocidental, o exército norte-americano e sobretudo o britânico concorriam com os soviéticos pela conquista de Berlim.
Os bombardeios das cidades alemães eram quase diários, com grande matança de civis, além da fome e de problemas de abastecimento. Os ingleses, em particular, retaliavam com fúria os bombardeios sofridos desde 1940. Na frente leste, os soviéticos atravessaram a Prússia Oriental, invadindo o território alemão. A vingança dos soldados soviéticos foi atroz, tolerada pela oficialidade e até estimulada por Stálin. Milhares de civis foram sumariamente executados e mulheres, violentadas.
Morte de Mussolini
Hitler, doente e derrotado, recusava-se a abandonar Berlim, onde havia se refugiado. A notícia da morte de Mussolini, que fora capturado e fuzilado em 27 de abril de 1945, sinalizava um desfecho trágico. Ele e sua amante tiveram seus corpos pendurados de cabeça para baixo na principal praça de  Milão, diante de uma multidão enfurecida.
Hitler temia um destino semelhante ou pior. Por vezes delirava, imaginando que seus generais seriam capazes de defender Berlim e lançar uma contraofensiva geral. Chegou a ordenar a destruição de toda a infraestrutura da Alemanha, alegando que, diante da derrota, o povo alemão não merecia sobreviver.
Berlim era bombardeada diariamente pelos soviéticos. Diante do avanço dos tanques pela cidade até crianças da juventude hitlerista tentavam, em vão, combater. Em 30 de abril de 1945, Hitler suicidou-se juntamente com sua esposa Eva Braun, amante com que se casara um dia antes. Os corpos foram queimados nos jardins do Bunker, seguido a última ordem do Fuher.

Como resultado da guerra, além da destruição e milhares de mortos e feridos, cerca de 6 milhões de pessoas foram exterminadas nos campos de concentração, fato que ficou conhecido como Holocausto. Mas os judeus não foram as únicas vítimas desse programa de extermínio, pois cerca de 800 mil ciganos também morreram nos campos, além de um número incerto de prisioneiros de guerra soviéticos, presos políticos, homossexuais e testemunhas de Jeová.